Eu estava errado
Preciso admitir, estou errando consecutivamente, há cinco anos que mantenho este blog voltado às “sofredoras, imaculadas e desamparadas” “pessoas com deficiência”.
Errei quando me meti a mostrar várias crianças “com deficiência” em fotos lindas, alegres, longe daquele ambiente de hospital, sorrindo e bonitas e as chamei de “malacabadinhas”.
Elas não mereciam. Elas precisavam continuar protegidas em seus lares, longe de monstros da comunicação, como eu, que não as respeita como “seres humanos especiais”.
Errei quando trouxe a luz para todo o país, em um espaço tão nobre, a história arrebatadora de Marli e Fábio Cassiano, mãe e filho com deficiência que, de maneira burra, afinal eu sou um ignorante que tive uma formação porca, chamei de “quebrados”.
Errei quando compactuei com encontros abarrotados de “pessoas com deficiência”, que se esforçaram para sair de suas casas, onde estavam protegidas dessa gente cruel como eu, que as tratou de “puxador de cachorro”, “prejudicado do escutador de novela” ou “babão pelo canto da boca”.
Errei quando insisti em mostrar aquilo que não se deve mostrar, em respeito à condição dos “portadores de necessidades especiais”, também erradamente conhecidos como PNEs, uma sigla.
Errei quando, ao viajar por alguns cantos, trouxe dicas, suporte e encorajei pessoas a também enfrentarem as adversidades que jamais serão vencidas enquanto NÓS, “deficientes”, tolerarmos o coitadismo, a hipocrisia, o preconceito velado e a alcunha de sermos “especiais”.
Errei em fazer piada com coisa séria. É muito sério ser um paralisado cerebral, um tetraplégico, um autista, um down. É seríssimo e precisa ser abordado com cuidado, com ternurinha e com rigor, afinal, são pessoas muito sensíveis e que merecem o respeito que EU não me dou ao trabalho.
Errei quando esculhambei gente que não emprega “deficientes” e disse que algumas empresas estão ficando bacanas ao ampliar suas diversidades, colocando “gente que puxa cachorro”… que absurdo, que desrespeito, que abuso com os pobres cegos que são conduzidos por um corajoso animal.
Errei quando mostrei situações “cômicas” que vivi (passei vergonha pro povo dar risada), no propósito de escancarar a realidade dessa gente tão compadecida que tenho a “cachorra” de chamar “esgualepados”, embora a indústria tenha uma preocupação latente e permanente de os deixar sempre arrumados e bem passados, assim como o restante da sociedade brasileira.
Errei quando coloquei um bumbum e um cadeirante no blog e quis fazer um debate sobre preconceito, sobre tolerância, como fiz centenas de vezes.
O pobre rapaz “portador de deficiência física”, advogado, muito bem resolvido, bem humorado, inteligente, não poderia ser tratado com a empáfia que foi tratado por um analfabeto como eu. Peço sinceras desculpas. (Eu e ele já demos boas risadas).
A palavra “deficiente” é do bem, é correta. Ser deficiente, ou seja, ser incompleto em eficiência, é bem diferente do neologismo “malacabado”, que vem a ser, talvez, incompleto no acabamento…?
Não posso desprezar a avalanche de pessoas que se sentiu ofendida com o texto “O namorado da miss bumbum”, recorde absoluto de audiência neste blog, que já publicou mais de mil histórias de emoção, de conquistas e de sapos engolidos.
Peço desculpas pela minha audácia em querer jogar atenção em quem tem diuturnamente o último olhar. Eu tinha de ser mais leve, mais discreto e mais humano.
Eu estava errado e com muita humildade eu sigo procurando os caminhos certos, os caminhos que vão ajudar toneladas de “pessoas com deficiência” a saírem de um buraco profundo de descaso, de exclusão, de desrespeito de preconceito concreto, de preconceito na lata.
Eu, mesmo sendo cadeirante, não tenho o direito de escrever em meu blog, gentilmente hospedado pela Folha, com muito sucesso e muito orgulho, há anos, um pensamento com meu estilo e amparado por meus leitores que mantém uma audiência diária inédita para qualquer iniciativa do gênero.
Tomara que eu tenha a chance de ser lido pelas centenas de pessoas que me xingaram, xingaram minha mulher, xingaram minha família, com toda a leveza e merecimento que o caso gerou, e que eles entendam o meu pedido de desculpas.
