A conquista dos autistas

Jairo Marques

“Zente”, apesar de alguns meios de comunicação já terem falado sobre o assunto, ainda falta um bocado de informação no que diz respeito de mais uma lei criada neste país. Desta vez, as regras dizem respeito a esse universo paralelo em que vivem as pessoas “malacabadas”.

“Beleza tiozão, mas deixa de lengua-lengua e desembucha. O que mudou?”

Seguinte, meu povo querido: desde o começo de dezembro de 2012, os “zimininos” autistas passam a ter os mesmíssimos direitos que qualquer pessoa com deficiência.

Isso quer dizer que o galerê com autismo vai entrar na cota do mercado de trabalho, vai poder comprar carro com desconto de imposto, vai ter assegurado mecanismos de inclusão e que facilitem sua interação em sociedade.

Eu jamais poderia ser contrário a essa iniciativa, ‘oficourse’, que vem na esteira da grande mobilização que fez a comunidade ligada à causa. Extraordinária a vitória deles.

O que me cabe diante dessa conquista é dar boas-vindas ao povão “tchubirube” que vai ajudar empurrar essa Kombi ‘véia’ rumo a um mundo com mais atenção às suas diversidades.

Mas cabem alguns questionamentos tanto para os atores políticos, empresariais e líderes sociais:

– Primeiramente, é preciso uma ação em massa para que todos saibam ter definições mais claras do que é o espectro autista. No Brasil, até médicos ainda têm dificuldades para definir um diagnóstico precoce da deficiência.

– Autismo vai fazer parte do grupo de deficiência sensorial, física ou intelectual ou nenhuma dessas? Quais serão as demandas específicas desse público? Se cadeirante quer rampa, cego quer braile, surdo quer legendas ou sinais, qual a demanda que todos nós, leigos, devemos batalhar por esse grupo?

– Com mais pessoas pleiteando os mesmos direitos, ampliam-se as demandas. Qual a resposta do poder público para isso? Ou vamos ter apenas um número maior de pessoas reclamando, reclamando, reclamando que as coisas não funcionam como deveriam?

– Alguns autistas possuem limitações em ter interações sociais. Como fica o papel da sociedade nisso? Já passou da hora de bater o bumbo a respeito dessa questão. Se até hoje puxam o braço dos cegões ao atravessar a rua, em vez de cedê-lo, imagina o que não rola com alguém que pode ter dificuldades diversas de se relacionar.

– E as escolas? Os professores começaram há poucos anos entender, repito, entender as peculiaridades de um PC, de um surdo… Que estrutura eles terão para dar o atendimento correto a um autista?

É ótimo para os políticos propagandearam que aprovaram uma lei (mais uma), mas é péssimo não ter um caminho definido de ação e de resposta concreta diante daquilo que puseram peso legal.

Os autistas são, evidentemente, muito bem-vindos ao time dos que não tem perna, dos que tem o escutador de novela avariado, dos que puxam cachorro, dos que são meio “lelés”, dos que babam um pouquinho pelo canto da boca.

O que queremos agora, com essa força extra (que havia um tempo já se achegava!!) é engrossar o coro de que é preciso ação efetiva para que as coisas aconteçam, para que o respeito às diferenças se exerça e que todos possam, de forma efetiva, viver bem em seus espaços do jeito que são… ou que podem ser.

Comentários

  1. Quando lemos um artigo imaginamos que seu autor sabe do que está escrevendo e nos irá enriquecer com sua cultura… Vê-se claramente aqui que, além da escolha infeliz de palavras pseudo engraçadas para se referir à pessoas com limitações, tratando um assunto sério sem o mínimo de respeito, o Sr. Jairo realmente não sabe nada sobre autistas.Melhor seria que se informasse antes de tentar escrever… Muito me admira que esse jornal, que me parecia bom, não tenha passado esse triste artigo por uma revisão técnica antes de torná-lo público.

  2. Excelente texto!

    Se não houver uma ação real de conscientização da sociedade, empresas, etc. sobre o autismo, acontecerá o mesmo que, como bem citado por você, ocorre com as demais pessoas com deficiência até hoje.

    A sociedade, pasmem, desconhece o fato de que ser cego é só não enxergar.

    Se o problema fosse só puxar nossos braços ao atravessar uma rua, a situação ainda é menos ruim.

    Várias empresas ainda não encaram a pessoa com qualquer deficiência como profissional.

