Santos inicia ‘choque’ de acessibilidade
Meu povo, Santos, no litoral paulista, uma das cidades mais antigas e conhecidas do Brasil resolveu, finalmente, tomar uma medida ultramoderna: vai começar a promover um verdadeiro “choque” de acessibilidade e inclusão em diversas áreas. Demorô aêêêê
O programa “Santos Acessível” dará o seu pontapé inicial nesta terça-feira (3), quinta-feira (5), a prefeitura mudou a data, desculpem, quando o Diário Oficial da cidade, que também funciona como uma espécie de jornal com informações sobre o poder público, terá uma versão online com audiodescrição de seus vídeos para os cegões.
Dessa forma, o deficiente visual que acessar a página www.santos.sp.gov.br/?q=diario-oficial poderá receber em áudio as “infos” sobre decretos e medidas administrativas tomadas pelos ‘pessoais’ que mandam e também vai poder ter noção mais ampla do material produzido em vídeo.
Também nesta semana Santos vai começar a distribuir selos de qualidade em acessibilidade para órgãos privados diversos como restaurantes, bares, lojas. Para ganhar estrelinhas é preciso dar condições para qualquer “serumano” use o local com dignidade.
Assim, tem rampa, por exemplo, uma estrela, tem cardápio em braile, duas estrelas, tem um profissional que domina libras, mais uma… até o máximo de cinco estrelas. Só vou querer frequentar os estrelados, falai? 😀
Outra medida tomada pela prefeitura foi a implantação de uma praia acessível permanente aos finais de semana na cidade. Ou seja, ninguém vai depender de projetos temporários. Quando o malacabado tiver vontade e molhar as partes, vai até “Canal 3” ou nas proximidades do Aquário Municipal (alternadamente) e terá a infra necessária.
“Tio, mas e aquelas calçadas e rampas ‘meaboquetas’ da cidade?”
De fato, uma cidade turística e que abriga tantos moradores idosos (é uma das cidades do país com maior população de pessoas acima de 60 anos) não pode ter passeios tão trágicos, né, não?
O compromisso da administração é a padronização do calçamento de acordo com normas técnicas e a retirada da fatídica pedrinha portuguesa, que está por vários cantos da cidade. Uma lei em fase final de votação pretende evitar que cada um faça o que quiser nos passeios, mas, sim, siga regras.
A previsão, agora é sentar e chorar, é que dentro de VINTE ANOS, todas as calçadas de Santos estejam bacanudas. Acho que daria para fazer mais rápido, será não?!
Uma Secretaria de Cidadania está a cargo de articular as ações de aumento de acessibilidade na cidade. É acompanhar e cobrar para que o direito da diversidade seja respeitado, finalmente.
Quando uma prefeitura anuncia publicamente sua intenção de ser mais acessível, a meu ver, está dando o exemplo e criando uma corrente para os demais componentes que formam uma cidade também ajam para o progresso de uma causa.
Evidentemente que apenas querer não muda a vida de ninguém e é necessário que uma renovação do compromisso seja feita de tempos em tempos.
* Imagens de divulgação
Muito bom artigo, cheio de conteúdo relevante. Parabéns e estou no aguardo para mais informações valiosas como essa. Sucesso
re-ratificando – Ouvidoria da Prefeitura
sou Santista e minha filha é cadeirante, é incrivel que faixa de pedestres não tenham calçada rebaixada, ou então só de um lado , o cadeirante não pode chegar ao outro, as pedras portuguesas são uma verdadeira armadilha , sempre encontramos alguma solta, seria melhor piso de cimento queimado, para resolver qq problema, tenho que ficar escrevendo diversas vezes para a Auditoria da Prefeitura
Celso, pelo projeto de padronização, todas devem ser parecidas com o que vc diz. Estive em Santos em dezembro e notei exatamente o que vc relata. Não dá para ser desta maneira! Abraço