Vou ficar devendo ficar de joelhos, minhas pernas são finas e não suportam o peso de meu corpo “malacabado” (opss). Procurarei fazer melhor amanhã.
Muito obrigado e um bom final de semana
Jairo,
Má notícia para você, daqui há pouco vem a turma do politicamente correto descer o pau no texto. Quer ver?
Parabéns pelo texto. Continue escrevendo e mostrando todas estas coisas que pede desculpas. É um delírio para minha alma ver quem está “do outro lado” o defender com tanta maestria.
Abraço!
Quanto mais visita, melhor, Paulino! 😉
Vem não, Paulino… infelizmente esse post não foi pra home do UOL nem tem bunda e/ou foto de cavaluda.
Só assim atrai imbecis.
😉
Olá, é interessante o modo que você expôs pessoas com deficiência como malacabados eu entendi sua forma sarcástica, lógico não querendo diminuir ou ofender ninguém, e achei interessante a forma de querer romper essa barreira da “inferioridade” projetada em cima de pessoas com algum tipo de deficiência. Porém ainda sua expressão só foi “entendida” ou aceita quando vc divulgou de forma aberta que também fazia parte do grupo dos “malacabados” perceba que a fina linha do preconceito com malacabados segue firme inclusive por parte dos que agora te positivaram. Um bom exercício para provar essa linha de raciocínio, seria alguém depois de um tempo, não pode ser malacabado, escrever algo com a mesmas expressões que você usou e ver a reação, bom foi só um pensamento. Mas parabéns pelos artigos estamos entendendo a ideia BFS.
Acho que mais do que uma palavra isolada, é preciso entender o contexto. Uma agressão é possível com uma palavra, com uma expressão? Claro que sim! Mas é violento avaliar a parte pelo todo, em qualquer situação.
Como é possível alguém que como você erra tanto e vai continuar errando, seja aprovado com louvor por todos seus leitores fieis?
Nesse aspecto felizmente estamos todos “errados”…
e vamo que vamo
Seus textos são autênticos, divertidos, humorados, emocionantes…. ótimos. Essa reação que houve foi para mostrar o quanto a sociedade ainda é limitada, preconceituosa preguiçosa … sim preguiçosa pois é mais fácil ficar com o “pensamentozinho” ancestral que somos muitos “especiais”, cheios de não me relem nao me toquem, do que mudar enxergar que nós MALACABADOS SIM MALACABADOS podemos levar a vida nao tao a sério ou seja fazer piada com a própria condição…isso é superação isso é levar a vida como normal…
Sim Tio continue nos tratando com todo o respeito que você sempre teve com nós pobres coitados rs, continuemos empurrando nossos cavalos nessa luta por um mundo com mais consciência, mais conteúdos, com mais piadas, com MAIS RESPEITO…
Será que o tio salgou a santa ceia pra ser tao apedrejado? rsrsrs
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk…. amei!
Aaaaaa Jairinho!Não fica assim…São apenas trolls!!Continue com seu belíssimo trabalho aqui no blog, que tanto contribui para esclarecer as pessoas desse nosso Brasilzão..eu sou uma delas!Não sou “malacabada” e consegui enxergar um pouco melhor as dificuldades e o capacitismo terrível da nossa sociedade devido ao seu blog!
Muito obrigada!!
Beijos!!!
Coitado de quem não consegue rir de si mesmo, Jairão. E que bom que nós conseguimos! Pelo menos nisso não somos “malacabados”. kkkkkk
O bom deste post é que eu li textos seus que ainda não conhecia – e pude reler outros!
Beijão e em frente!
Que bom, querida!
Caríssimo, já escolhi um texto seu para abrir minha aula na Disciplina de inclusão no curso de pós-graduação, mas fico balançada e tentada a fazer uma troca. Esse texto é uma aula completa, com exercício prático, demonstrando o quanto precisamos evoluir enquanto sociedade: o ser humano é importante e não a deficiência que ele possuí. Enquanto bumbum der mais audiência do que os problemas sociais que enfrentamos diariamente enquanto pessoa com deficiência, é certo que a luta ainda será árdua. Parabéns pela eloquência. Gosto demais de seus posts.
Iara, e perceba que o post anterior a esse, com o requistado tom “seríssimo”, não conseguiu tanta relevância como a bunda… e o problema é meu, né?! ahahaha… bjossss
Jairo, você é ótimo, maravilhoso! Seu texto é como um OÁSIS de inteligência no meio de tantos outros textos cheio de autopiedade, assistencialismo e clientelismo. Continue sempre do jeito que você é. Você é megamarawonderful! Forte abraço.
