Jairo Marques https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br Assim como você Tue, 07 Dec 2021 19:25:10 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Casal com Síndrome de Down é protagonista de filme sobre o amor https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2019/06/10/casal-com-sindrome-de-down-se-torna-protagonista-de-minidocumentario-sobre-o-amor-nas-diferencas/ https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2019/06/10/casal-com-sindrome-de-down-se-torna-protagonista-de-minidocumentario-sobre-o-amor-nas-diferencas/#respond Mon, 10 Jun 2019 11:00:38 +0000 https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/files/2019/06/docdown2-320x213.jpg https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/?p=3641 Se há uma fronteira inclusiva ainda distante de ser atravessada é a que aparta as pessoas com deficiência, seja ela qual for, da vida amorosa, romântica, sexual.

Embora já existam reações importantes em relação ao preconceito de quem avalia que esses grupos não tem chances em relacionamentos, os entraves, sobretudo de atitude, ainda existem.

A maior regra, neste caso, é uma antiga: não cuide da vida alheia, não projete suas formas de ter experiências nos outros, não meça a felicidade do seu vizinho da mesma forma que você mede a sua.

Se até pouco tempo atrás não se via pessoas com deficiência namorando, casando, tendo filhos, é porque os impedimentos sociais e estruturais eram quase intransponíveis e sair de casa era missão com poucas glórias.

Hoje, com mais enfrentamentos e alguma melhora nas condições de acesso e de inclusão, além do advento de ferramentas eletrônicas que ampliam a capacidade de encontrar um parceiro ou uma parceira, a cara do amor também está ficando mais plural.

Pessoas com Síndrome de Down tem uma labuta peculiar no quesito romântico, pois a falta de entendimento sobre suas condições ampliam estigmas e impõem barreiras de vida que envolvem até suas liberdades de se relacionarem, de casarem, de planejarem uma família, um lar.

Matheus e Danielle são apaixonados desde a infância Foto: Reprodução

Mas também essa frente tem sido combatida com informação, com ocupação de espaços. Um exemplo é o amor de Danielle e Matheus, que acabou por virar um minidocumentário que ganha as ruas nesta semana dos namorados.

A história do casal é cheia de casualidades, encontros e desencontros e acaba por ser uma peça importante na conquista das liberdades das pessoas com deficiência a terem suas vidas românticas livremente.

O filme, idealizado pelo grupo Grupo Pão de Açúcar e pela agência BETC/Havas, segue abaixo na íntegra. A produção é da Bossa Nova Filmes. Vocês vão amar! ♥

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É hora de abrir as portas para os downs https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2019/03/20/3548/ https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2019/03/20/3548/#respond Wed, 20 Mar 2019 05:30:15 +0000 https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/files/2019/03/dowcol2-320x213.jpg https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/?p=3548 Nos últimos anos, um esforço gigantesco de organizações, grupos sociais e famílias deu visibilidade para os potenciais criativos, profissionais e de vida comum para pessoas com síndrome de Down. Isso só foi possível depois de muito treinamento técnico e insistência para que o acesso à educação fosse amplo para o povo do cromossomo 21 enfeitado.

Pela mídia e pelas redes, viu-se uma enxurrada de “primeiros casos”: a primeira professora down, o primeiro ator down, o único down que conseguiu “pisar na Lua” e assim por diante. Emotivo, impactante, alentador.

A cada novo “herói” ligado à condição down, outras pessoas se motivavam a encarar os árduos desafios de se tornar cidadão num país tão inóspito com as diversidades, principalmente com aquelas mais marcantes em aspectos físicos e intelectuais.

Mostrar os exemplos, possíveis caminhos a serem trilhados por pessoas com síndrome de Down, foi e ainda é importante porque chama a atenção para o combate à mentalidade reinante de que esse grupo é formado apenas por gente café com leite, que brinca de ocupar espaços da coletividade, mas que, no fundo, não tem condições de assumir tarefas práticas e responsabilidades.

