A conquista dos autistas
“Zente”, apesar de alguns meios de comunicação já terem falado sobre o assunto, ainda falta um bocado de informação no que diz respeito de mais uma lei criada neste país. Desta vez, as regras dizem respeito a esse universo paralelo em que vivem as pessoas “malacabadas”.
“Beleza tiozão, mas deixa de lengua-lengua e desembucha. O que mudou?”
Seguinte, meu povo querido: desde o começo de dezembro de 2012, os “zimininos” autistas passam a ter os mesmíssimos direitos que qualquer pessoa com deficiência.
Isso quer dizer que o galerê com autismo vai entrar na cota do mercado de trabalho, vai poder comprar carro com desconto de imposto, vai ter assegurado mecanismos de inclusão e que facilitem sua interação em sociedade.
Eu jamais poderia ser contrário a essa iniciativa, ‘oficourse’, que vem na esteira da grande mobilização que fez a comunidade ligada à causa. Extraordinária a vitória deles.
O que me cabe diante dessa conquista é dar boas-vindas ao povão “tchubirube” que vai ajudar empurrar essa Kombi ‘véia’ rumo a um mundo com mais atenção às suas diversidades.
Mas cabem alguns questionamentos tanto para os atores políticos, empresariais e líderes sociais:
– Primeiramente, é preciso uma ação em massa para que todos saibam ter definições mais claras do que é o espectro autista. No Brasil, até médicos ainda têm dificuldades para definir um diagnóstico precoce da deficiência.
– Autismo vai fazer parte do grupo de deficiência sensorial, física ou intelectual ou nenhuma dessas? Quais serão as demandas específicas desse público? Se cadeirante quer rampa, cego quer braile, surdo quer legendas ou sinais, qual a demanda que todos nós, leigos, devemos batalhar por esse grupo?
– Com mais pessoas pleiteando os mesmos direitos, ampliam-se as demandas. Qual a resposta do poder público para isso? Ou vamos ter apenas um número maior de pessoas reclamando, reclamando, reclamando que as coisas não funcionam como deveriam?
– Alguns autistas possuem limitações em ter interações sociais. Como fica o papel da sociedade nisso? Já passou da hora de bater o bumbo a respeito dessa questão. Se até hoje puxam o braço dos cegões ao atravessar a rua, em vez de cedê-lo, imagina o que não rola com alguém que pode ter dificuldades diversas de se relacionar.
– E as escolas? Os professores começaram há poucos anos entender, repito, entender as peculiaridades de um PC, de um surdo… Que estrutura eles terão para dar o atendimento correto a um autista?
É ótimo para os políticos propagandearam que aprovaram uma lei (mais uma), mas é péssimo não ter um caminho definido de ação e de resposta concreta diante daquilo que puseram peso legal.
Os autistas são, evidentemente, muito bem-vindos ao time dos que não tem perna, dos que tem o escutador de novela avariado, dos que puxam cachorro, dos que são meio “lelés”, dos que babam um pouquinho pelo canto da boca.
O que queremos agora, com essa força extra (que havia um tempo já se achegava!!) é engrossar o coro de que é preciso ação efetiva para que as coisas aconteçam, para que o respeito às diferenças se exerça e que todos possam, de forma efetiva, viver bem em seus espaços do jeito que são… ou que podem ser.
Prezado Sr. Jairo:
Aqui quem fala é um portador de Síndrome de Asperger,um tipo leve de autismo,de 49 anos de idade, que sozinho, sem nenhuma ajuda clínica, superou todas as “limitações” tanto sociais como neurológicas da Síndrome,ativista das causas autistas com ampla popularidade nas redes sociais,e também escritor profissional, com 37 anos de carreira literária, cinco livros publicados,três concursos literários ganhos, mais de 80 livros escritos, de nome Cristiano Camargo.