Uhruúúúúúú!! Tamujunto.. bjosss
É isso ai meu amigão, e na humildade e na sinceridade que se vence as batalhas, nos que te conhecemos pessoalmente de longa data nem precisávamos desse post, continue esse grande profissional humano, inteligente e batalhador de nossos direitos e deixe pra lá esses ignorantes e sem cultura amargarem em seu próprio veneno, abração meu amigão e de um beijo na 1ª dama por mim.
Zé, a minha força vem justamente de pessoas como vc! Abrasssss
Ei Jairo, as coisas ficaram difíceis mesmo, não é?
Hoje as pessoas estão muito mais preocupadas com a terminologia do que falamos do que com as ações e do que estamos propondo…
Tem realmente faltado muito bom humor às pessoas, falta poder rir de si mesmo e até do outro, mas neste nosso mundinho politicamente correto onde podemos excluir mas não podemos falar certas palavras a vida vai ficando cada dia mais cinza, mais sem graça e sem verdades…
ah… sumi nos comentários, mas continuo sendo fiel leitora e agora fiel defensora.
Bjs
Ufa!! ahahhahaha… obrigado, querida… bjos
Depois daquele post sobre a miss bumbum e o namorado dela, alguém te processou tal como escreveram em alguns comentários?
Acho que com aquele post você expôs uma outra deficiência, a deficiência de interpretação de texto.
Geraldo, ainda não. Mas é um direito das pessoas procurarem a Justiça, né? Abraço
Jairao, sabe o que aconteceu? No titulo do post tinha “Miss Bumbum”, e ai um monte de leitores, que nao tem a minima nocao do seu trabalho, clicaram no link. Me espanta voce sofrer pressao dentro da Folha, mas a mediocridade esta por todo lado.
Abraco
Rodrigo, não sofri pressão do jornal, não, queridão! Muito pelo contrário, tive total apoio. Mas vc está certo… o bumbum chamou muito atenção e, depois, compaixão, não é? ahahahhah… abrasss
Jairo, tenho tanto orgulho de você!!! com esse texto você deu uma ‘luvada’ de pelica, em um monte de gente besta. Mais que bem formado e competente jornalista, você é uma pessoa que sabe bem do que está falando e tem todo o conhecimento de causa para usar os termos que bem quiser e que na minha opinião, enriquecem seus textos, fugindo de estereótipos e do vocabulário que mais desagrega e exclui do que informa. Sim, vc reinventa a forma de falar e o conteúdo que interessa a quem vem buscando igualdade social. Parabéns meu amigo, meu querido contador de histórias…
Alene, querida! Acho que rende uma discussão boa entre os seu alunos, não? E que bons jornalistas sejam formados pelos quatro cantos do país, do jeito que tem que ser!! Bjosss
Show! Sem mais….continuo sua fã!!!!! bjus
😉
Booooa Jairão, agora vc agradou a cambada de ignorante, falso moralista, e os “exemplos de vida” que comentaram seu post da gostosa, ops, miss bumbum. É isso que eles querem ver, falsidade, hipocrisia, politicamente correto enquanto a sujeira de suas vidas são varridas pra baixo do tapete. Querem contribuir com suas “cotas de caridade” para os mais “necessitados” achando que isso vai suprir a deficiência moral de suas vidas.
Grande abraço!
tamujunto!!!
Oi Jairo!! Ando muito cansada desses “politicamente corretos” que não fazem nada, mas adoram criticar quem faz.. Mande todos à m****
Escreva o que quiser… você é muito lúcido, acho que é isso que incomoda essa gente… bj
Beijos!
Boa Jairoca!!!
Aproveitando, também me desculpo.
Me desculpo por não ter reflexos; me desculpo por “puxar” da perna esquerda; me desculpo por ter ido a uma porrada de passeatas do Movimento Superação; me desculpo por ajudar os mamulengos a entrarem em elevador; me desculpo por ter brigado com motoristas saradões que param em vagas pra deficientes; me desculpo por sumir dos coments do blog e me desculpo por gostar tanto do seu trabalho. Abs!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk…. pegou o espírito, heim, Dogrinha! Abrasss
Ahhh Jairo eu que te peço desculpas pelos malacabos de pensamento…gente que não entende sarcasmo…que riem de porta dos fundos mas não entendem os seus textos…sinto pelos pobres de alma e de espírito!! E que vc tenha força pra driblar mais esse obstáculo! Nós leitores fiéis estamos po aqui sempre!!!!