Dito isso, atualmente no Brasil, sobretudo nas grandes capitais, um número importante de trabalhadores com síndrome de Down está a postos para ampliar sua autonomia, suas conquistas de vida digna entrando no mercado. Embora haja comemoração pelos que conquistam espaços, a realidade tem revelado uma exclusão maciça por falta de informação e preconceito.

Segundo a Apae de São Paulo, de centenas de pessoas down capacitadas pela instituição para o trabalho, em 2018, apenas nove conseguiram uma vaga. A negativa das empresas é justificada por insegurança, desconhecimento e até por questões de aparência.

Particularmente, vejo com frequência fofice, empatia e um sorriso de bem-vindo nos rostos de 99% dos downs que conheço. A simpatia inerente, inclusive, é uma característica bastante presente relatada por amigos e familiares desses indivíduos.

Não à toa, empresas de várias partes do mundo recrutam downs para ser o “abre-alas” de suas sedes, como recepcionistas do público, como influenciadores digitais e até como uma espécie de relações-públicas de parte de suas imagens institucionais. Muitas instituições têm fornecido qualificação ao público down exatamente para atuar nessa seara, que é gigantesca.

Mas, evidentemente, ninguém quer guetos de trabalho. As pessoas precisam ser alocadas em setores nos quais tiverem competência, habilidades e derem resultados, guardando nisso a equiparação necessária entre os viventes com e sem deficiência.

O emprego apoiado, em que uma pessoa se encarrega de dar suporte básico ao profissional down que trabalhará com carga horária reduzida, tem amplo terreno para ser explorado, com um impacto social sem precedentes. Nesse aspecto, é fundamental que as famílias também estejam envolvidas como incentivadoras e como retaguarda.

Nesta quinta-feira (21), o mundo celebra o Dia Internacional da Síndrome de Down na expectativa não mais de aceitação desses cidadãos, mas com esperança de entendimento de suas capacidades para serem produtivos, independentes e ativos socialmente.

Que as portas das oportunidades se escancarem para eles. Pluralidade de gente, vale sempre bater na teclar, é sinônimo de terreno fértil para criatividade e novos horizontes.

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A lição de uma professora Down https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2018/03/21/a-licao-de-uma-professora-down/ https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2018/03/21/a-licao-de-uma-professora-down/#respond Wed, 21 Mar 2018 05:30:33 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/?p=3174
Professora Débora em sala de aula com seus alunos do Complexo de Ensino Noilde Ramalho, em Natal (RN) Imagem: Rodolfo Seabra/Assessoria de Imprensa EDHC/Divulgação

Qual seria a sua reação caso seu filho chegasse em casa e dissesse que uma de suas professoras tem uma diferença marcante, tem síndrome de Down?

Imagino que a maior parte das pessoas, e eu me incluiria nela, pensaria imediatamente na qualidade e no tipo de educação que seu pitchuco iria receber. Poucos, bem poucos, abririam de imediato um sorrisão e pensariam: maravilhoso para a inclusão, para a diversidade e para o moleque!

Pois essa situação já é real há mais de uma década. Crianças de uma escola de Natal, no Rio Grande do Norte, têm tido o privilégio humano de serem ensinadas por Débora Seabra, a primeira professora Down do Brasil.

Nos últimos dias, porém, o esgoto verbal das redes sociais começou a ser despejado sobre o límpido desejo de trabalhar e de fazer a diferença dessa brasileira de 36 anos.

Uma irônica, perversa e retrógrada postagem de Facebook, atribuída à desembargadora Marília Castro Neves, a mesma que multiplicou inverdades e destilou preconceitos contra a vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio, recaía sobre Débora:

“O que será que essa professora ensina a quem???? Esperem um momento que fui ali me matar e já volto, tá?”. Procurei, por meio de sua assessoria, a desembargadora, e ela não negou a autoria nem quis se manifestar sobre a postagem.