Apresentação minha ao senhor feita, vamos ao comentário em si:
Percebi bem, em seu texto, o tom humorístico usado para descontrair os leitores e tornar a leitura mais leve, e este parece ser seu estilo.Ok, até aí tudo bem.Mas devo salientar que o tom humorístico tem suas desvantagens, especialmente ao abordar assuntos muito sérios que mexem com muitas pessoas.Convido-o gentilmente a observar que o uso da ironia e do sarcasmo tem a séria desvantagem de permitir interpretações que soam ofensivas ‘as pessoas a que o texto se refere.Afinal, não podemos descartar Pirandello, e as múltiplas interpretações do mesmo fato resultantes do inconsciente diferente de cada um.
Sendo assim, e tendo o senhor manifestado, ainda que de forma algo indireta, que não tem preconceitos quanto aos autistas e as demais pessoas citadas em seu texto, e afirmado ser , de fato, um cadeirante, que com certeza sofre os efeitos de preconceitos de outras pessoas e da ignorãncia de muitos setores da Sociedade,resta-me concluir que os termos usados para dar irreverência ao texto não foram as escolhas mais felizes na hora de escrever, pois como pôde notar pelas reações do público, muitos se ofenderam. Ocorre, porém, que,existem as entrelinhas.E que o preconceito não é apenas consciente, existe o preconceito inconsciente, de pessoas que afirmam não ter preconceitos, não cometem conscientemente atos preconceituosos, mas que destilam um preconceito camuflado, inconsciente ,não -intencional, resultante de um afloramento incontrolável do Inconsciente, na hora de falar ou escrever.Mas a disciplina é a educação da vontade, e é possivel a nós educarmos nossos inconscientes para que não aflorem de modo inconveniente.
Que fique bem claro aqui que não se trata de uma crítica, mas que este preconceito inconsciente existe, é muito comum e costuma ser ato falho de muitas pessoas.Todos nós somos seres humanos e erramos, mas assim como errar, acertar é igualmente humano também, e ninguém é excessão. Erros são reparáveis, bastando para tanto, uma simples retratação e admissão do erro, afinal, não é nenhuma vergonha errar, pois a função do erro é justamente ensinar a acertar da próxima vez.
Gostaria que o senhor refletisse se seus termos não teriam sido um erro e se não teria sido melhor ter usado outras palavras para dar o tom humorístico pretendido(embora seja da minha opinião pessoal que ele não cabe nem é pertinente a este assunto, mas respeito sua opinião e estilo).
Agora comentando sobre as questões em si:
De fato, Sr. Jairo, somos nós autistas de fato, em um certo sentido que descreverei logo ‘a frente, pessoas mal acabadas.O sentido que eu quis dizer é que somos mal acabados por que muitos neurotípicos(as pessoas que se auto intitulam “normais”)nunca conseguiram acabar com a gente,sempre fomos e continuamos a ser e vamos ser sempre , mestres da superação, e a aprovação da Lei Berenice Piana é apenas uma das provas das nossas vitórias em nossas lutas.Somos mal acabados no sentido de que as pessoas preconceituosas não conseguiram nos convencer de que teríamos supostamente alguma doença mental, e como não conseguiram colocar isto ao tentar nos lavar a mente, sim, não conseguiram terminar o serviço e nos deixaram mal acabados.Ainda bem !Por que nós não somos apenas teimosos, na verdade nem é teima, é convicção justa, é determinação, e a determinação , a criatividade , a gana, a garra são apenas alguns dos benefícios e vantagens que o Autismo traz a nós.