Evelyn, sabe que pensei muito no “Porta”? Caramba, se eu usasse 10% daquela ironia, eu tava presão, di certeza, né? ahahhahaha.. bjoss
Olá, Jairo. Acompanhei todo esse rebuliço e inclusive usei o seu post em minha aula no curso de educação fisica, imagina abordar essa questão de corpo e imagem corporal em um curso desse, dá uma discussão das boas…
Mas enfim, eu acho que o que aconteceu foi que seu texto foi replicado por muitos sites e alcançou uma parte da população que não entende a sua forma de falar, que não sabe que tipo de relação você tem com seus leitores e é muito mais fácil meter o pau sem conhecimento e fazer de conta que respeita a diversidade humana.
Você não precisa pedir desculpas, visto que seu blog é mais uma forma de expressão e manifestação da causa da pessoa com deficiência. A aqueles que não entenderam a sua memsagem e não sabem da importância deste local, apenas paciência…
Beijo!
😉
Cara, como que você não coloca uma foto de dois cadeirantes se beijando escrito com letras garrafais: “EXEMPLO DE SUPERAÇÃO”?…kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
To contigo e não abro, meu querido. Mais um texto nota dez pra coleção.
Poooooxa… só depois que o texto já tava no ar que eu pensei: “Faltou lascar um ‘exemplo de superação'”!!!!
Eu queria muito escrever um comentário daqueles bacanudos, todo inteligente, mas eu só consigo rir. Imagino a cara daqueeeelas pessoas, aquelas “amigas das pessoas especiais” e dou risada feito uma retardada (será que posso usar essa expressão?). Sangue no zóio é maravilhoso, mas sangue no zóio a conta gotas é regozijante. Bater é bom, mas bater com classe, ah…bater com classe é orgasmático!
Excelente e definitiva réplica. Grande abraço
tamujunto
Grande Jairo, o que são nomenclaturas?
Digo mais, o que é preconceito?
E vou além, o que é o estilo literário de cada um?
Fui um dos que comentei no post do namoro entre a moça e o rapaz cadeirante, tendo inclusive o adicionado em uma rede social, e recordo-me que na ocasião fui taxativo ao expressar a minha opinião de que o preconceito está na cabeça de quem sente, claro que existem situações vexatórias pelas quais passamos, e vou mais longe ainda, não estou falando do olhar de incredulidade das pessoas que ao ver qualquer, malacabado, feliz se abomina, pois nas suas cabeças esses seres teriam que estar deitados em uma cama sucumbindo a vontade de sabe-se lá o que o que, ou como diz a canção, HA Deus Dará, há Deus dará! Falo do preconceito de todo um país, que não se preocupa em seguir as mínimas normas de acessibilidade, que não dispõe de verbas e políticas públicas para incentivar as pesquisas e criarem hospitais de referência para o tratamento de nós, malacabados.
Você sabia que querem a todo custo reduzir as verbas que é repassada todo ano ao hospital de maior referência no tratamento dos malacabados do país?
Tenho um blog, que por total indisciplina, ou talvez falta da coragem que você tem, a tempos não atualizo, mas nos poucos posts que fiz sempre me remeti, não vida nada se cria e tudo se copia, a alguns dos termos que você coloca em seus textos, desculpa copiar teu estilo literário, mas vamos pensar, a vida já é tão dura conosco, por qual motivo não poderia fazer piada de mim ou nós mesmos?
Eu particularmente falo a todos os meus amigos, me chama de aleijado, e ponto, as pessoas ao lado assustam, mas quando me vêem na brincadeira logo entendem, algumas né, não somos unanimidade em nada.
Mas o fato é que seu estilo de escrever deixa as situações mais leves, com bom humor, com inteligência e, antes de qualquer coisa temos que lembrar a função quase social dos seus textos, mostrar a realidade e por que não de uma forma bem humorada?
Não deixe teu estilo de lado, assim como você desagrada, também agrada milhares de pessoas que tentam fazer as suas vidas mais leves, continue, pois somente com blogs como o seu tentaremos mudar a concepção e a cabeça de tantos e tantos, o que mais se precisa é de informação!