Em uma civilização que tanto aparta e maltrata quem não segue um padrão físico, sensorial e intelectual, é, de certa maneira, compreensível que, num primeiro momento, se queira entender como esse ser diferentão irá atuar no mundo dos certinhos. Mas avançar da dúvida para a galhofa, embutindo no outro incompetências, permitir-se esse tipo de manifestação, é atroz.

Com muita elegância, emoção, espírito elevado e inteligência, Débora respondeu, em uma carta escrita à mão, a juíza e a seu séquito de abutres:

“Eu ensino muitas coisas para as crianças. A principal é que elas sejam educadas, tenham respeito pelas outras, aceitem as diferenças de cada uma, ajudem a quem precisa mais”.

Íntegra da cara escrita por Débora, em resposta à suposta postagem da desembargadora Marília Castro Neves Imagem: redes sociais

Se minha filha biscoita tiver a sorte na vida de ser ensinada por uma professora Down, por uma pessoa com paralisia cerebral, por um professor com autismo, estou convicto de que ela irá aprender princípios sólidos de solidariedade, irá ampliar seus sentidos para além da obviedade que nos domina, irá entender com mais profundidade que o que nos define não é o que nos diferencia.

Não conheço a capacidade pedagógica e o nível de conhecimento que a professora Débora carrega, mas as expectativas em relação a pessoas com deficiência intelectual precisam guardar relação com o tamanho de seus desafios para, primeiramente, convencer a sociedade de que são gente e, a partir daí estudar, ter vida em comunidade, trabalhar, ter família…

A professora Débora, que há mais de dez anos ensina crianças no RN Imagem: Rodolfo Seabra/Assessoria de Imprensa EDHC/Divulgação

Hoje se celebra o Dia Internacional da Síndrome de Down e milhares de pessoas com essa condição estão dizendo “presente” para o mundo e alertando que a eugenia jamais será rumo para avanço e salvação das tragédias que o homem provoca diuturnamente a si mesmo.

Hoje é dia de tornar memorável a lição de uma professora com síndrome de Down que, ao ser insultada e ridicularizada por quem mais deveria elevar seu valor humano, reagiu com a nobreza de quem entende perfeitamente a dimensão (e a pequenez) da existência, continuando a ensinar e a tentar criar uma realidade melhor para todos.

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Veja como candidatos reagem a uma entrevista de emprego em que o chefe tem Síndrome de Down https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2017/04/26/veja-como-candidatos-reagem-a-uma-entrevista-de-emprego-em-que-o-chefe-tem-sindrome-de-down/ https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2017/04/26/veja-como-candidatos-reagem-a-uma-entrevista-de-emprego-em-que-o-chefe-tem-sindrome-de-down/#comments Wed, 26 Apr 2017 15:59:30 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/?p=2852 Um ONG espanhola, a “Verdiblanca Discapacidad”, resolveu fazer um teste simples para analisar reações do público diante uma entrevista de emprego em que o entrevistador, apontado no vídeo como chefe de contratação, tem síndrome de Down.

Pablo Pineda mostra uma desenvoltura e senso de humor desconcertantes para alguns dos candidatos, que parecem não acreditar na situação.

Pelo mundo todo, pessoas down estão ganhando espaços sociais importante. Em reportagem recente, mostrei que, no Brasil, há pelo menos 50 pessoas com a síndrome que já passaram ou estão passando por bancos universitários nos últimos anos.

O áudio e as legendas do vídeo estão em espanhol, mas é bem claro o conteúdo e as expressões das pessoas falam por si mesmas.

Em dado momento, Pablo relata que se formou professor, assim como alguns dos entrevistados, mas que não conseguiu emprego, o que causa um embaraço e um desconforto tremendo nas pessoas.

Na realidade, porém, ele é um consagrado e premiado ator espanhol. As artes têm sido campo próspero para a diversidade.

Vale demais assistir a esquete e pensar em que reação você teria, como analisa o fato e a possibilidade.

As mudanças de paradigmas sobre pessoas com deficiência estão em curso, vale ficar atento a elas e incentivá-las para um mundo mais plural.

