Mais cachorrada na rua!
Meu povo, ainda faltam um queijo e uma rapadura para que o Brasil se torne um país autossuficiente na preparação de cães ajudantes para os “zimininos” cegos.
Temos ainda carência de linhagens totalmente confiáveis (o bicho não pode ter comprometimentos de saúde), faltam treinadores comprometidos e reconhecidos e também não estamos acostumados com a função de socializar o cachorro e, depois, entregá-lo de volta ao programa de preparo (pegamos amor e acabamos com a função maior de tornar o cão um guia).
Porém, aos poucos, algumas iniciativas persistentes estão dando resultado e passam a fazer a diferença na vida das pessoas com deficiência visual que, com o cão-guia, ganham mais autonomia, segurança e ampliam sua vida social.
Nesta semana (dia 16/04), nove “puxadores de cegos” :razz:, do programa “Cão-Guia Sesi SP” vão ganhar as ruas de São Paulo e auxiliar trabalhadores da indústria que são do time dos “prejudicados dos zóios”.
Fazer um cachorro buscar bolinha ou dar a patinha é bico, mas ensinar modos ao danado e, mais, botar na cachola dele a função de abrir e encontrar caminhos para os cegos (além de dezenas de outras funções) exige muito tempo, muito tempo, muita paciência.
O programa do Sesi começou com a seleção dos bichinhos logo depois do nascimento. Eles cresceram um bocadinho e foram entregues às famílias socializadoras que ficam cercam de um ano (às vezes, dois) com ele mostrando ao danado a maior diversidade possível de lugares, de pessoas e de situações.
Para vocês terem ideia da complexidade que é deixar um cão-guia tinindo, dos 32 cães inicialmente no programa, só nove “vingaram” e, agora, vão para as mãos dos deficientes visuais.
Não há um dado oficial sobre a quantidade de “puxadores de cegos” no Brasil. O número varia de 60 a 200, sendo que a maioria vem do exterior, onde as iniciativas já são bem maduras para o treino dos animais. O lance é que temos cerca de 150 mil (dá pra lotar uma quitinete :oops:) de cegões no país…
Todo o procedimento de preparo de um cachorro ajudante pode custar até R$ 30 mil. Não há nenhum custo para quem recebe o cão-guia (em programas sérios, evidentemente).
Sou amigo de várias pessoas que têm a “sorte” de contar com a ajuda de cães-guias em seus cotidianos e tenho convicção do impacto que esse “instrumento” de acessibilidade é capaz de causar na vida delas.
É preciso pressionar e muito o poder público para que as iniciativas de preparo desses ajudantes de quatro patas se avolumem, ganhem todo o país, sejam sérias e efetivas.
* Fotos de divulgação
Gostei do artigo… Mas ressalto que os cães não são “danados”, pois aprendem facilmente e com prazer. E mais ainda possuem uma “cachola” melhor que muita gente por aí…
Ainda fala muito para ter cães suficientes para os cegos, como disseram quase todos aqui. Mas acharam mais uma utilidade para os cães, que é servir de ajudante para os tretrões. Ai, a falta de cães irá ser maior, né? Bjs. e bom fim de semana.
O acesso dos cães também é limitado no Brasil em estabelecimentos como restaurantes, lojas e sistemas de transporte, por ignorância ou por medo. Parabens pelo artigo.
Cloves, muito bem lembrado… exatamente!
Só pode ser fake o caninofóbico, mas deixa pra lá. Triste constatar a quantidade ínfima na oferta de cães, até pelas poucas opções de raça além do labrador, em comparação com nossa demanda, que não imaginei fosse assim tão grande. Depois de conhecer o Charlie da Ju, e o Diesel da Thays (não cheguei a conhecer o Boris), compreendi o quanto esses amigões proporcionam de liberdade e autonomia para as pessoas com deficiência, principalmente a visual. Louvável a iniciativa do SESI, temos tantos compatriotas que perdem um tempo precioso sonhando em aparecer na Forbes, quando poderiam estar dando um ‘lustro’ na sua alma e humanidade investindo em algo que de fato vale a pena. Aliás, destes eu sinto pena.
Tava com saudaaaaades dos seus pitacos ahahhahaha…
Meu amigo Alex Garcia que é surdo-cego, está na fila para receber o cão guia a alguns anos. No caso dele é ainda mais complicado e exige muito mais preparo dos cães. Sei que existe doação de apenas 8 cães ao ano.
Ele foi sorteado ano passado, mas infelizmente não pôde ir aos EUA buscar o cão por falta de condições financeiras. Eles precisam ficar um tempo por lá, para se acostumarem com os cães e aprenderem os comandos que são todos em inglês.
Poderiam investir muito mais em treinamentos por aqui, mas os custos são muito altos e são poucas as entidades interessadas. Espero que muitas outras pessoas possam ser beneficiadas com esses cães que são uns amores, conheço algumas pessoas que já convivem com eles e são muito mais independentes e felizes.
Lúcia, que triste essa história do seu amigo!!! Puxa vida…
E os leões e tigres comerem o leitor cãohomófico.
Jairo, fui brincar com o comentário do outro e esqueci de elogiar seu artigo, muito bom e oportuno, pena que realmente estejamos engatinhando nesse quesito. abração.
Abraço!
Tom, ao contrário eu adoro cães, tenho varios deles em casa. Desculpe o trocadilho, mas acho que quem não gosta (de cães) é doente do pé ou ruim da cabeça….
É PRECISO AVISAR TODO MUNDO QUE OS CÃES QUE ACOMPANHAM CEGOS NÃO DEVE SER DISTRAÍDOS COM AFAGOS E BRINCADEIRAS. a tentação é grande mas com isso a gente distrai o bicho e pode causar acidentes aos cegos.
Odeio cachorros. Deveriam botá-los para os tigres e leões comerem.
Caramba…
Para o Tom Cruiz Credo:
Creeedo!
kkkkkkkkkkkk
Odeio o Tom Cruzes. Deveriam botá-lo para os tigres e leões comerem.
Pensando bem, melhor não, é capaz dos pobres tigres e leões morrerem envenenados…