Aproveito, para reafirmar que sou seu fã, e agradeço pela coragem que tens e ainda me falta, quem sabe mais para frente, enquanto isso, continuarei aqui, dando os meus pitacos positivos, ou não.
Grande abraço malacabado!
Rafael, tudo o que puder ser dividido para o bem, é livre! E não é só a verba do hospital de referência que diminui, é a própria lei de cotas e outros direitos adquiridos que estão “perturbando” alguns pensadores. Por isso, toda comunicação é bem vinda e a união ajuda demais a dar cara a demandas repremidas há séculos… um abraço
Issoae, Jairo. Você deveria se envergonhar. Seu feio, bobo, malacabado e – wait for it! – CARA DE PASTEL!
Infelizmente poucos lerão esse seu post, pois além do mesmo não estar na home do UOL (antro de HUE HUE BR BR comentadores de notícia), muitos dos que comentaram no post da buzanfuda nunca mais voltaram ou voltarão aqui, devido à própria ignorância e umbiguismo – como sempre.
E isso é uma pena.
De qualquer forma, são pessoas como você que fazem minha fé na humanidade diminuir em um ritmo um pouco menor.
Continue assim e – perdoe meu francês – fodam-se os outros.
Abraços e bom final de semana.
Eu fiz o meu papel “Eu”… isso já é bastante, num acha?! Grande abraço
Pois é. Se cada um fizesse sua parte, seria um ótimo começo. Mas infelizmente vivemos num mundo onde o EU (com o perdão do trocadilho) é muito mais importante que o próximo.
Acredito que um dia possa melhorar. E torço para que não demore.
😉
Jairo, parabéns pelo artigo. Talvez se tivesse sido mais cuidadoso em seus artigos não tivesse chamado a atenção para o assunto. Cruel é não possibilitar acessos aos portadores de necessidades especiais.
😉
Jairo, querido!
Quem devia pedir desculpas são aqueles que se doem aqui, mas no dia-a-dia não fazem nada para melhorar nossa realidade.
Sua comunicação descontraída tira de nós toda a pecha de pobrezinhos e nos faz rirmos e refletirmos acerca dos detalhes que nos fazem diferentes. É assim que me sinto: são apenas dois detalhes que me fazem diferente. Me faltam braços mas não me escondo por trás disso, pois para mim isso é mero detalhe.
Continue sim, sendo nossa voz.
Os críticos que te encheram essa semana nada sabem de nós. Sou malacabada com toda a graça e a leveza que a palavra dá.
O peso da “deficiência” e do excesso de cuidado que as pessoas têm ao se referirem a nós só dificulta nossa caminhada.
Te admiro, vc sabe, e me orgulho de fazer parte da família Assim Como Você!
Grande beijo!
Sem falar que vc é uma gaaaaata, né?! ahahahhaha… Obrigado pelo carinho, querida!!! Bjosss
Hahahah!!
Beijooo
Oloco! Não conhecia a Verônica, mas depois desse comentário do Jairo dei uma Googlada…
Vê, pena que já seja casado… *.*
<3
AdmiradoJairoJairo,minhaformaçãonãoéemcomunicação.Nãoconheçoosconceitosdaárea…Mastenhodeficiênciaeacompanhosuacolunacommuitaadmiraçãoealegriaporperceberoespaçoreconhecidoquevocête,levandonossocontextoparaaspessoasdemaneiraleve,bemhumoradaecommitainformaçãodeextremarelevância.
Entendoqueacomunicaçãogeraconflitodeidéias,ataquesedefesasferrenhasdepontosdevistaque,muitasvezes,transcendeomerocampodasidéiaseatingeavidapessoaldeformaletal.
Maséesseopreço.Suarespostadehojefoiprecisaecerteira.Sabemosquevocênuncaesteveerrado,pelocontrário.Enquanto”PNE”,peçohumildementeparaquevocêcontinuefazendoseutrabalhodessamaneiratãoirreverenteeprodutiva.Jairo,
Sua coluna foi precisa e certeira. Como pessoa com deficiência visual, quero que saiba que sou extremamente grato ao seu trabalho.
Não atuo na área da comunicação, mas sei que o preço pela exposição de uma idéia nem sempre é atrativo.
Mesmo assim você vem, nos últimos anos, expondo a realidade das pessoas com deficiência de maneira informativa e muito bem humorada.