    As pessoas não encaram como seres humanos normais.

    Se já é assim conosco, no caso do autismo. deve-se ter muito mais cuidado nesse preparo, até porque as situações são bem diferentes em cada caso.

    Nasci cego e, hoje, com 34 anos, ainda não vi uma solução concreta.

    Tudo que se fez até hoje gerou muitas promoções políticas.

    Agora solução concreta, nada. A sociedade ainda nos encara como incapazes, coitados, etc e se, não não for exatamente feita uma campanha para conscientizar sobre o que é o autismo, com eles não será diferente.

    1. Bicho, seu programa de trancrição é ninja! Não tem uma letra colocada errada…sensacional… Claro, claro, sua crítica vai totalmente ao encontro do meu pensamento. Abração

      1. Jairo.

        Meu programa de transcrição são os meus dedos. Rsrsrsrs.

        Uso software sim, para fazer a leitura do que aparece na tela, mas, quem digita sou eu mesmo. rs.

        Lógico. Caso eu erre vocês também não vão perceber, porque tenho a possibilidade de corrigir antes de enviar. rs.

        E como eu digito?

        1. Sabendo onde ficam as téclas.

        2. Ser técnico em Informática, mais precisamente em TI durante 11 anos acho que pode ajudar um pouquinho. rsrsrsrs.

        Tudo é questão de prática.

  3. JAIRO VOCE ME DESCULPE SOBRE MINHA OPINIAO , MAS E ESTA , PORQUE ESTAMOS CANSADOS DO PRECONCEITO QUE RODEIA A NOSSA FAMILIA A NOSSA LUTA E CADA DIA NOS DEPARAMOS COM PESSOAS MAIS PRECONCEITUOSAS ENTRAMOS EM FURIA, MAS E NORMAL… ENTENDA DA FORMA QUE PUDER MINHA CRITICA. OBRIGADO

  4. Que enxurrada foi essa,de comentários de Pessoas Preconceituosas te julgando hen Jairão?!
    É uma pena, terem desvirtuado tudo o que você disse.
    Um abraço desse malacabado que te admira muito.

  5. VOCE FALOU TANTA MERDA QUE EU NAO SEI AO QUE VOCE SE IGUALA… MEIO LELÉ?? VEM CÁ QUEM É VOCE PRA FALAR ALGO ASSIM DEVE SE RUM ALCOOLATRA ANONIMO.. EU TENHO 2 FILHAS AUTISTAS QUE DAO UMA SURRA DE INTELIGENCIA EM VOCE ,ISSO É DE LONGEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE SÓ DE BATER O OLHO SABEM QUE VOCE IDIOTA QUE PUBLICOU ESSA PORCARIA DE MATERIA DESCRIMINATÓRIA E QUE TE ACHAM UM TREMENDO IMBECIL.. E SABE PORQUE ESTUDA MAIS O AUTISMO ANTES D EFALAR MERDA VOCE E A MEDIQUINHA DE 5 QUE SE DIZ SER MODELO, AMIGAS MAES SABEM QUEM TO FALANDO NÉ??? A MONTERO LÁ, ENTAO VOCE E ELA DEEM AS MAOS E ANDEM JUNTOS NA IGNORANCIA DE VOCES…SIMPLES ASSIM E DEIXEM PARAQUEM ENTENDE ,SE É QUE ENTENDEU…

      1. OS MÉDICOS ACHAM QUE SÃO DEUS, ALGUNS JORNALISTAS TÊM CERTEZA! MAIS ALGUNS ADJETIVOS PARA O NOSSO AMIGO JAIRO: DEBOCHADO, INCONSEQUENTE, INSENSÍVEL, INACABADO!

  6. Na internet pode-se escrever quase de tudo, mas no lugar certo, este jornalista deveria estar escrevendo para o mundo canibal ou para o kibe loko, e não para o blog da folha….

  7. Enfim um comentário que conseguiu expressar com clareza meu sentimento. Manuel Vasquez Gil falou o que tentei dizer, mas não obtive sucesso no meu post anterior. Omiti ainda que sou tia de autista… acompanho com interesse pessoal toda essa discussão! Valeu Jairo!