]]> 10 Primeira youtuber com síndrome de Down do país muda conceitos da deficiência intelectual no Brasil https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2016/10/05/primeira-youtuber-com-sindrome-de-down-do-pais-muda-conceitos-da-deficiencia-intelectual-no-brasil/ https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2016/10/05/primeira-youtuber-com-sindrome-de-down-do-pais-muda-conceitos-da-deficiencia-intelectual-no-brasil/#comments Wed, 05 Oct 2016 05:00:41 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/?p=2649 Cacai Bauer, primeira youtuber brasileira com síndrome de Down

Cacai Bauer, primeira youtuber brasileira com síndrome de Down. Foto: Cacai Bauer/Reprodução

A revolução que as pessoas com síndrome de Down têm feito no país continua a descortinar um mundo cheio de possibilidades e de surpresas naqueles que muitos imaginavam como bocós sem chance de darem conta até de si mesmos. Aos poucos, o mantra do “ser diferente é normal”, emanado por gente que se nega a ser enterrado por preconceitos, vai colando no mundo moderno.

Pessoas com um cromossomo a mais já chamaram a atenção por ingressarem na faculdade, serem protagonistas de filmes e agitarem pistas de dança. Agora é a vez de Cacai Bauer, 22, ganhar o título de primeira down a manter um canal de vídeos na internet. Ela já conta quase 400 mil visualizações em suas produções.

“Difinitivamente”, como diria minha tia Filinha que completou 91 anos, não sou um ser bonzinho que bate palmas para menino que faz malabarismo tosco no sinal e se diz aprendiz do Cirque du Soleil, por isso, e por eu ser um “malacabado” ranzinza, achei vários dos episódios de Cacai chatos, colados de outros youtubers e com graça questionável.

“Você não entende que a menina tem problema?” É óbvio que os efeitos e impactos da deficiência intelectual da garota precisam ser entendidos, relevados e considerados na média ponderada. Mesmo assim, o meu gosto não se altera. Não subestimo, mas também não elevo ninguém apenas por características físicas, sensoriais ou intelectuais.

Deficiência não deve jamais abrir caminho para a valorização ou desvalorização de alguém. Ela pode e deve ser botada na balança para tomada de decisões, políticas públicas e dar acesso, mas não pode ser o fator que leva a um pensamento de aprovação, de “curtir”.

Paternalismo, dó, assistencialismo servem apenas para preservar um lugar de conforto, são afagos pontuais para quem precisa de um curso completo de como se firmar e ser valorizado como cidadão capaz, dentro de suas possibilidades, de ser engraçado, de ser profissional, de ser o que tem vontade.

Dito tudo isso, sem medo de ser contraditório, o canal de vídeos de Cacai é genial, faz história, rompe uma fronteira inclusiva —a da imagem estigmatizada— e contribui de maneira ímpar para o avanço do reconhecimento das pessoas com síndrome de Down no país.

A jovem baiana não só revela um talento artístico, de improvisação e de acuidade técnica incríveis, como resiste e se fortalece com críticas impiedosas de comentaristas de internet que faz questão de não apagar, mas de enfrentar e de observar para fazer melhor.

O mais importante nos vídeos protagonizados por Cacai (que vão de paródias musicais a listas de preferências e sátiras) é o conteúdo que ela não mostra ao público, mas que fica implícito em sua segura teatralidade, no seu desenvolto palavreado, em sua capacidade de driblar imposições severas impostas pela síndrome, como possível dificuldade de se expressar, falta de segurança para tomar atitudes, receio de enfrentar o desconhecido, memorização dos papéis.

O recado maior dado pelo ineditismo da ação da youtuber é que a fórmula da inclusão de fato está pronta e leva esperança a milhares de pessoas. Trata-se de estímulos frequentes, valorização e apoio familiar, enfrentamento de estereótipos e todos juntos para tudo.

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Lá vem o Dia Down! https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2015/03/19/la-vem-o-dia-down/ https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2015/03/19/la-vem-o-dia-down/#comments Thu, 19 Mar 2015 12:30:31 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/?p=2230 A organização mundial das pessoas com síndrome de Down e de suas famílias tem, a cada ano, provocado uma reviravolta em valores inclusivos. Para isso, muita mobilização, carão, parcerias e alguma briga por espaço de discussão foram necessários.

