Rodrigo sem Faro

Jairo Marques

Morrendo de constrangimento e de vergonha alheia, encarei o vídeo em que o apresentador da Record Rodrigo Faro se traveste de “véio cadeirante” para “encarar” as ruas esburacadas de São Paulo e sentir na pele o “drama” que os quebrados passam todos os dias.

É duro passar dos dois ou três primeiros minutos em que ele chama a garota mil vezes de “especial”…

Embora a intenção de fundo do apresentador e do quadro fosse dar uma cadeira de rodas motorizada para uma “malacabada”, houve todo um floreio sensacionalista e de fazer chorar o espectador para que isso fosse feito.

Podem me xingar à vontade, falar que sou desumano, que não entendo a dor do próximo, mas esse tipo de atitude e “reportagem” não auxilia em nada na construção de uma nova realidade da pessoa com deficiência no Brasil.

O “velho Faro” se esfalfando nas calçadas podres da cidade de São Paulo e mostrando a pobreza de uma menina cadeirante que “depende totalmente” dos outros para viver, nas palavras dele, só acentua o coitadismo e cria uma legião de pessoas carentes que passam a criar a esperança de serem “salvas” por um programa de televisão.

Jamais vou ser contrário à relevação de histórias humanas recheadas de desafios, de dramas e de conquistas, desde que elas guardem em si algo que aponte para uma reflexão de realidade.

Aqui no blog há centenas de “causos” de pessoas que enfrentaram pulgas e percevejos para conseguirem se aprumar na vida. Todas elas, sem exceção, trouxeram para este espaço caminhos de possibilidades de uma nova vida, de ferramentas de enfrentamento, de sabedoria diante a adversidade.

Quando uma história é mostrada apenas em seus nuances de tristeza e desgraceira, só se expõe o “serumano” e comove coraçõezinhos, mas nada de minimamente transformador acontece.

A gente desliga a TV com a consciência tranquila que um bondoso rapazinho resolveu a vida de uma moça tão lascada e tá tudo beleza para mim!

Tenho vários amigos que são pessoas com deficiência e que comem o pão que o capeta não quis. Todas elas procuram a construção de meios que viabilizem suas conquistas, seus progressos, suas dignidades.

Concordo que tenha havido “alguma produção” informativa para o quadro, mas o tom empregado e aquela musiquinha fúnebre ao longo de todo o blablabla é de fazer “gorfar” os mais azedos como eu.

E Faro saiu às ruas, como um perfeito tolo, socando-se em buracos e esperando que um anjo salvador o livrasse daquela desgraceira urbana toda.

Uai, tio, não é assim que funciona?”

Somos pessoas com deficiência e não estúpidos que ficam caindo num buraco atrás do outro pelas calçadas. Muitos, inclusive, querem ter a mínima autonomia de tocar seus veículos sozinhos e não querem e nem ficam pedindo ajuda em cada esquina.

“Sentir na pele” as dificuldades alheias é até legítimo e positivo em alguns aspectos, mas fazer isso gratuitamente, para servir de escada a um clímax que consiste em: “olha só, no final, eu sou um cara bonzinho que te dá uma cadeira de rodas, que muda sua vida, e que vai te tirar de todos os perrengues”.

Depois disso, fecham-se as cortinas e que se ferrem os outros em igual situação. 

Apesar de tratar-se de uma moça, Faro trata a cadeirante como uma criança ingênua que só faz coisas bonitinhas e queridas, que faz vídeos “muito legais” para as internets.

“Ahhh, Zairo, mas é entretenimento! O Luciano Huck também faz essas papagaiadas!”

No sentido de construção de uma nova imagem, no sentido de ajudar na pressão ao poder público, no sentido de ajudar na consciência social da inclusão, programas que exploram a imagem da pessoa com deficiência e promovem mudança pontuais em sua realidade servem apenas para atingir pontos de audiência.

O apresentador é muito bem vindo na batalha pela “dominação do mundo” caso seja menos Gugu e abra seu domingo verdadeiramente para um debate sobre a diversidade, sobre a criação de instrumentos que colabore com conquistas coletivas.

De resto, a meu ver, é tudo combustível para o assistencialismo que tanto se quer combater para evoluir.

Quem quiser se arriscar a ver o quadro, que tem mais de uma hora, é só tomar um engov e clicar no bozo!