  8. Endosso as palavras do amigo Manuel Gil.Esta Lei é uma das coisas absurdas que já vi. Jairo por favor desculpe, mas não são todos os familiares de autistas que concordam que estes absurdos postados em seu blog. Este pessoal envergonha os autistas.Abraços

    1. Alessandra, qdo a gente se “atreve” a escrever precisa estar preparado para uma reação à mensagem, não é mesmo? O que assusta é qdo se entra em uma roda viva e ninguém mais quer saber de refletir minimamente, enfim… cada dia um aprendizado… beijão e brigado

  9. Pessoal
    Por favor! Somente quem não conhece o Jairo e não sabe da sua luta em favor das pessoas com deficiência para criticá-lo dessa maneira…ele sempre falou de forma descontraída e sem o peso dos estereótipos.
    Ele tem total razão quando diz que até mesmo os médicos discordam quanto ao diagnóstico do autismo. Tenho um exemplo na minha família(dividido com o Jairo) e que acredito que assim como eu outras pessoas também dividiram com ele uma situação similar. No exemplo que relatei, num primeiro momento, foi diagnosticado um espectro autista leve e, mais tarde, descartada essa hipótese.
    Mas, nem por isso eu me sinto privilegiada. Muito pelo contrário! Luto pela inclusão de todas as pessoas quer seja com deficiência física ou intelectuais, tanto no âmbito profissional(como professora universitária e nos projetos da empresa em que atuo) quanto como cidadã.
    Se deixarmos “a armadura” de lado saberemos entender perfeitamente a mensagem do Jairo: não bastam “apenas” Leis, é necessário a efetividade dessas.
    Lembrem-se juntos somos muito melhores!
    Abraços e paz!
    Patrícia Taylo

    1. Lembra do que eu te escrevi no email, sobre reações? ahahahhah… meu feeling é ótimo….. preciso acreditar mais nele!

      1. Tá explicado: igual criança mimada, você queria atenção… jogou pedra na caixa de marimbondo só pra ver a confusão. Que coisa triste. Sensacionalista… fala de doentes terminais de câncer, de animais maltratados e pedofilia… seu feeling não te indicou essas pautas? #susto

  10. Prezado Jairo: pelos próximos dias você estará sujeito a bombardeios fechados. Assinante da Folha, leio com atenção sua coluna desde aquela em que você se juntou à nossa luta no episódio infeliz do Marcelo Adnet. Sei que compreende que não existe a pessoa deficiente, e que quando alguém tem alguma deficiência, sua família também tem. Quero dizer que a sua dificuldade de acessibilidade acaba se estendendo aos seus familiares, que ficam com essa mesma dificuldade porque se adaptam ao seu modo de viver. É porque amam você, então se aquele ônibus ou aquele cinema não têm acessibilidade para uma cadeira de rodas, eles esperam o próximo com você, ou não assistem ao filme.
    Assim é com o autista: a família fica autista junto, adapta-se à criança e a rotina gira em torno dela. Então, nós os pais de autistas construímos um mundo só nosso, adquirimos deficuldades de socialização e comunicação e ganhamos movimentos repetitivos. Entre outras características, perdemos a capacidade de humor e não compreendemos mais as ironias. Levamos tudo ao pé da letra, se é que me entende.
    Sendo assim, aconselho você a continuar escrevendo nesse seu estilo gostoso e isento de preconceito para todo tipo de deficiência, mas não para o autista. Para a família autista, seu filho é intocável, deve ser protegido de tudo e de todos. Não que ele deseje isso (não deseja mesmo!), mas ele não tem querer, é apenas um autista, não pode ser equiparado a ninguém mais.
    Tanto é verdade, que fomos buscar uma lei só para nós. Todos os outros deficientes têm direitos assegurados por uma lei abrangente, o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Nós não quisemos fazer parte disso, nós somos autistas.
    Sei que vai nos desculpar, o seu malacabamento não atingiu seu coração.

    1. Manuel, sua mensagem, para mim, é um bálsamo. Uma gota de sobriedade diante uma guerra sem sentido. Amei a sua explicação e, um dia, se eu tiver coragem ahahhahhaha.. vou me apropriar dessa explicação GENIAL, GENIAL, sobre uma reação que me pareceu tão irracional…. Ganhei o meu dia que parecia perdido… muito obrigado… um grande abraço

