Superabilidades?

Jairo Marques

Não acredito que deficiência promova nas pessoas um rearranjo dos poderes do corpo e do cérebro que garanta ao “malacabado” uma superabilidade.

Mas acredito que, quando se tem afetado um sentido, um movimento ou várias habilidades ao mesmo tempo, cria-se uma necessidade de novos projetos pessoas, novos objetivos, novas metas e isso, naturalmente, concentra esforços que podem gerar resultados surpreeendentes.

A deficiência não gera heróis, mas, de alguma maneira, exige de seus indivíduos um esforço concentrado para que se obtenha êxito naquilo que se quer. Assim, surgem grandes histórias de pessoas surdas que aprendem a falar várias línguas e a ter sensibilidade para música, cadeirantes que se dedicam a práticas esportivas radicais, cegos com percepção artística apurada etc.

O caso relatado no vídeo abaixo, gentilmente legendado em português por minha amiga Silvia Dutra, a Silvetz, vai nesse sentido.

O sujeito é extremamente, no conceito clássico da palavra, limitado, devido a uma paralisia cerebral em nível bastante grave, porém ele vai lá e arrebenta em produções de arte de uma maneira inusitada.

É gostoso de assistir e de pensar nas possibilidades infinitas que todos possuem de ir além, de se reconstruir e de fazer da existência um momento de puro espetáculo!

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