Comentários

  1. Um cara que teve uma atitude bacana foi o Danilo Gentilli.Quando ele era do CQC em uma reportagem sobre a falta de ônibus acessível,ele viabilizou a doação de 2 cadeiras motorizada para 2 cadeirantes que conheço,e não fez questão de aparecer com essa atitude.

  2. Está certo, a moça precisava da cadeira de rodas, mas detesto essa mania de nos tratarem como coitadinhos dignos de pena.

    Quem precisa de pena são as aves… por essas e por outras, é que a cada passo que damos pra ter uma vida mais digna, voltamos dois passos porque sempre acham que somos incapazes pra tudo e precisamos do assistencialismo eterno de entidades e pessoas bondosas pra sobrevivermos.

    Não é a realidade da maioria das pessoas com deficiências. O que desejamos é um país acessível, que nos dê condições de estudar e progredir por conta própria.

    Meu amigo Alex Garcia, não enxerga, não escuta, tem hidrocefalia e uma outra doença rara ainda não diagnosticada que deixa seus ossos frágeis. Apesar de tudo isso é uma das pessoas mais ativas que conheço. Vive viajando pelo pais e pelo mundo como especialista em educação especial, pra que de alguma forma as pessoas se conscientizem de que somos capazes se investirem em nossos potencialidades.

    Talvez tenha exagerado, mas é assim que me sinto.

  3. Oi Jairo existe uma modalidade de pessoas com deficiência – falo dos cadeirantes – que são surpreendidos pela eficiência. Em cada fase da vida a realidade de ser cadeirante
    deixa ou não sequelas; a presença das famílias, amigos e colegas de escola é de suma importância. o cadeirante vai à luta faz tudo que fazia antes, guardadas as devidas proporções. Namora mora junto têm ou filhos; ou segue carreira técnica ou
    universitária, batalha por um trabalho em
    igualdades de condições. Por outro lado, não podemos ignorar a história daqueles que mesmo enfrentando filas, chuvas, frio,
    em busca de uma órtese ou prótese; qd. a recebem as sequelas tira de campo mais um
    brasileiro que vai sim aceitar as ofertas duvidosas ao vivo e cores,
    bjs Iracema P/ favor entra em contato assim
    que puder.

  4. Como sempre vc põe o dedo na ferida e fala muita verdade… Adoro as repercussões… Um grande Abraço brother.

    1. Dou a cara para tomar uns tapas. Embora eu não consiga e nem tenha a pretensão de ajudar “o mundo”, tento pelo menos levar alguns a pensar diferente…. Abração

  5. Ele deu a cadeira pra ela, chance de estudar,andou pelas ruas e calçadas ruins mas não teve tipo uma “mensagem” tipo assim “olha, essa aqui ta sendo ajudada mas gente..vamos nos mexer pra garantir acessibilidade,dignidade e respeito aos direitos dos muitos deficientes que nao aparecem na tv, em todos os sentidos?”

  6. Jairo,
    Bem?
    Muito legal a reflexão ,mas uma questão que me preocupa bastante também é o outro lado da moeda ,ou seja, evitar uma certa “glamorurização” da deficiência com a ,penso eu,banalizada ” fulano superou seus limites e é muito feliz”.Muitas vezes,infelizmente,nem com políticas públicas eficientes e a também superdimensionada “força de vontade” a coisa consegue andar ( com o perdão da expressão rs),e a deficiência tá lá …e fica.Esse circo e o assistencialismo pontual ajuda ou atrapalha?Não sei.Provavelmente no geral, atrapalha,mas para mim soa tão pernicioso quanto o discurso da forçada “feliz SUPERAÇÃO”.
    Abraço e até outubro.

    1. Chicão, interessante seu ponto de vista. Embora não concorde com ele. A construção de uma nova imagem passa por perrengues, passa por desafios particulares. Ajudar alguém é diferente para que essa pessoa consiga instrumentos para viver melhor, para mim, é diferente de jogar um holofote na deficiência e, depois, dar um brinde… enfim.. abrasss

  7. FOLHA, RECORD, GOVERNO VOCÊS ESTÃO TODOS FAZENDO ISTO ERRADO!

    Só se faz polêmica e não se avança em nada!

    Tenho vergonha… (já que nenhum dos citados acima tem)!