      1. COMO É QUE É, MANUEL?AUTISTA NÃO TEM QUERER???
        Agora fiquei realmente ofendido !Muito ofendido !Isto não é coisa que se fala, que autoritarismo descabido é este, que nos nega autonomia ,liberdade, dignidade ?
        Autista tem querer sim senhor, e expressa suas opiniões e raciocínios, como vc bem o sabe no meu grupo e nos grupos de Autismo /Asperger que participo !
        Nós autistas temos nossos direitos nossa luta e estamos ‘a frente desta luta, que não é só dos pais, estamos unidos, juntos com os pais de autistas, não estamos sendo liderados pelos pais, e vc sabe muito bem que eu sou autista e sou um dos mais influentes líderes da Causa Autista no Facebook, e o prestígio que tenho lá, conquistado com muito esforço e suor, por muito tempo!
        Somos autistas com muito orgulho sim, e se não podemos ser equiparados a ninguém, é porque temos o privilégio de poder usufruir dos benefícios e vantagens que o Autismo nos dá, e também por conta dos nossos passados de superação que temos para nos orgulhar, nós podemos bater no peito com orgulho e dizer que somos autistas e tudo que pessoas comuns duvidam que consigamos , conseguimos-sempre!Não há nada que um autista não possa superar, e não há nada no campo intelectual em que um Asperger consiga ser vencido por um neurotípico .Nós crescemos com desafios a vencer e superar que outros não tiveram, então somos capazes de vencer qualquer desafio.Nossa intocabilidade é pq ninguém tem o direito de duvidar ou menosprezar nossas superações, nossas lutas nem nosso valor, nossa glória!Nascemos para vencer, e vencemos todos os dias,por que a superaçaõ pela determinação é a nossa marca, e como diz meu lema de vida, tudo é impossível…até que seja tentado !

    2. Manuel te admiro muito, mas nao posso concordar contigo. O penúltimo parágrafo do Jairo ofende todos os deficientes no meu modo de interpretar. Segundo nao busquei uma lei que proteja a minha filha, procurei uma forma de esclarecer a sociedade do que e o autismo! Pois existe pessoas que ate hoje que acham que autismo deve ser curado com educacao rígida e palmadas pois são crianças sem educacao. Tem pessoas que acham que autismo nem deficiência é, então se só vão nos ouvir e entender o que e autismo através de uma lei, então lei nós devemos ter, pra mim sarcasmo é uma ofensa de forma educada, não gosto disso, mas e minha opinião, respeito a sua e do Jairo!

  11. Caro Jairo. O que acho mais importante com a conquista desta Lei é o esclarecimento da população, o povão mesmo, sobre o que é o autismo. Fui à assembléia legislativa do Paraná com minha filha mais velha, a mais nova é autista, usando camisetas azuis com a palavra autismo em branco, no dia 02 de abril, dia da conscientização do autismo. A recepcionista da Assembléia perguntou se estávamos usando as camisetas porque éramos “altas”. É disso que estou falando, autismo é sério, é como ter um alienígena desconhecido em casa que você vai tentando decifrar e entender. Com relação ao diagnóstico, geralmente o autismo acompanha uma síndrome, pois é um tipo de comportamento. Se os profisssionais se informarem melhor e principalmente acompanharem a vida cotidiana de um autista e sua família, saberão tratar e diagnosticar. É isso.

    1. Marly, bingo… é isso que a gente tem que multiplicar. As pessoas desconhecem, o tema não é novo, mas as conquistas são…. Beijoss

  12. Ele não queria falar mal de quem tem autismo. Apenas recebeu um péssimo texto, não conseguiu passar a mensagem que queria. A introdução a lá Leão Lobo definitivamente não deu certo. Não conduz com a qualidade que se espera da Folha. Meu filho AUTISTA de 3 anos pensaria algo melhor…

  13. “A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse:
    “Não há mais o que ver”, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.”
    José Saramago

    Espero que recomece a sua viagem.

  14. Há seis anos Deus me enviou um lindo anjo com autismo. Uma das limitações sociais que meu filho apresenta é não diferenciar seus amigos dos estranhos, pois ele crê no ser humano. Meu maior desafio diante dele, é mostrar que nem todas as pessoas são boas ou amigas e que o preconceito fará com que muitos, mesmo ainda ele sendo tão pequeno, lhe apontem o dedo e lhe julguem sem lhe dar a chance de mostrar o quanto é maravilhoso. Meu maior desafio na sociedade é enfrentar seres humanos incapazes de enxergar seres humanos.
    Lamento pelos termos utilizados ao autismo, o mundo seria cada vez melhor se soubéssemos nos respeitar em nossas individualidades e diferenças, pois não existe pessoa perfeita.

