Aplicativo promete revolucionar inclusão na cultura
Imagine você cegão ou você surdão ter ao alcance das mãos a chave para ver espetáculos culturais sem ter de ficar espichando o olho até aquela mocinha na frente do palco fazendo a tradução para libras ou sem receber aqueles fones de locutor de corrida de cavalo para receber a descrição das cenas (audiodescrição).
Poi zé, meu povo, o futuro já chegou e você ainda está ai vestindo a camisa por dentro da calça… 😆 . Um aplicativo totalmente “ispiciar”, como diria minha tia Bolsinha, está sendo lançado hoje no Brasil e promete virar o conceito de acessibilidade na cultura de ponta cabeça!
O “Whatscine” é um programa para ser baixado em telefones celulares ou tablets e que vai fazer a audiodescrição, a tradução para a Libras (Língua Brasileira de Sinais) e a subtitulação das falas (as legendas, mecanismo importante para surdos chamados ‘oralizados’ e que não fazem uso dos gestos) de grátis e de maneira simples.
“Mas tio, como vai funcionar essa modernidade toda?”
Primeiramente, o brasileiro baixa o programa em seu smartphone na faixa (nas lojas dos seus respectivos sistemas operacionais), depois, conecta-se à rede sem fio específica do programa (o local da exibição deve ter feito a parceria de acessibilidade), depois as legendas e a tradução em Libras vão aparecer na tela do ‘celu’. Para a audiodescrição, é preciso ter o seu fone de ouvido.
“Causo de quê cê acha isso revolucionário?”
Atualmente, para ter todos esses recursos é uma apresentação de dança, por exemplo, é preciso uma logística grande. Colocar essas ferramentas à mão do “malacabado”, na boa, facilita pra dedéu.
O poder de ter a ferramenta que inclui sai do ambiente e passa diretamente para a pessoa com deficiência, de forma prática! Claro que vai haver quem ache que levar celular ao cinema ou teatro é “over”, mas, ninguém vai usar o aparelho para atrapalhar o outro, vai usar com discrição e cada um no seu quadrado.
Num futuro próximo, óculos poderão substituir os celulares e aí tá tudo resolvido. Por enquanto, vamos festejar esse ganho!
O Whatscine é um projeto global que estreou ano passado na Espanha, já chegou ao México e hoje nasce no Brasil, durante a exibição do filme “Hoje eu quero voltar sozinho”, no cine Frei Caneca, em São Paulo, em todas as sessões!
A iniciativa é tocada pela ONG “Mais Diferenças” e promete fazer barulho. Quando mais produtores de filmes, espetáculos teatrais e eventos culturais entenderam a importância do “lance”, mais pessoas terão acesso ao conteúdo cultural, que é direito de todos.
Passo importante agora é que as redes de cinema, os teatros e as salas de exibição artísticas entendam o benefício do sistema, que acolhe milhares de pessoas, e passem a aderir a ele.
Queridão, ao ler o texto tive a impressão do que acabou sendo escrito pela Sô. De qualquer forma, recebo essa novidade com entusiasmo, porque a gente sabe que muito em breve a rapidez da tecnologia vai encontrar novos e melhorados caminhos para esse ‘embrião’ fantástico.
É, eu tb acho que o argumento da Sô foi muito relevante para a discussão. Construir uma ideia que seja boa e plural é mesmo assim: abre-se para discussão e colhe-se as impressões, não é? Abrasss
Jairo Marques, desculpe. Não quero ser desagradável. Mas acesso à Cultura sem primeiro ter acesso à Educação é miragem. Pura ilusão, nesse Brasil deseducado…
Jairo,
Você conhece o Claudio L. Dusik ?
A história dele é fantástica, é surreal.
Ele podia ter desistido de tudo, pelo tanto de porrada que levou da sociedade despreparada, mas foi em frente.
Criou até um software, o mousekey, que disponibilizou de graça, hoje já tem mais de 13 mil usuários.
http://www.youtube.com/watch?v=8aXTR2Kmqxg
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/03/com-doenca-degenerativa-aluno-cria-teclado-virtual-e-conclui-mestrado.html
Carlos, não conheço! Vou ler sua recomendação….. abrasss
Se você souber de alguém que precisa do software, ou se quiser entrar em contato com ele o endereço de correio é cldusik@gmail.com . Pode escrever que ele responde com toda atenção.
Se não me engano o software está disponível para download numa página da UFRGS.
Se um dia este software vier embarcado no Google Glass vai ser uma revolução para quem tem alguma deficiência mais severa.
tratei do assunto legendas numa postagem no blog sulp
http://sulp-surdosusuariosdalinguaportuguesa.blogspot.com.br/2013/05/legendas-para-audiovisuais-e-eventos.html
Jairo querido há pouco tempo fui ao teatro onde as legendas em português eram apresentadas num tablet colocado junto à poltrona. DETESTEI porque ter que ficar virando os zoinhos e o pescoço para olhar o palco e olhar a tela faz com que a gente perca ou o visual ou parte das falas. PARA teatro e cinema o ideal é um telão acima ou abaixo do palco ou tela principal. Sem contar que o estabelecimento cultural é que deve oferecer a acessibilidade e não obrigar a pessoa com deficiência levar seu próprio celular e baixar o tal programa. No Festival de melhores filmes do CINESESC está a melhor opção de legendas na minha opinião, uma mini tela auxiliar abaixo da tela normal. Bjs.
Sô, sua contribuição é sempre bem vinda e revela um aspecto novo em torno da discussão. O único ponto que, talvez, eu não tenha deixado claro é que as obrigações e o comprimisso dos estabelecimentos com acessibilidade continua e até se aprofunda. Beijos
Jairets, viu issaqui que show?
http://gizmodo.uol.com.br/dispositivo-paralisia-pernas/
Vi, sim… beeem interessante! Tava sumidão, tudo certo?
Opa! Tudo certo sim, man. Valeu por perguntar. Só na correria do trabalho. Mas aos pouco vou voltando.
Sem falar que o povo anda fofinho e querido nos comentários, não tenho muito o que fazer aqui, além de ler seus textos – como sempre, muito bons.
😉
Abraços
kkkkkkkkk tá certo…
Maravilhoso!