Os esportes e os “malacabados”
Durante muuuitos anos de minha vidinha, tive uma relação bem próxima com esportes. Movimentar o esqueleto, a minha maneira, sempre foi uma maneira de extravasar um pouco da minha energia de malacabado inquieto.
Lá no meu tempo, o tempo que o povo falava “epa” 8), não havia muito o discurso do esporte adaptado. Era do jeito que dava, mesmo.
Eu me enfiava no meio da molecada e jogava taco, futebol, peteca, vôlei e tudibão.
Natação eu amava. Nunca imaginei que mexendo tão pouco as partes eu conseguiria brincar de tibum na piscina e ir de uma borda a outra.
O movimento do “esporte inclusivo” tem ganhado força dia após dia, pois os benefícios da prática esportiva para os quebrados do físico, dos sentidos ou da cachola são cada vez mais evidentes.
Em primeiro lugar, há um caráter de integração fortíssimo em torno da bola, do tabuleiro, das traves ou das redes. Isso pode ajudar muito na construção da estima e do potencial das pessoas com deficiência.
O esporte também alavanca melhorias físicas diversas: respira-se melhor, condiciona o corpitcho, agita-se o sistema circulatório e aperfeiçoa-se a concentração!
Bem, mas por trás de tudo isso tem um caminhão de gente que se pergunta:
“Mas uai, como eu vou colocar esse minino para correr sem deixar ele mais quebrado ainda? Será que uma atividade esportiva não pode atrapalhar em vez de dar um help?”
Sim, faz sentido, né, não? Por isso achei bacana uma iniciativa que a ADD (Associação Desportiva para Deficientes) tomou:
Os “zimininos” de lá criaram uma cartilha explicando “tudim” os possíveis benefícios de um esporte para os malacabados, quais as modalidades mais indicadas para cada tipo de “estropiação” e como se faz!
Penso que esse instrumento pode ajudar um bocado de gente: professores, educadores físicos, dirigentes de Ongs e até mesmo a família dos quebrados.
O trabalho tem patrocínio da Petrobras, então, nada mais justo que seja “de grátis” para todo mundo que precise.
Para ter acesso à cartilha, basta ir ao site da ADD, clicando no bozo!
Bom final de semana e vejo “ceitudo” amanhã, no encontro do blog! Aêêêê 😆
vc foi mto pessimista qto ao esporte. estamos bem,sei de atletas daqui da região que competem e estão bem. pior era antes qdo nem sair de casa o deficiente saía.
hum?!
Jairo Marques, sugestão: Amplie sua atuação.Torne-a nacional (sei que é difícil)… Não se restrinja ao estado de São Paulo…Eu e meu filho, portador de paralisia cerebral, por exemplo, moramos na cidade do Rio de Janeiro…Fico imaginando a vida difícil de deficientes às margens do rio Amazonas. Precisam muito de nossa ajuda…
Sergio, sempre que possível, faço isso. Conto com a ajuda de leitores! Abs
Bravo, Jairo Marques!!!…Parabéns!!!…Gostei de ler hoje nesse jornal , seu artigo a respeito das dificuldades da senhora Fátima, deficiente/cadeirante portadora de paralisia…Continuemos atuando por que, para melhorar, ainda falta muito…
Acho muito legal, não só fisicamente mas socialmente, aumenta consideravelmente o número de colegas, viagens, passeios, reuniões…
Parece pouca coisa, mas cada conquista dá um “Up” na autoestima tão grande, que pode mudar completamente a vida de uma pessoa.
Não sou esportista, mas depois que comecei a frequentar a academia pra fazer hidroginástica e alongamento todos os dias melhorei uns 90%. Tenho mais disposição pra tudo, diminui pra quase 1/4 a quantidade de analgésicos e relaxantes musculares, melhorei demais na parte do equilíbrio (antes, vivia tropeçando e caindo, rsrs…).
Recomendo pra todos, faz um bem enorme.
Aêêêê!
Nós adoramos as aulas de dança, lá no Sarah. E o Marcos gostou mto de praticar basquete! Adorei as dicas, obrigada! beijo!
Esporte é tudibão.
É di certeza
Minhas contribuições para o debate: http://blogdaacessibilidade.blogspot.com.br/2013/04/futebol-no-areiao.html, http://blogdaacessibilidade.blogspot.com.br/2012/10/o-paradesporto-no-ipa-esta-voltando.html .
Um abraço, Jairão!
legaaaaal
Sacaneei o povo, tio. Esqueci de dizer que tenho paralisia cerebral.