  15. O espaço aqui é seu, apesar de acreditar que por pouco tempo, porém se não quer ler palavrões escreva direito seu texto e quando for se referir aos deficientes ( ou qualquer outra pessoa com limitações) use outra linguagem pois para bom entendedor meia palavra bastou para perceber que o “senhor” os definiu como seres babacas e idiotas. Espera só para ver milhares de comentários de pais de pessoas especiais bombando aqui embaixo do meu. Cuidado para não perder seu emprego e mais que isso, cuidado pois pode não conseguir outro por conta da sua inabilidade com as pessoas, palavras e com o português em si.

    1. Já eu estou torcendo para que a sociedade entanda as necessidades particulares dos autistas e as inclua devidamente no mercado de trabalho.

    2. Pelo amor de deus!

      Não deixemos que a hipocrisia que vem lá de cima nesse país chegue ao povo.

      É lamentável ver que as pessoas se preocupam mais com os termos utilizados conosco do que com as situações reais que passamos todos os dias.

      Será que não consegue perceber que quem nos encara como idiotas não é o Jairo e sim, pessoas com interesses reais em que continuemos tendo essa imagem.

      Enquanto muitos se preocupam com termos, acontecem coisas bizarras conosco até hoje.

      Fui discriminado numa academia de ginástica na qual tentei me matricular, há pouco tempo, por ser cego. foi a grande verdade. Se recusaram a fazer minha matrícula e impuseram condições, o que não é permitido por lei.

      Tem empresas contratando pessoas com deficiência só para cumprir a lei de cotas, sem até hoje a consciência de que se trata de profissionais.

      Um surdo que hoje entre na escola não conseguirá professores qualificados, pois muitos não sabem Libras.

      Ou seja: Tem tanta questão a ser resolvida aí e vocês vem se preocupar com termos utilizados para se referir a nós?

      Faça-me um favor.

      Porque em vez de se preocupar com termos não passem a pensar que os cadeirantes passam por constrangimento ao utilizar transporte coletivo porque a maior parte deles não tem adaptação necessária?

      Por que não se preocupam em aprender Libras para não excluírem os surdos da sociedade.

      Por que, ainda, não pensam que muitas vezes cegos são encarados como os coitados que não andam, não falam, são loucos e crianças ao mesmo tempo!

      Sim. Tudo isso ainda acontece em pleno século XXI.

      Mas os supostos entendidos, em vez de se preocuparem com uma acessibilidade geral, se preocupam com termos a se referirem.

      Gente. Não deixem que essa hipocrisia da mídia e de alguns políticos atinja vocês.

  16. Meu comentário no post de uma colega que compartilhou o post de Berenice Piana:
    Li este post. Busquei e li também a reportagem. Li também todos os comentários no blog do jornalista, bem como suas respostas. Acredito que ele realmente não foi muito feliz na utilização de certos termos, mas a mensagem principal do seu texto é verdadeira. Trabalho em escola pública por quase 23 anos… A criação de leis é apenas o início da luta! Até efetivamente a lei “pegar” é um grande e doloroso caminho. Aos que acharam que ele foi desrespeitoso, deveriam reivindicar com o mesmo respeito que exigem! Aos que ficaram ofendidos, também deveriam utilizar argumentos sem ofensas. Corremos o risco de transformar este debate sobre um assunto tão sério e coletivo, em frustrações pessoais.

  17. realmente se fosse um filho seu babando pelo canto da boca, voce nao faria esse comentrario maldoso, Mas Deus sabe o que faz pois tenho a certeza que se vc soubesse de um diagnostico parecido voce teria a capacidade de dá cabo da vida dessa criança ou abandonaria como muitos fazem. Entao antes de querer questinar algum assunto que nao vc nao entende e melhor que fique calado pois o que vc quer e aparecer entao bate tua cabeça no prego antes de falar de nossas crianças que nao pediram pra ser assim. Merecemos repeito e precisamos fazer alguma pessoas assim precisam realmente saber o peso da LEI e nao podem sair falando assim de nossos filhos.

