Barcelona, cidade para todos: os transportes
Continuando meu relato sobre a saga na Catalunha, conto um pouco de minhas impressões a respeito dos transportes públicos na cidade.
Sério, prestei muita atenção e me aventurei a viajar em quase todos o modais que permitem a mobilidade urbana em Barcelona. “Pricurei”, como se diz lá na minha terra, muito por pontos negativos e falhas, mas, por todos os cantos, notei preocupação em atender bem pessoas com deficiência, idosos, mães com carrinhos de bebê.
Os ônibus urbanos que trafegam pelas vias mais largas e populares são todos “planta baja”, ou seja, ficam na mesma altura da calçada e podem se acessados com uma rampa simples, sem parafernália de elevadorzinho complicado de operar.
O espaço interno dos bumbas para estacionar as cadeiras é bom e para fazer trajetos dentro de bairros, com ruas mais estreitas, existem micro-ônibus com acessibilidade.
Como os transportes são inclusivos, não tem “boi”. Pessoa com deficiência que estiver “turistando” paga passagem normalmente. Para os barcelonenses existe um benefício social, mas não peguei detalhes.
Para quem quiser fazer passeio de barco, tá “sussa”. Várias embarcações têm rampas de acesso e profissionais preparados para atender cadeirantes. A indicação de acessibilidade, com o símbolo universal, é bem visível nos veículos “malacabados friendly”.
Seguramente, para quem estiver a passeio, o metrô é a melhor opção para se deslocar pela cidade catalã. As informações de estações sem acessibilidade (que são poucas) estão muito bem descritas nos vagões e nas estações.
Uma dica muuuito importante: os cadeirantes precisam embarcar e desembarcar sempre nos locais indicados nas plataformas. Isso porque há uma elevação específica em certos pontos para facilitar a entrada do povo ruim das pernas.
Dentro dos vagões, no espaço reservado a pessoas com deficiência, há um botão que pode e deve ser acionado quando o “serumano” for desembarcar, pois o condutor dará mais tempo para o fechamento das portas.
Nas estações maiores, há um serviço de informação que atenderá dúvidas, inclusive em língua de sinais. Os elevadores são grandes, com indicações sonoras. Há piso tátil em vários trechos. Então, aposte neste modal para ter conforto e ampla mobilidade.
Para chegar à porção mais alta da cidade (185m de altitude), a de Montjuic, há um trem específico, bem “loko”, chamado funicular, que é cheio de degraus. Cadeirante vai de boa, mas, novamente, é preciso seguir a indicação de onde acessar o veículo.
Mas um sujeito fincado no chão como eu, gosta mesmo é de “avoar”. Barcelona tem dois trechos atendidos por bondinhos: um deles na porção litorânea da cidade e outro que leva até o castelo de Montjuic.
Ambos são acessíveis, com graus diferentes de conforto. A experiência visual e de sair do chão, contudo, são completas! Fiz dois vídeos, que explicam melhor a situação. Deem uma olhada!
Por fim, destaco que o serviço de recepção à pessoa com deficiência nos aeroportos de Barcelona também são de “catigoria”. Ágeis, profissionais, atentos e seguros. O serviço não é ligado diretamente a nenhuma companhia aérea e os profissionais falam diversas línguas, inclusive a de sinais.
Por quê você insiste em escrever errado? Acha que tem graça um adulto escrever para um jornal como se fosse um boçal? Vê se te enxergue, bo-bão..
Marcello, obrigado pela audiência! Um abraço
E você que escreve errado? Jairinho. E você que é boçal?Jairinho. Cada uma, não? Nem esquenta.
Olá Jairinho, que bom ler suas impressões sobre as cidades do mundo. Apesar de eu não ter problemas de mobilidade eu presto muita atenção nesses detalhes quando vou para o exterior. Vejo com tristeza que ainda temos muito o que aprender e respeitar quanto às diferenças, e concordo com você quanto à Barcelona, é visível o cuidado com as pessoas portadoras de alguma deficiência. Continue aproveitando a Catalunha.
Obrigado, querida!