Agora, vejo que, pelo visto , o senhor não frequenta os grupos de Autismo e Asperger nas Redes Sociais, como o Facebook,por exemplo. Caso acessasse estes grupos, teria muito mais informação e perceberia que existe sim muita, mas muita informação sobre as definições de Autismo e tudo, em detalhes sobre este assunto.Recomendaria que você lesse meu mais recente livro :”Autista com muito Orgulho-A Síndrome vista pelo lado de dentro”, ‘a venda nas Livrarias Martins Fontes,onde explico, em detalhes, como funciona a Mente Autista, em todos os seus meandros e mecanismos internos, e também minhas hipóteses sobre o Autismo , além de contar a história de minha vida e minhas superações.Recomendaria ainda que o senhor lesse também meus artigos sobre Autismo na fan page do meu Grupo de Asperger: https://www.facebook.com/pages/De-Asperger-para-Asperger/355925031162960
Talvez aí, quem sabe,bem melhor informado, com uma nova visão do autismo, depois de ter visto como ele funciona, por dentro, o senhor sinta vontade de reescrever seu artigo de outra maneira e juntar-se a nós em nossa luta, para mostrarmos que autismo não é doença, mas uma diferença, e que esta diferença não nos torna inferiores a ninguém,e que todas as características que os terapeutas classificam como transtornos, desordens,prejuízos, limitações, dificuldades, são todos amplamente superáveis , que temos todos o lindo potencial de evoluirmos e amadurecermos e sermos cidadãos sociáveis e produtivos como todo mundo, mas mantendo nossa diferença pela nossa determinação, sensibilidade, e criatividade,pois nosso lema de vida é:Tudo é impossível…até que seja tentado !
Cristiano Camargo
Li o seu texto e acho importante as questões q vc levantou.Mas não entende porque usar termos tão perjorativo,que pode ser um combustivel para pessoas que tendem a discriminar as pessoas com deficiencia.Era para ser engraçado?Sera que foi para quem lutar p cuidar de um filho com necessidades especias.Ou mesmo p um autista(da Sindrome de Asperge) que consegue compreender melhor as coisas,sera que eles acham engraçado ser chamado de malacabados.Gstaria q vc me explicasse qual foi seu objetivo.Creio q vc se considera uma pessoa educado,culto,inteligente……então estou a espera de uma resposta.
Sr. Jairo, Não sou muito boa para escrever, mas vamos lá. Graças a Deus, não sou nenhuma “Malacabada” nem tão pouco “ziminina”, como mencionou em sua coluna. Mas sou mãe de um Autista leve, e entendi bem sua critica acerca do sistema de governo e também cultural do povo, em não estar preparado, para receber dentro da lei “novos” indivíduos com necessidades especiais. Porém o que ofendeu a todos aqui, foi apenas a forma com que “qualificou” os portadores do autismo, nada mais que isso. O autismo as vezes, não é facilmente detectado em algumas pessoas, desta forma, ficará difícil, tratá-los de forma diferenciada no que diz respeito às leis para deficientes, uma pessoa que não tem uma perna ou braço é bem visível, porém no caso do SA, isso as vezes não acontece, então pergunto: como se faz com um SA, na fila de um banco, para atendimento preferencial? Como vai funcionar toda esta logística (aplicação da lei) já que nem todos os locais estão preparados para receber deficientes físicos (com deficiências visíveis, que não tem um braço ou uma perna), quem dirá os autistas. O Individuo autista vai ter que chegar e falar, oi sou autista e tenho direito a atendimento preferencial por gentileza. Não sei não, mas acho que isso ainda vai dar muito o que falar.
Jairo, vc pensou nas familias das pessoas que possuem essa síndrome? Não precisa agredir com palavras. Meu filho tem 19 anos, é muito bem acabado e não é lelé. Não nos faça sofrer mais. Vc é uma pessoa formada e inteligentíssima use o dom que Deus te deu. Use a Folha de São Paulo de uma forma mais simpática e útil. Vc não acrescentou nada no que escreveu.
Vc cm jornalista deveria ter avaliado suas palavras e imitações cm depressiativas e desrespeitosas. Se vc é ignorante ao fato não comente sobre ele. Espero q nenhum deficiente ou autista tenha q conviver com pessoas cm vc, pq se eu tivesse eu no mínimo ia dar um tapa na sua cara.
Seu texto e recheado de deboche, esse tipo de linguajar e difícil e é sujeito a muitas criticas. sinceramente a única asneira do seu texto e seu penúltimo parágrafo que considero ofensivo a todos os autistas e deficientes. Sinceramente estaria sujeito a um processo tanto da sua pessoa como do Jornal por nao revisar o seu texto, mas isso eu nao farei, pois ao ler outros textos seus percebi que voce gosta de ser debochado, mas cuidado nem todos terão a mesma opinião, a ironia fica num limiar muito estreito do preconceito. Outro ponto acho que voce como jornalista deveria pesquisar melhor para escrever um texto, se quiser ajuda num proximo texto sobre autismo, me procure, pois tudo que escrevi um profissional da área poderia ter te explicado.