  18. Fiquei tão enojada de todas as barbaridades que essa pessoa ( pseudo ) colocou aqui que pensei mais de 10 vezes se deveria fazer algum comentário , mas achei que não dormiria tranquila se não o fizesse. Em primeiro lugar sua falta de respeito ao referir-se a todo tipo de deficiência é algo que leva os leitores a imaginar como alguém que se diz altamente “graduado”, usa os tremos mais bizarros e debochados para tratar de um assunto tão sério. Acho que o respeito ao próximo é algo que não adianta os pais imporem aos filhos na educação, é sim algo nato, fruto de uma moral adquirida ao longo das existências e isso com certeza vai demorar muito pra você adquirir ! Por enquanto o máximo que conseguiu foi APARECER ,!!Ainda que de forma tão negativa. Mas de uma coisa pode ter certeza , se um dia precisar usufruir dessa Lei, com certeza vai ter dar prova de que as pessoas que brigaram e lutaram para que ela existisse, não irão ter o mesmo olhar “malacabado ” a um filho ou familar seu!

  19. Que comentário infeliz Jairo…jornalista da Folha de São Paulo! Se você quer fazer uma crítica ao sistema, escreva de forma direta, porque as pessoas com autismos podem ler e entender as besteiras que você escreveu. Eles não entendem metáforas, ironias e duplos sentidos…o que vai ser um grande alívio para nós pais que nosso filhos não entende esse monte de lixo que você escreveu. Eu desejo que em sua família não existam cegões, lelés e escutador de novelas avariados, seria lamentável conviver com uma pessoa como você!

    1. Enfim, uma informação: autistas não entendem metáforas, ironias e duplo sentido. Isso é importante para tooooodos. Então, a forma de falar tem de ser sempre direta? O que vc sugere? Obrigado.

      1. Desculpe discordar, mas eu, como autista, posso dizer com toda a autoridade que nós não só entendemos, como usamos metáforas, ironias e duplos sentidos sim,e muito bem, aliás.Procure se informar sobre a Teoria das 3 Fases do Processo de Amadurecimento Asperger, e verá não apenas que somos muito mais inteligentes e capazes do a maioria das pessoas pensam, com muito mais informações sobre nós do que possa imaginar.

      2. Autistas entende ironia sim, concordo com Cristiano, e pra mim você usou foi de sarcasmo que como escrevi e uma forma velada de deboche!

  20. Não soube muito o que dizer, deveria ter estudado mais essas crianças depois de ter lido um pouco sobre o assunto. Escreveu um texto que qualquer pessoa que tenha lido um pouco sobre o autismo saberia, conviva um pouco com um autista e verá que seu texto não acrescenta em nada.

    “Desta vez, as regras dizem respeito a esse universo paralelo em que vivem as pessoas “malacabadas” MALACABADAS?
    Está na hora de você rever o conceito e perceber quem é “malacabado” sr. Jairo

    Foi muito infeliz nisso tudo que escreveu. Reveja seus conceitos de jornalista, porque suas argumentações em respostas aos comentários está bem clichês inconscientes de universitários que acabaram de ingressar na faculdade de jornalismo: ” faço jornalismo, sou o senhor da razão”
    Muito triste pra você que já tem experiência e não se acha na essência do que escreve.

  21. Sr. Jairo que Jornalismo social voce é formado?
    Querendo ser engraçado, acabou sendo ridículo, mal educado, grosseiro e NOJENTO.
    ´São pessoas como voce que prejudicam leis criadas para atender aqueles que não tem voz, como os autistas.
    Vem aqui para minha casa, passa uma semana comigo e meu filho e nao tenha medo não porque ele não é agressivo , para voce saber o que é um autista. Que pela sua reportagem voce não conhece mesmo. Agora voce eu posso chamar de Verme e Idiota e Imbecil, porque voce ofendeu meu filho e isso eu não permito nem voce e nem nínguem.
    Sabe que acho? Voce foi convocado para escrever sobre a lei que beneficia autistas. Mas no seu interior , voce é preconceituoso e deu no que deu. Frases jogadas assim: Voce escreveu:
    Os autistas são, evidentemente, muito bem-vindos ao time dos que não tem perna, dos que tem o escutador de novela avariado, dos que puxam cachorro, dos que são meio “lelés”, dos que babam um pouquinho pelo canto da boca. Para voce antes disso os autistas eram de onde?
    Meu filho é como voce escreveu: Bem vindo ao mundo malacabadas.
    Os autistas desde governo Lula já podiam comprar carro com insenção. Piedade , para o jornalista Jairo que estudou estudou e não soube colocar um assunto, sem antes ferir, magoar e depois no final assoprar como faz a barata.
    Ray Gonçalves Mélo

