Toda torta e muito engraçada
Meu povo, peço desculpas pela frequência baixa de postagem aqui no blog. Vou ter de usar as muletas de sempre (afinal, ‘malacabado’ adora uma muleta 😎 ): tenho quebrado muita pedra na reportagem do jornal e estou resolvendo ‘miliuna’ coisas da vida ao mesmo tempo!
Para que não me deem como aposentado, compartilho hoje um vídeo sugerido por uma de minhas leitoras mais do que cativa, a Suely Satow.
Maysoon Zayid, assim com a Suely, tem uma deficiência com poder de estigmatizar uma pessoa até as tampas: a paralisia cerebral, que pode provocar “entortamentos” diversos, dificuldades de fala e de marcha . Mas, também igual a minha amiga Su, Maysoon construiu uma carreira, enfrentou “não-me-toques” e tem revelado ao mundo o seu talento.
A moça é muuuuito engraçada, cômica e rápida de raciocínio. Tem batalhado para conseguir entrar no mercado artístico dos EUA, mas ainda enfrenta resistências diversas de aceitação e de reconhecimento.
No vídeo, além de contar piadas de fazer rolar de rir, Maysoon mostra que fazer graça, e graça de verdade, mesmo, não implica ter um tipo físico assim ou assado, mas, sim, ter talento. Ela também faz arrepiar com sua cobrança de reconhecimento social e por espaços de trabalho.
Vale a pena rir e pensar!
Eu só enviei o vídeo porque achei-o muito bom. A comediante tem um tipo raro de pc., que eu ainda não sei o nome direito. Achei que, às vezes, a plateia ficava meia constrangida com o que ela (a comediante) dizia sobre a pc e os estigmas que a permeiam. Como Maysoon, eu e outros pcs passamos pela faze da busca de “milagres” e do “você pode”. Mas, ao contrário dela, foi a minha mãe quem dizia isto para mim e não o meu pai. Quanto a ouvir que somos intelectualmente rebaixados, doentes, que a pc é hereditária etc., acho que todos os pcs escutam e eu não sou exceção, como vocês podem ver e nem é só no Brasil, é mundial. Sorte que eu e ela tivemos alguém que acreditou nas nossas potencialidades, o que não acontece com a maioria dos pcs. e sorte também que eu tive vizinhos que não me segregaram, muito pelo contrário, me acolheram e eu pude brincar muitoooo com eles, por isso posso andar agora. Também era andar e brincar ou não andar e ficar em casa e a minha escolha foi brincar, apesar de sofrer todas as noites com fortes dores nas pernas, mas eu ia brincar novamente no outro dia, porque era divertido. E como Maysoon disse as crianças não são preconceituosas, são os adultos que as fazem preconceituosas. Pensem nisso, pois é muito importante para ocuparmos o lugar que nos pertence na sociedade e não ficarmos “incluídos pela exclusão”. A consciência disso é, talvez, a mais importante para a nossa luta pelo direito de sermos iguais em nossa humanidade e sermos diferentes em nossas deficiências, raças, cores, crenças etc. Desculpe-me por escrever esta “novela”, mas eu precisava. Bjs em sua família.
Você sempre pode escrever o tanto que quiser, querida! 😉