É rosa também para as “malacabadas”
Neste ano, duas leitoras/seguidores/amigas descobriram nódulos cancerígenos no seio. Ambas com deficiência.
Digo isso para lembrar que a condição física das pessoas não é repelente natural para que não haja prevenção, para que não haja uma preocupação para que as mulheres “malacabadas” não se cuidem.
Há sim, fatores que podem dificultar essa tomada de consciência: postos médico sem acessibilidade, falta de transporte até os centros de diagnóstico, falta de informação, medo de “encontrar outro problemas” e até falta de autoestima.
Contudo, nada disso vai proteger as mulheres de terem a doença. O “Outubro Rosa” está aí e o alerta para meninas acima de 40 anos façam os exames é VALE PARA TODAS.
Segundo o Hospital do Câncer de Barretos, um dos melhores do país, todo mamógrafo é acessível e pode ser ajustado para a altura de uma cadeirante ou uma mulher com nanismo, por exemplo, o que falta é qualificação e informação para que o exame e um bom atendimento sejam realizados.
A instituição resolveu, inclusive, criar uma campanha exclusiva com o olhar para a diversidade, alertando a necessidade de mulheres na faixa etária de 40 a 69 anos a realizarem o procedimento médico.
Todas as carretas do hospital que vão ao encontro das pacientes possuem elevador para que mulheres cadeirantes possam fazer seus exames sem estresse e com conforto.
“Tio, e se recusarem me examinar ou disseram no posto de saúde que não podem me atender?”
Há caminhos a seguir: relate o problema às secretárias da saúde (municipal, estadual), procure uma entidade de apoio à mulher (existem dezenas), registra queixa no Ministério da Saúde.
O que não é possível é ser apartada de um cuidado tão importante.
Seu texto está ótimo! TODAS as mulheres precisam fazer a mamografia. Ninguém está isento de um câncer. Eu mesma fiquei com um, que graças a Deus, ficou encapsulado de 1995/6 até 2004. Todos os ginecologistas diziam que era só um “fibroadenoma” (bolinha de gordura e fibras), mas era um câncer encapsulado. Quando fiz a cirurgia para a retirada da “bolinha”, foi tudo bem. Depois que fizeram a biópsia, descobriram que no meio havia um câncer. Dai, o ginecologista ficou apavorado! Para você fazer uma ideia, fiz a cirurgia no dia 29/09/2004 e depois fiz outra em 21/12/2004. É, em menos de 1 mês estava na sala de cirurgia de novo. E ainda bem que tudo deu certo. Ainda estou viva. Tive muita sorte! O que não acontece com muitas mulheres que tem deficiência. Interessante que há aparelhos com o símbolo de acessibilidade no chão. E o aparelho é capaz de descer até a altura da cadeirante. Nós somos mulheres e humanas e como tal, podemos sofrer de tudo quanto é coisa que as outras, consideradas “normais” sofrem. Por isto, não se pode relaxar com a saúde. Bjs e bom fim de semana.
Su, tenho o maior orgulho de receber o seu relato aqui. Suas palavras são fundamentais e ajudam demais a outras pessoas. Sua lucidez diante do problema é uma ferramenta excelente para combatê-lo! Um grande beijo e obrigado!
Olá Jairo, como sempre seu Post tá ótimo. Adorei a escrita na cor rosa. Acho que você acertou em cheio o receio das mulheres cadeirantes, eu não sabia que a máquina se ajusta na altura da cadeira. Bjs.
Parabéns, ótima materia
Alice, eu também não sabia! Os médicos do hospital de Barretos dizem que basta treinamento para ajudar bem as máquinas, bom, né?! bjos