  22. Boa tarde! Eu não tenho filhos autistas, mas leio muito sobre o assunto e acompanho pelo facebook a luta e o sofrimento de pais e parentes …. Penso que vc podia ter direcionado sua matéria para os políticos que não cumprem seus deveres e principalmente para o descaso e falta de respeito para com quem precisa e tem direitos … Infelizmente seu linguajar foi péssimo, educação e respeito passaram longe de vc …

  23. Também achei o texto azedo, humor negro. Só quem tem um filho com dificuldade sabe que esse não é um tema adequado para fazer piada. Eu sou jornalista e mãe de um filho que precisa muito da lei para ter dignidade e oportunidade nesse país. Fiquei indignada, estou com vergonha de ver publicado um texto tão desrespeitoso e vazio de informações úteis. Não são as pessoas que devem fazer seu trabalho, Jairo, explicando o que você complicou. Seja humilde e reconheça que não foi ético da sua parte expressar sua opinião dessa forma. Por favor olhe no espelho e faça piada de seus próprios defeitos.

      1. Para me corrigir você esqueceu o que são expressões de linguagem populares e lembrou-se do que é preconceituoso? Consegue avaliar a diferença de comentários contrários e favoráveis à sua postura? É graças a profissionais como você que os jornalistas são caricaturados. Você não é o Jô Soares e muito menos o Zé Simão. #prontofalei

  24. O que todos querem é estar no grupo dos “normais”,o pré-conceito começa dentro de casa,afinal recebemos a noticia que não desejamos,os médicos não conseguem nos ajudar,demoramos para procurar pessoas e grupos que passem pela mesma situação para trocarmos experiencias e poder então buscar o caminho de cada um,pois o autismo se manifesta em diferentes niveis.Toda essa polemica foi apenas por ser,o autismo,reconhecido como deficiencia e isso machuca e muito,mas se pensarmos além dos nossos umbigos,quem quer ser paraplégico,quem quer ser PC,quem quer ter doenças degenerativas que surgem do nada e nos aprisionam,quem quer ser surdo,cego:ninguém!!!! mas somos ou estamos e precisamos nos unir para que viver em sociedade seja um prazer,aonde todos se respeitem,as diferenças sejam apenas o que são:diferenças.Tudo que os autistas precisam é serem inseridos na sociedade não apenas no circulo de amigos,parentes mas para isso o Estado precisa preparar a sociedade:capacitar professores,médicos e toda a area de saúde e tudo isso chegar até nós,que estaremos na fila do banco,do mercado,tudo isso irá demorar muito se não nos unirmos.Conheço o Jairo ,o blog e muitas pessoas que como eu se identificam com as situações,não sou malacabada,ainda,pq estou na vida e ela é cheia de surpresas,umas boas outras nem tanto.

  25. Como um jornal renomado pode ter um profissional tão mal informado, insensível e de uma frieza cadavérica em seu quadro de funcionários? Lamentãvel

  26. Pq toda essa percepção preconceituosa e revoltada com tudo ? pq todo esse sarcasmo, sem sinceridade, contudo, desprezo visceral com os que possuem limitações mentais a despeito dos que estão presos fisicamente. Foi isto que o incomodou? As vezes um funciona em algumas áreas e outros, em outras…fazer o que ! escolhemos o que temos…para viver. O gosto do sarcasmo pode ter sabor que queremos. Gostou deste sabor !

  27. Isso quer dizer que o galerê com autismo vai entrar na cota do mercado de trabalho, vai poder comprar carro com desconto de imposto, vai ter assegurado mecanismos de inclusão e que facilitem sua interação em sociedade.

    Gostaria de que me respondesse.O senhor como cadeirante não se beneficia destes”direitos”, ainda citando as vagas de estacionamento, banheiros adaptados, ônibus,rampas e mais tantos outros recursos?

    Quanto aos termos usados pela sua nobre pessoa, feriu-me de uma maneira tão séria,porque tenho um filho de 8 anos tão lindo, tão feliz,tão amado,completamente diferente do que o senhor se referiu.

    Só mais uma pergunta, o senhor já foi chamado de aleijado?O que sentiu?

  28. Olha, Jairo,

    É emocionante ver a propriedade com que você aborda todos os assuntos ligados a uma causa tão bonita.
    Sempre muito inteligente, consegue dizer tudo o que pensa, sem, jamais, ofender ninguém.

    bjs

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