  8. Adorei o trocadilho,kkkkk e viva a velha máxima na política “dê pão e circo ao povo”. Bela reflexão como sempre Jairo Marques!!!

  9. Cara, não tive saco para assistir ao vídeo – como não tenho para os dramalhões assistencialistas das outras emissoras -, mas fico feliz que a moça tenha recebido sua cadeira, algo que, presumo, não seria possível por outro meio. Isto não significa, porém, que o coitadismo subliminar (ou escancarado, no caso do Gugu) que sempre acompanha esse tipo de programa tenha deixado de me incomodar. Incomoda muito, e é um retrocesso na nossa luta diuturna por dignidade.
    Tô contigo. Falta muito pra outubro?

  10. Calma, muita calma nesta hora meu povo, rsrsrs. Ao ler o artigo tive certeza mesmo antes de ler os comentários que seria uma discussão calorosa, pois as opiniões são das mais diversas. Bem, tio, eu concordo em número, gënero e grau. E não concordo porque apenas sou sua amiga, admiradora e fã, mas sim porque me tiram do sério tais exibições. Não estou dizendo aqui que o Rodrigo está totalmente errado, que ele é sensacionalista e tudo quanto mais, pois sabemos que no fundo tudo o que ele quis fazer foi ajudar uma pessoa. Infelizmente ele ou a produção dele achou que de maneira apelativa seria a forma mais fácil de mostrar que as dificuldades existem, que somos coitados e bla, bla, bla….. Novamente volto a repitir, não estou julgando o ato dele, mas acredito que de fato não precisamos disso. Não precisamos reforçar a ideia que a sociedade tem de nós. Precisamos fazer algo construtivo para que mudem-se as consciëncias. Eu mesma, morro de medo quando me procuram para fazer alguma matéria. Eu vou logo dizendo que não quero mostrar nada que seja apelativo. A última matéria mesmo, eu fiquei toda hora no pé da repórter, porque ela insistia em dizer que os nossos filhos é quem ajudam em nosso dia-a-dia. A tá, e quando eles não existiam? E quando eles ainda eram pequenos? Ou já nasceram sabendo se virar sozinhos? Respeito a opinião de quem foi contrário ao que vocë disse, mas quero deixar claro que não somos um bando de brigões descontentes com tudo, só não aceitamos que esteriótipos, rótulos sejam marcado, reforçado cada vez mais.
    não iremos mudar o mundo realmente, mas se cada um fizer um pedacinho com certeza reflitirá e muito no futuro.
    E só para terminar, pode parecer bobagem, mas estes programas tem um poder absurdo. Sempre que estou na rua e alguém vem perguntar se quero ajuda, vira e mexe sai um comentário de que viram um programa assim ou assado e fica claro que a mensagem passada não foi das mais positivas.
    Enfim, precisamos de quem nos ajude a construir um novo pensamento, uma nova realidade e não reforçar o que já temos, porque o que já temos sabemos que não funciona e não é bom.
    Eu ficaria horas debatendo sobre o assunto, mas guardarei minhas forças para lutar por aí a fora para fazer a minha parte de transformação.
    Parabéns tio mais uma vez pelo texto e pela coragem de expör sua opinião mesmo sabendo que não agradariam a todos, pois vocë é profissional e se nem Jesus Cristo agradou a todos, não será vocë, não é mesmo?
    Estou contigho.

    1. Uau, e quem escreve o comentário mais longo é uma…. cegona kkkkkkkkkkkkkkkkkkk… Ju, gostei demais da sua argumentação. Pensando no seu caso, que “ganhou” a ultrassonagrafia de seu baby. Penso que aquilo foi beeeem diferente. E por quê? Vc, primeiramente, não embarcou no discurso do coitadismo e estava abrindo um caminho de informação para milhares de outras mães e pais cegos do país. Outro ponto, a sua postura, como vc bem escreveu, evitou pieguices e gerou justamente o que a gente gosta: emoção sincera. Enfim, ótimo debate!!! Bjosss

