Cada um samba no seu ritmo e do seu jeito

Jairo Marques

 

Sabe aquela frase: “Quem não gosta de samba bom sujeito não é? É ruim da cabeça ou doente do pé”??? Então, está fora de moda e, agora, só faz sentido como poesia”

O povão “ruim da cabeça” e os “malacabados” das partes também podem e curtem o Carnaval e tudo o que ele envolve de bom.

E não vá você ficar reparando no jeito desengonçado daquele rapazinho torto bailar pelo salão! Tá certo, pode dar uma risadinha porque a festa permite, mas cada um samba da maneira que lhe é possível .. folia não tem regra e passista é coisa para a avenida!

Não se acanhe com sua deficiência para curtir a maior festa brasileira. Não deixe que o outro determine o que é melhor para você.

Convidei a gatíssima Luciana Marques, que é cadeirante e tá pulando o Carnaval desde janeiro 😆 para contar um bocadinho de sua experiência em um bloco de rua. O relato é delicioso!

Anime-se, acredite, liberte-se e sambe!!! 

♠ 

“De chapéu, de sol aberto. Pelas ruas eu vou. A multidão me acompanha, eu vou. Eu vou e venho pra onde não sei. Só sei que carrego alegria pra dar e vender (deixa o barco correr)”

Ao som de Capiba pelas ruas do bairro da Torre em Recife (PE), senti a grande emoção que o Carnaval pode proporcionar: o calor, a diversão com os amigos, a cerveja gelada, e os esboços de movimentos que meu corpo ainda faz!!”

Que alegria sentir a energia. E por mais que meu braço não levante completamente como antes e que minhas pernas não façam mais o passo do frevo (aquele bem difícilll),  dançar na base do dedo indicador, levantado para o alto, me fez um bemmmm arretado!!!!

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Da esquerda para a direita, Luciana é a segunda, toda linda. Para os cegões, trata-se de um monte de quebrado e alguns inteiros fantasiados!

Crianças, idosos, jovens cadeirantes ou com outra limitação física, ou quem não tinha…todos se divertindo juntos, e ali não tinha espaço para preconceitos ou exclusão. Chamou-me atenção casais com seus filhos, todos sem deficiência aparente, brincando e se divertindo como se a diferença realmente não existisse.

A frevioca passando e a gente atrás se sacudindo…sorrisos…. flashes…e mais sorrisos…

Levei uma amiga de Campinas (a daniela) para conhecer a ‘vibe’ do nosso Carnaval e ela adorou as danças, a alegria contagiante das pessoas e até brincamos que ela já sabia frevar! 😀 😀

 

Povão com as características sombrinhas do frevo pernambucano!
Povão com as características sombrinhas do frevo pernambucano!

Encontrei muitos amigos por lá…Fui com Daniela e duas amigas nossas, Neide e Geisa, fomos de táxi porque o trânsito está um caos aqui nesta época do ano.

Sim, foi cansativo, mas ao mesmo tempo revigorante, muito massa…

Um trenzinho "malacabado"... amei!
Um trenzinho “malacabado”… amei!

Voltamos com amigos novos, diversões gravadas na mente e nas fotos!! Super aconselho a quem gosta de Carnaval participar desses blocos de rua…são de uma energia e alegria contagiantes! O meu bloco foi o “Me segura senão eu caio”! kkkkk 😛

Vamos sair de casa pessoal!!!

 Bom final de semana e ótimo Carna para todos

Em tempo: Para saber mais sobre a folia, acesse o blog “Alalaô“!!!

Comentários

  1. Gostaria de parabenizar, sua história Jairo, e também pelo seu relacionamento, que nada te impede de ser feliz, vc deve ser um cara muito inteligente, gostei muito. Continue assim

  2. Adorei !!!!!!!!!!!!!!
    Se os bemacabados tivessem a mesma disposição esse Brasil estaria muito melhor.

    Adorei o trenzinho. Vai lá turma e da o exemplo. Parabéns.
    Abração

  3. Concordo com vc Lu, essa frase é bem verdade :Não deixe que o outro determine o que é melhor para você. Anime-se, acredite, liberte-se e sambe!!Massa adorei a materia , as otos ficaram lindas amei Lu parabéns a todos que fizeram dessa festa um lindo evento!!!

  4. Realmente, concordo com a Luciana.

    Interagir em um bloco de rua é uma experiência muito boa.

    Lá, não existe diferença. Estão todos com o mesmo propósito:

    Curtir a folia!

    Já ouvi em vários blocos, até mesmo manos dizendo:

    Legal ta aqui curtindo com nóis. kkkkk.

    Outra experiência bacana é estádio de futebol.

    Aí vocês perguntam:

    Mas que graça vai ter para um cego ir no estádio de futebol se não vai ver o jogo?

    Outra hora eu, carioca e flamenguista de coração e alma, vos conto.

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