Barcelona, cidade para todos: passeios
Brasil, hoje termino o “sobrevoo” de um turistão malacabado pela cidade catalã de Barcelona, tida como uma das mais inclusivas e acessíveis do mundo. Já falei um pouco, nos capítulos anteriores, a respeito da garantia do ir e vir para todos pelas ruas e nos transportes, agora, salpico mais informações gerais sobre a localidade espanhola.
Praia – Fiquei muio impressionado com a estrutura de acesso a cadeirantes ao banho de mar em Barcelona. Há serviço de apoio à pessoa com deficiência em vários pontos do litoral, indicado por totens (não tive tempo de testar, sorry… 😯 ).
Junto às barracas e restaurantes, banheiros públicos contemplam também a diversidade física e sensorial com “casinhas” acessíveis, maiores, com barras de apoio e segurança. E são vários, lindos e bem conservados.
f
Mercadão – Localizado nas “ramblas” principais de Barcelona, o mercado de San José, ou “La Boqueria”, chama a atenção de qualquer turista pela muvuca de mercadorias, peixes e cheiros. O lugar é plano (com alguns desníveis no chão, é preciso ficar atento), não existem grandes obstáculos, mas é cheio, muvucado e o cadeirante passará apertos. Para quem curte muito novidades gastronômicas, vale o passeio.
No vídeo abaixo, mostro um pouquinho da rambla e do mercado!
‘Gaudices‘ – As construções assinadas pelo arquiteto Antonio Gaudi estão espalhadas por Barcelona e chamam a atenção de qualquer visitante, claro. Com a moeda nacional em frangalhos, entrar nas instalações era sempre algo que considerei caro (cerca de R$ 70). Em vários pontos, me contentei com a vista exterior mesmo, de boa.
Nas obras que encarei pagar para ver internamente e conhecer mais detalhes históricos e técnicos, há acessos básicos para tudo, mas há pontos (como terraços, por exemplo) que não abrigam cadeirantes. Geralmente, a pessoa é avisada antes do que poderá ou não fazer. Em possibilidades muito restritas, há desconto. Banheiros acessíveis estão sempre presentes.
Pela Sagrada Família, onde perambulei um bocado, quase tudo funciona bem e a experiência é fantástica. Algumas rampas externas e internas (na parte do museu) possuem grau de inclinação “puxado” e, sozinho, um cadeirante vai ter problemas.
Achei particularmente ruim (ou não fui bem informado) para chegar ao famoso Parque Guel. Então, fico devendo uma avaliação “proceis” tudo. Mas, no site da própria administração do local já existem alertas de que vários pontos não possuem acessibilidade.
Museus, igrejas, bares, pontos de interesse – Seguem a lógica de dar oportunidade a todos de lazer, conhecimento e diversão. Em instalações mais antigas, é necessário procurar nas laterais a entrada acessível (a catedral de Barcelona, por exemplo) e também seguir rotas fora do padrão do público convencional, mas nada que prejudique o passeio.
Tudo é pago, podem haver descontos pontuais para pessoas com deficiência, mas não há uma regra única. Roda-se bastante dentro das instalações, então, uma companhia que dê uma mãozinha, de vez em quando, ou uma cadeira motorizada (inclusive com aqueles dispositivos que turbinam as manuais) ajuda muito!
É comum também haver acesso em botecos e restaurantes. Vimos um que botou elevador para que os cadeirantes vencessem quatro degraus. De qualquer maneira, é muito comum mesas nas partes externas que dá para se acomodar bem, aproveitar o visu, tomar unas copas e aproveitar o dia!
Ah, o Camp Nuo, estádio do Barcelona, também é totalmente “malacabado friendly”. Vale o passeio!
Já fui algumas vezes a Barcelona (3x). É uma cidade linda.
Estou viajando pelos seus relatos, já estive várias vezes em Barcelona, mas nunca é demais.
Eu quero voltar logo também! kkkkk beijos