Dança, sombras e inclusão

Jairo Marques

Sou fã de iniciativas que juntam a diversidade humana, que misturam possibilidades, características.

Tenho sempre um pé atrás daquelas feitas para “eles” ou por “eles”, como se eles fossem pessoas a parte da sociedade. O bacana é propagar o nós, incentivar maneiras de valorizar a pluralidade de formas de manifestar a arte, o trabalho, os esportes.

E foi com a intenção de explorar o espírito das múltiplas maneiras de movimentos coordenados do corpo, que a Companhia “Dança sem Fronteiras” exibi o espetáculo “Olhar de Neblina”.

Como se caíssem um sobre o outro, um cadeirante e um bailarino vestindo preto. Os dois sendo amparados por uma bailarina  Crédito: Andre Stefano
Como se caíssem um sobre o outro, um cadeirante e um bailarino vestindo preto. Os dois sendo amparados por uma bailarina
Crédito: Andre Stefano

Na obra, bailarinos completinhos se misturam a pessoas com deficiência (cegos e um cadeirante) em ritmo, coreografia, saltos e representação!

O espetáculo, que é gratuito, baseia-se em obra do filósofo e fotógrafo cego Evgen Bavcar e explora o escuro, a névoa, as sombras por meio de um jogo de luzes que levará os espectadores a novas formas de ver.

Uma bailarina é sustentada acima de uma cadeira de rodas por dois outros bailarinos. Ao redor deles, várias rodas Crédito: Andre Stefano
Uma bailarina é sustentada acima de uma cadeira de rodas por dois outros bailarinos. Ao redor deles, várias rodas
Crédito: Andre Stefano

A direção e a coreografia são de Fernanda Amaral, que sempre trabalhou retratando as diversidades.

Três bailarinas com os olhos vendados por uma espécie de binóculos no centro do palco Crédito: Andre Stefano
Três bailarinas com os olhos vendados por uma espécie de binóculos no centro do palco
Crédito: Andre Stefano

Na apresentação de amanhã (quarta, 1/10), na SP Escola de Teatro, no centro de São Paulo, às 21h, haverá audiodescrição da incrível Lívia Mota para o povo cego interpretar mais profundamente o trabalho!

SP ESCOLA DE TEATRO – CENTRO DE FORMAÇÃO DAS ARTES DO PALCO | SEDE ROOSEVELT

Dias: 1° e 8 de outubro, às 21h

Ingressos: Grátis – Retirar ingressos com 1h de antecedência

Endereço: Praça Roosevelt, 210, Centro, São Paulo

Telefone: (11) 3775.8600

Informações: www.spescoladeteatro.org.br

CENTRO DA CULTURA JUDAICA

Dias: 18 de outubro, às 20h e 19 de outubro, às 19h

Local: Centro da Cultura Judaica

Espaço: Teatro

Capacidade: 296 pessoas

Ingresso: Contribua com 1kg de alimento não perecível a ser doado para uma instituição de caridade.

Retirada de até 2 ingressos por pessoa com 1 hora de antecedência.

Informações: www.culturajudaica.org.br

Telefone: (11) 3065-4333

Endereço: Rua Oscar Freire, 2500, Pinheiros, São Paulo

Comentários

  1. Oi, voltei!

    Rsrs… depois se dizem contra o preconceito, vai entender né Jairo? Essa mania do politicamente correto enche a paciência, credooooo.

    Você adora levar umas bordoadas… kkkkkkkkk

    1. Tive o prazer de assistir ao espetáculo e certamente não é simplesmente sobre o politicamente correto, me fez refletir sobre até onde as limitações nos controlam, e nos fazemos refens do medo de nao buscar nossos sonhos, usando como desculpa nossas ”deficiencias”: fisicas, financeiras, psicologicas… Quanta falta realmente faz o ”pedaço” e quanta falta achamos que faz. Mais do que inclusão, o espetáculo é também sobre SUPERAÇÃO. Sorri e tambem me emocionei. Parabéns e obrigada ao elenco pela lição que me ofereceram

  2. Na obra, bailarinos completinhos se misturam a pessoas com deficiência (cegos e um cadeirante) em ritmo, coreografia, saltos e representação… Oi??!!

  3. O que são “bailarinos completinhos”? Achei a reportagem bastante discriminatória para um assunto que retrata a diversidade; não são todos bailarinos? Não gostei..

    1. Barbara, discriminatório é querer atenuar situações de pessoas com deficiência, é não querer ver o que é obvio… Um abraço

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