  11. Não é de hoje que as pessoas com deficiências físicas são estereotipadas pela mídia em geral. Na maioria dos filmes por exemplo, a representação do deficiente oscila entre a vilania e o coitadismo. Em muitas situações o preconceito é flagrante. Em outras, a meu ver muito piores, o preconceito vem travestido de assistencialismo. Ao assistir esses programas sensacionalistas é impossível não lembrar da exploração quase pornográfica dos antigos freak shows. Anos atrás a Record apresentou diversos programas lacrimosos sobre uma “mulher bebê”, que nunca cresceu devido ao hipotireoidismo. A situação da mulher foi explorada ao máximo com músicas lacrimosas e muito sensacionalismo. Deveriam explorar é a situação precária dos nossos sistemas de saúde e de educação, que não permitiram que a moça fosse diagnosticada a tempo.
    Ao final de tudo o espectador pode ser redimido do prazer culpado de assistir o programa: “pelo menos a Record está ajudando a moça!”
    Eles ajudam, mas a que custo? Será que o preço a pagar pela suposta ajuda tem que ser a exposição pública? Até que ponto a mídia tem o direito de explorar e reforçar esses estereótipos em troca de auxílio financeiro?

  12. Esqueci de colocar que matérias como estas do RF, atrapalha e em muito a nossa busca pela nossa humanização.

  13. Eu não assisti e nem assisto este programa, mas do que você conta aqui, o Rodrigo Faro só faz reforçar a imagem, a identidade de que nós estamos tentando fugir faz um tempão: o de coitadinho, que é um incapaz e inútil na vida. Quanto as intenções de Faro, elas poderiam ser até boas, mas funcionou do contrário. Só fez legitimar a identidade do Sub humano. Gostei do texto, pois você faz com que muita gente estrupiada ou não, reflita sobre as mensagens subliminares que aparecem neste tipo de reportagem. E também quero reforçar que você fez, sim, críticas aos programas da Globo e outras emissoras de tv. Bjs.

    1. Obrigado, Su! E é excelente ter leitores que representam muito a memória desse diário… vc é uma delas… e tenho um orgulho danado disso… bjos

  14. “Especial” é meu cheque e aliás, minha conta está no vermelho. Vou entrar em contato com a Record e pedir ajuda ao “véio Faro”.

  15. Vou usar aqui o enorme poder de síntese que adquiri ao longo dos anos: Rodrigo Faro se não era, ficou babaca e a rede Record é um lixo!

  16. Televisão é entretenimento e emoção, é isso que o programa do R.Faro esta realizando como tantos outros tem realizado.
    Não é novo no quadro do Rodrigo, entretanto a pessoa do Rodrigo é sim um cara humilde e se preocupa com o próximo, senão ele engana muito bem.
    Se o mesmo conteúdo fosse transmitido na TV Globo com certeza você não iria criticar da forma como realizou.
    Você em minha opinião não olhou a verdadeira mensagem do quadro, ou seja, a dificuldade de se locomover numa grande cidade por uma pessoa com necessidades especiais, isto a meu ver foi encenado pelo Sr. Rodrigo que além de apresentador é um ótimo ator.

    1. Nilton, já comentei diversos programas da TV Globo: falei do “Huck”, falo de novelas, falo de tudo o que considero ruim. Então, acolho sua crítica, mas não admito sua suposição sem base legítima.

        1. Nem tenho a ousadia de querer ajudar o mundo… se eu conseguir ajudar um vizinho, já é um passo bem importante… abs

    2. De que planeta você veio?
      Essa foi a visão mais obtusa que já vi nos comentários de um post do Jairo Marques!

  17. Acho que é um abuso explorar a condição dela para ganhar ~ibope, no entanto, Faro deu um pouco de conforto a ela, coisa que o Estado Laico, nunca deu e nunca se importará com esse ou aquele. Esse tipo de matéria funciona, talvez a maneira exagerada que expõe o fato, pareça que há apenas o interesse (que pode ser que seja) na audiencia, mas ele deu conforto à quem merecia, eu acho. Só acho.

  18. e ai Tio! como dizem se de cima da fiorino é froids de cima de uma Ortobrás! é trash! mas vamos levando,.. achei valida a iniciativa do Faro, mas houve alguns exageros que poderiam ter sido trabalhados de alguma forma diferente,sou completamente avesso, a exploração de como diz um primo meu “coitadinho imaginário que existe no inconsciente coletivo das pessoas” é aquela mesma situação ,que todos nós já passamos da pessoas parar pra conversar e começa a falar alto e devagar ,eu corto na hora “bixo!sou cadeirante não sou surdo! “

  19. Perfeito, assino embaixo.
    Se sensacionalismo resolvesse a questão das pessoas com deficiência aqui no Brasil, já era pra gente ter uma inclusão social digna da Suécia.
    E como se não bastasse, tal exposição à mídia só serve pra reforçar estereótipos desnecessários.
    Parabéns pelo artigo.

