Imagem é tudo?
Faz alguns anos, cobrei firme aqui no blog a necessidade de os anúncios publicitários incluírem pessoas com deficiência. Peças para vender sabão em pó ou campanhas de conscientização contra o bicho-de-pé, simplesmente, ignoravam as diferenças.
Posso estar meio alucinado :mrgreen:ou assistindo canais de TV de Marte, mas, tenho notado que esse cenário está mudando de maneira veloz. Tenho visto “malacabados” em anúncios de banco, de vacinação, de lojas de departamento, de ração pra cachorro…
“Tio, mas pra mode di que cê acha isso importante?”
Em primeiro lugar, quando um anúncio engloba a diversidade ele exerce um pouquinho de cidadania (além de ser esperto, porque sabe que cego, surdo e quebrados em geral podem ter poder de consumo).
É preciso considerar também que expor a imagem de pessoas com deficiência em situações da vida cotidiana ajuda a arrebentar conceitos velhos, arraigados, que tanto as iniciativas pró-inclusão tentam combater.
É bacana mostrar que um cadeirante é cliente de banco, que um puxador de cachorro compra roupas íntimas (ui), que um paralisado cerebral anda no transporte público.
Quando mais se expõe a diversidade, mais se aprende sobre diferenças e suas necessidades, mais se ampliam possibilidades.
Em uma recente campanha do Ministério da Saúde sobre vacinação contra o HPV, a agência de publicidade acertou no alvo (deve ter sido pedido do cliente, mas vou dar esse crédito 😎 ).
“Toda menina é de um jeito, mas todas precisam de proteção”, era o mote do anúncio, que colocou todo tipo de guria e criou uma propaganda plural.
Isso está acontecendo por alguns fatores: cada vez mais pessoas com deficiência estão trabalhando e tendo dinheiro pra gastar em sanduíche iche, há mais mobilização e cobrança para o não “esquecimento” e há mais pessoas se apresentando para modelar em publicidade.
Falta muito, mais do que um queijo e uma rapadura, como se diz lá na minha terra, mas é importante comemorar conquistas para renovar as forças que vão abrir outras frentes de batalha!
Oi Lindo fiquei mais ou menos ausente devido
a conjuntivite facilmente contagiosa. Os dois
filhos pequenos de Jô, nossa funcionária
frequentam nossa casa qd não estão na
escola. Posto isto; mais uma fez vc aborda
transparentemente nossa via-crúcis das
diferenças. Esta distorção “funciona” desde
Padro Alvares Cabral. Permaneço atuante na área da inclusão, particularmente no trabalho daqueles qd são capacitados. Os que ainda não conseguiram é fruto da omissão dos governantes nomeadas para
capacitá-los. abrs. Já estou na área
Que bom que voltou, querida!
Ainda bem que os publicitários entenderam que nós somo consumidores em potencial, por cada vez mais termos qualificação profissional e bons salários. Só falta melhorarem as embalagens de alguns produtos que para nós parecem coisas do outro mundo, completamente inviáveis, rsrs…
Enquanto nós comemoramos a inclusão de meninas com deficiências na campanha de vacinação, algumas igrejas enlouquecem e querem proibir, dizendo que é um estímulo à pratica sexual de crianças. Vai entender…
As coisas estão melhorando, isso é um bom sinal!
Lúcia, pra mim, ainda falta um bocado para dizer que eles “entenderam” ahahahahha… mas, acho que um começo de conversa já existe, sim! 😉
Esse trecho é brilhante, ”Quando mais se expõe a diversidade, mais se aprende sobre diferenças e suas necessidades, mais se ampliam possibilidades.”, ótimo texto Jairo.
Valeu, Adailton! Abraço
Assino em baixo do que Adailton e Cléia disseram, Jairo. Parabém por ter esta visão.
Pedro de Almeida
Abraço e obrigado, Pedro!
Os anúncios que mais usam os PcD são os do governo federal. Mas, tudo bem. O importante é que os mal-acabados apareçam com a imagem de igualdade com outras pessoas. Bjs.
e ai malacabado
?
Adorei amigo…
Nem tenho o que comentar, apenas divulgar sua matéria e vídeo…
A matéria para que todos saibam da importância em se “expor a imagem de pessoas com deficiência em situações da vida cotidiana”… e o vídeo como veiculo de prevenção e alerta para TODAS as meninas…!
Jairo,tb reparei nisso,aumentou sim,pode ser ainda pouco,mas,ja podemos considerar um começo.
Inclusive evoluir a presença para outros “excluídos”, não é?! 😉