Não digo que estamos vivendo uma maravilha de momento para os tchubes (uso tchube como sinônimo para deficiência intelectual, o termo não tem juízo de valor nenhum, a não ser uma palavra gostosa de dizer, beleza? 😉 ), afinal, ainda se colhe diariamente preconceito, desinformação, barreiras de atitude e portas fechadas, mas dentro do universo das diferenças, a construção de uma nova imagem para pessoas com Down é exemplar.

No próximo sábado (21), é celebrado no mundo todo o Dia Internacional da Síndrome de Down, que serve para renovar o combustível das mobilizações em prol do reconhecimento humano, de capacidade, de abraço cidadão ao povo que convive com essa deficiência.

O Brasil é um dos países do mundo que mais consegue puxar mobilizações. Serão quase 100 eventos em 19 Estados! Uhruuu… Para conhecer tudo, basta clicar no bozo que levo ‘ceitudo’ à casa do “Movimento Down”, grupo pra lá de bom! bozo

Alguns desafios traçados para que a inclusão avance ainda mais, nos próximos anos:

1 – Mais sensibilidade, profissionalismo, atenção e preparo para a notícia do nascimento de uma criança Down. Recebo com frequência relatos de mães dizendo que os próprios médicos parecem estar trazendo uma notícia de uma hecatombe, em vez da notícia de uma vida com diferenças.

A questão não é “dourar” a pílula, mas é dar um suporte inicial digno, falar de possibilidades, de cuidados necessários, de caminhos para uma vida como outra qualquer. Por incrível que pareça, ainda há profissionais que informam sobre o bebê down sem nenhuma propriedade com a causa.

Outro ponto relevante e no centro das discussões do universo Down é o avanço na descoberta precoce da síndrome. Atualmente, um teste genético caaaaaro, chamado Cariótipo (até o nome é caro kkkkk) detecta o cromossomo a mais. Ele ainda não é realidade em toda a rede pública e ajuda demais em um possível processo de preparo das famílias!

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2 – Acesso à saúde: essa é uma demanda de toda pessoa com deficiência. Profissionais de saúde ainda precisam evoluir um bocado no trato às diferenças e no tipo de atendimento que dispensam a elas. Às vezes, falta conhecimento de causa, de possíveis direcionamentos

3 – Estimulação precoce: bebês Downs preciiiiisam ser bebês! Receberem atenção, estímulos, acesso a terapias de fala, sensoriais e físicas

4 – Educação inclusiva: Não dá mais para que o Brasil siga relatando, ano após anos, casos de escolas que negam matrículas de crianças com Down (negam também de PC, crianças com autismo e demais ‘malacabados’). O direito de um pequeno ao acesso à educação é incontestável, constitucional e universal. Menos mimimi e mais mão na massa para que o diverso seja acolhido no ambiente que lhe fará cidadão: a escola.

5 – Trabalho: Sim, a Lei de Cotas ampara pessoas “tchubes” e faz todo o sentido. Eles podem e devem desempenhar centenas de funções no ambiente laboral. Para isso, mais programas de treinamento, trabalho assistido e mentalidade do século 21 nas empresas são urgentes

6 – Residências inclusivas: já escrevi um bocado sobre essa demanda que é urgente para o Brasil. Os Downs estão vivendo mais e outras pessoas com deficiências severas ou deficiências que envolvem o intelecto precisam de mais autonomia que pode ser oferecida sem que isso seja despejado inteiramente na família. Em várias partes do mundo, há iniciativas de moradia pública, com apoio de profissionais, que possibilitam vida plena e com mais autonomia.

Ufa, para terminar, não deixe de exercitar sua personalidade, seu espírito de humanidade e de mente aberta para as múltiplas possibilidades de interagirar com a vida!

E pra terminar meeeesmo, dê uma choradinha!

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