  20. Quando me disseram: Tá passando uma cadeirante que vai ganhar a cadeira “elétrica” do Rodrigo Faro.
    Pensei: Deve ser mais um daqueles programas sensacionalistas!
    Bingo!
    Nada a acrescentar no que você escreveu,Jairão.

    Abraços e Parabéns.

    1. Leandro, enquanto eu estava escrevendo esse texto eu pensei muito na sua jornada, na sua consciência, nos seus caminhos. Vc, pra mim, é alguém para se inspirar. Um cara que é quebrado no “úrtimo”, mas que constrói suas maneiras de viver muito bem, de fazer tudo, de ter dignidade e de avançar sempre mais. Se alguém desse para vc uma ultra mega cadeira de rodas motorizada, tenho absoluta convicção que vc usaria a danada não apenas para se mover, mas ajudar a mover o mundo, com vc já faz. Sou seu fã.. abrass

      1. Jairão,como você sempre diz: “Adoro quando vc me mima assim” hahahaha.
        Cara,sem palavras!
        Abraços do teu fã.

  21. O engraçado é que eu já achei bonita as ações desses programas… isso bem antes de adquirir a sequela. Infelizmente é o efeito que causa pro resto do mundo, a imagem do “pobre coitado”. Por isso deixei de julgar as pessoas que me consideram guerreira, pois pra mim pode ser normal fazer as coisas que faço, mas infelizmente o mundo educou essa sociedade com a visão de que todos PCDs são incapazes… acredito que essa realidade esteja mudando aos poucos, acho que isso um dia deixará de existir!

  22. ééééeé, pelo menos ele dá uma indireta para a prefeitura criar vergonha e intimar os donos de imoveis a consertar as calçadas, e ainda por cima ele faz a alegria de um cadeirate, tem gente que não faz nada e ainda por cima fica tirando sarro dele por cima do muro.

  23. Tio, vc lê meus pensamentos desde quando? Assisti e fiquei no FB acompanhando os comentários e simplesmente ninguém despertou essas críticas. Poxa vida, a reportagem encerrou com lágrimas e sem questionamentos a respeito do buzão que ñ para e finge que o cadeirante ñ existe, por exemplo. Mas pq questionar isso se a vida da mocinha coitada foi “modificada pra sempre”? Obrigada pela bela reflexão tio. Grande beijo.

    1. É que, no final, as pessoas precisam continuar o domingão com uma sensação de satisfação no coraçãozinho! bjos

      1. “É que, no final, as pessoas precisam continuar o domingão com uma sensação de satisfação no coraçãozinho!” -> Verdade! Campanha: programas melhores nos fins de semana…

  24. Concordo com a essência do seu artigo e com a legitimidade da causa que você defende no Mesmo Jairo.
    Entretanto os termos que você utiliza ao longo do artigo classificando a Personagem principal da reportagem como “Lascada” e “malacabada” não te ajudam muito na manifestação da sua indignação com a reportagem. Achei que faltou um pouco de tato da sua parte ao criticar a reportagem, tendo em vista que a própria já é chocante por si mesma.

  25. Falou tudo… o pessoal destas mídias malditas se usam de nossas dificuldades que para eles é horrível e para nós é so mas um dia de luta e gloria contra as pessoas que fingem fazer alguma coisa para mudar o mundo e na verdade so querem e cuidar do seu.

  26. os telespectadores adoram essas histórias de pessoas “especiais” (especial é a PQP) porque se sente agradecidos de não serem infelizes e desgraçados como imaginam que seja as pessoas com deficiência…isso quando não acham que deficiuência é castigo de algum pecado mortal. E geralmente o estropiado que aceita participar desse circo é alguma pessoa que não conseguiu estudar, ter emprego e exibe essa associação perversa de que deficiente é pobre, miserável e precisa da caridade alheia. E os caridoso precisam de gente que receba esmolas porque assim os caridosos garante sua nuvem no céu…

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