Por um Mandela mal-acabado
Às vezes, eu penso que a “salvação” das pessoas com deficiência vai se dar com um “Mandela malacabado”, alguém que ainda irá surgir e que vai ajudar o povão quebrado a se libertar de tantos estigmas e de tantos não-me-toques.
Alguém capaz de unir mais as demandas e anseios, alguém respeitado por sua integridade e por suas ideias. Uma liderança capaz de fazer a diversidade entender que os gritos individuais jamais serão tão ouvidos como um coro.
Neste ano, apesar de inúmeros avanços gerais para o debate do tema “pessoa com deficiência”, noto que houve um distanciamento de grupos afins, cada um tentando puxar a corda para suas próprias necessidades, o que não é pecado, deixo claro.
Acontece que quando se esmigalha demais uma causa, sua essência vai se perdendo e vão ganhando terreno o oportunismo, o egoísmo e as meias verdades. Democratizar diálogos é ‘maraviwonderful’, mas saber unificar a voz significa mais chance de vitórias.
“Tio, mas do que você tá falando, heim? Tô achando tudo meio viajandão”
Falo de avanços sociais fundamentais para serem alcançados. Afinal, até hoje por aqui se discute validade de leis como a lei de cotas, a escola inclusiva, o direito à prioridade em vez de aumentar a pressão por cumprimento dessas conquistas.
Com uma certa confusão sobre que rumo tomar, quem manda fica de braços cruzados apenas assistindo o circo pegar fogo. O “Mandela malacabado” iria guiar os holofotes para o fundamental: a mudança na forma de ver, interagir e compreender as diferenças.
Ainda estamos no nível de ficar gritando: “Eeeeei, eu sou geeeente!!!! Eeeeei, eu posso ter independência, posso ter cidadania se condições de igualdade forem asseguradas!”
O “Mandela Malacabado” teria potencial de, ‘difinitivamente’ levar os quebrados a mudarem a página para avançar, para botar o gato da discussão sobre preconceito no centro da sala.
Tempos atrás, brincava com o Billy Saga, líder de um dos movimentos autônomos mais importantes em defesa dos sem braço, sem perna, puxadores de cachorros, tchubes e tudo mais, que nossa única saída para a inclusão plena seria uma guerra: passaríamos com nossas cadeiras de rodas sobre os pés daqueles que impedem fortemente o “tudujunto”!
Penso que apenas “Mandela Malacabado” nos inspiraria a empunhar muletas, cães-guias, andadores, bengalas, cadeiras de rodas, aparelhos auditivos e as infinidades de “incompletudes” da “raça capenga” em busca do que realmente importa: seremos vistos com menos hipocrisia e com mais aceitação, de fato.
Deixo essa provocação como presente de Natal a meus adoráveis e incansáveis leitores. Desejo que suas festas sejam as melhores!!!
Até o ano que vem e beijo nas crianças 😉
Oi Jairo! Primeiro, desejo a você e toda sua família feliz Natal e um próspero ano de 2014. Após, quero fazer algumas com siderações sobre o texto q vc escreveu. Mandela não conseguiu extinguir estigmas e preconceitos contra os negros na África do Sul. Eles, preconceito e estigmas, só se tornaram “escondidos”, politicamente corretos. Ainda falta muito e muito chão a ser percorrido. Nós e a sociedade em geral devemos transformar as nossas cabeças e sentimentos. Precisamos constantemente rever os nossos próprios conceitos a cerca de tudo e de todos e não simplesmente embarcar no politicamente correto, q esconde muitas armadilhas q caímos constantemente. Não é preciso um Mandela, mas nós é quem precisamos revolucionar as coisas. É isso q penso. Bjs de Suely
Beijos, Su! Ótimo 2014
Querido!Obrigado por nos proporcionar tantas coisas boas.Quero desejar pra ti e tua família um maravilhoso Natal e um lindo Ano Novo!!E que 2014 possamos estar sempre ao teu lado,compartilhando coisas boas!bjsss
Que seu ano seja dos melhores, querida!!! Obrigado pelo apoio em 2013
Como sempre, eu concordo com você, Jairo querido. É muita *igrejinha*, não consigo mais participar. Sinto muitas saudades do Cândido Pinto de Mello! Ainda bem que ainda temos sua voz. Que ela continue ecoando pelos próximos anos. Feliz Natal para você, sua querida e toda família. Abraços, Márcia
Márcia, que 2014 seja o seu ano!!!! bjosss
Olha a “alfinetada”, rsrsrs…
Boa Jairo, muito bacana.
Será que esse “povinho”, que ainda torce o nariz ou simplesmente FINGE que não está vendo “os malacabados”, tomarão consciência de que todos, exatamente todos, somos irmãos e que nada, nem mesmo um mero seja pivô de tão grande luta? Será que vestirão a carapuça e encherão seus corações empedrados de sentimentos mais humanos? Perguntas que não querem calar…
Pode contar comigo nessa luta!
Feliz Natal para você e sua família!
Cléia, com a nossa insistência, tenho certeza que esse tempo a de chegar! Um ótimo ano novo para vc e sua família!
Jairo querido, foi um prazer trocar ideias em 2013. Obrigada por todas as discussões que vc levantou, pelos bate-papos, pelas reflexões. Muita fé na vida e força para 2014! Beijão!
Vamo que vamo, Laura!!
Tenho uma foto do Mandela já velhinho com aparelho auditivo num ouvido…
Oi Jairo! Eu acho que esse malacabado já existe. Chama-se Eduardo Jorge, é português, e têm travado uma grande luta juntamente com um grupo chamado Deficientes Indignados. Se ele vai conseguir, é outra história, mas já se faz ouvir! beijão! bom fim de semana! Carol
Muito bem colocado. Você disse o que penso. É muita igrejinha. Todo mundo querendo fazer prevalecer o seu trabalho e crença. Se até os bandidos estão integrados, por quê os “do bem” não podem se unir?
Feliz Natal para vcs e toda a família e um 2014 de muito amor, paz e conquistas! Continuamos juntos sempre! Obrigada por tudo! Bjus
Feliz Natal, querida!!!!!
Tio, eu voto em você para Mandela.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk….. mesmo se fosse uma eleição, darling, eu nao seria candidato, viu?! ahhahaha.. bjos e feliz Natal!