Isso traz um reflexo muito positivo na população. Já me deparei com pessoas que me disseram, por exemplo: “Pode segurar no meu braço. Li na coluna do Jairo Marques que essa é a forma correta de guiar um cego”. Ainda não puxo cachorro, mas esse é um plano futuro. Aliás, pretendo é ser puxado por ele.
Claro que você não está errado. A elegância com a qual você responde a essas centenas de pessoas sem um mínimo de informação (vamos pensar que é só isso), porém, é admirável.
Continue fazendo seu trabalho. A comunicação informa e a informação traz crescimento para a sociedade.
Um abraço…
Diniz, muito obrigado! Um abraço
Jairo, com muita dificuldade conquistamos o direito à livre expressão nesse país. Não abra mão do seu direito, assim como compreenda o direito das expressões antagônicas às suas. O seu trabalho, ao longo do tempo, desnuda verdades encobertas por uma sociedade “com dificuldade visual” (deficiencia poderia parecer trocadilho!). Ela vê, mas não quer enxergar. Persevere! Vale a pena.
Ricardo, obrigado! E respeito demais o pensamento alheio, tanto que aceitei, como vc pode ver, todo tipo de comentário. Um abraço!
jairo foi através da chamada das suas desculpas que me chamou a atenção, e cumprimentá-lo pelo texto elaborado com a picardia de pedir desculpas que eu tenho certeza que foram sinceras, porem e ao mesmo tempo vc fez nós vermos tanto quanto existe a hipocrisia naquilo que está na cara e a maioria desvia o olhar, desprezando ou tendo dó, mas não tem a consciência que em todos nós “falta alguma coisa, ninguém é completo..pena que poucos sabem disso, uma delas mais frequente, inteligência de inteligente….
Obrigado e um abraço
Olá Jairo!
Vivemos, diariamente o reflexo da hipocrisia existente em nossa sociedade.
As mesmas pessoas que reclamam quando você usa termos como malacabado, puxadores de cachorro, são as mesmas que aceitam fatos como a ridicularização do cego por parte da novela da Globo. Afinal, temos que entender, pois é apenas ficção.
Essas mesmas pessoas, que acham feios e ridículos os termos que usa, jamais se manifestarão no seu espaço, se eu contar um episódio do ano passado, no qual fui discriminado na cara dura por uma academia de ginástica, sendo minha matrícula recusada, pois sua hipocrisia achará isso normal. Afinal, cego fazer exercício físico……
Meu blog, cujo não sei se posso citar o nome aqui, é legal enquanto posto situações engraçadas, corriqueiras do meu cotidiano.
Agora, se eu toco em alguma ferida da sociedade, sobre a hipocrisia dos nossos políticos que por um lado, nos dão gratuidade no transporte público em algumas cidades, por outro, não oferecem condições mínimas para que alguns grupos de pessoas embarquem com autonomia fazendo uma inversão de prioridades.
Citei, não só o nosso caso, no qual embarcar num ônibus se não tiver alguém no ponto é uma aventura e tanto, mesmo já existindo tecnologias nacionais capazes de nos auxiliar a embarcar com autonomia, como no caso dos cadeirantes, que, como você deve saber bem, não conseguem embarcar na maioria dos ônibus de São Paulo de forma não constrangedora, pois a quantidade de ônibus adaptados é mínima.
Tenho certeza que vocês ficam muito felizes em saber que não estão pagando por essa humilhação.
Se eu falo isso, sou reclamão, reclamo demais.
Se eu falo sobre a falta de semáforos sonoros na Rua, eu não presto, sou exigente.
E assim é no dia-a-dia.
Se entro num ônibus com um trajeto desconhecido e peço que o motorista me avise ao chegar em determinado ponto, por muitas vezes se escuta o cochicho: coitado!
Se já conheço o trajeto, não falo nada e ao chegar no ponto simplesmente levanto da cadeira e aperto a campainha, o cochicho vira: Orgulhoso! Não pede ajuda!
Como diria um grande humorista cego, “É mui difíci”.
André, muito obrigado pelo relato! O caso da academia me parece discriminação… melhor mesmo procurar um lugar que entenda as diferenças (embora caiba um processo, dependendo do caso). Por favor, deixe o nome do blog para visitarmos… Um abraço
O André, deixa aí o endereço do blog. Se és do time de Jairo no tocante ao trato das diferenças, gostaria de conhecer.
Saudações
Atendendo à pedidos….
http://cotidianocego.blogspot.com