Oi, Jairo, tudo bom?
Primeiro não tenho filho autista, não sou paralítica ou algum tipo de deficiência e sim, entendi o que você quer trazer para discussão. No entanto, quando a forma de como a mensagem foi passada é muito mais repercutida do que o conteúdo, não é de mau grado parar e rever se os termos usados foram mesmo os mais adequados.
Fato é que niguém, com deficiência ou não, quer ser chamado de malacabado ou de expressões tão cheias de preconceitos. Essas pessoas já passam por tantos no dia a dia que não precisam ter isso constatado nas páginas de um dos maiores jornais do País. O que se espera de um jornal, ainda que em um artigo, é respeito e não ofensas.
Talvez você tenha uma deficiência e esse seja o modo como lida com ela, ridicularizando-a, mas essa não é a regra geral, aliás, é a exceção. Não defendo o politicamente correto, acredito que nem você, mas não é por isso que devemos adotar o absurdamente chocante.
Com muito mais anos de experiência em jornalismo do que eu, sabe que optou por um caminho perigoso e, agora sabido, infeliz. Ao tratar deficientes assim, mesmo que de brincadeira, mesmo que para chamar atenção do leitor, você não desperta conscientização ou insita a um debate sobre as questões levantadas, aliás, tamanho são os disparates, elas passam despercebidas, desperta indignação.
Um tanto quanto mais de zelo nos próximos artigos nunca é demais. Afinal, como jornalistas, temos por obrigação trazer questões para o debate, nunca incendiá-lo de forma tão pouco comprometida.
Abraço,
Daniela.
cara!vai ler um pouco mais,saber um pouco mais da vida de autista de bebê ate a idade adulta,depois expressa tua opinião. saiba q você muito maL sucedido neste texto sem nexo.
Nooossa Jairo! Diante de tanta polêmica, resolvi ler atentamente o seu artigo antes de embarcar na onda do que parece mais não é. Sou mãe adotiva de uma menino autista que até o momento não teve o seu diagnóstico completamente definido, Neuro e psiquiatra divergem e ficamos entre a cruz e a caldeirinha…Escola? Então, esse é um capítulo a parte. Eu que nunca havia tido filhos e desconhecia completamente o mundo dos especiais. Inocentemente e feliz da vida matriculei o meu pupilo em uma escola particular “uma das melhores do bairro”..e lá se foram 3 escolas com o mesmo discurso…”Olhe mãe” Seu filho não consegue acompanhar a turma, sinto muito, mas, nossa escola não está preparada para dar a ele todo o suporte que necessita”. Atualmente estou na batalha por uma vaga no município. Me inscrevi naquele tal 0800…mas nada. Visitas as escolas em vão. Quem sabe, me disseram, consigo uma vaga remanescente na fila do dia 25 as 08:00h da manhã lá naquele teatro popular. Quanto a lei, ela é importante? SIM! Mas sem ações efetivas de nada adiantará. Será apenas mais uma entre tantas que não se cumprem. Sinto dizer que o meu filho com 06 anos não desfrutará da verdadeira educação inclusiva a quem tem direito. Espero que outros “Gabriels” venham a consegui-la ainda nesse século.
Nós mães de autistas contamos apenas com quem tem voz para se fazer ouvir, assim como você e a Folha de São Paulo. Obrigada pelo apoio. Parabéns pelo texto! Um abraço.
Wanda, vc trouxe uma situação concreta para a discussão! É disso que a gente precisa. A lei foi aprovado, todo mundo tirou retrato e apareceu em alguns jornais. E agora? O que a socieade e o governo vai fazer para garantir o mundo real inclusivo dos autistas? Pena, pena mesmo que muitas pessoas fazem exatamente àquilo que muitos políticos querem: debatem o vazio, debatem o que não leva a nada. Agora, sobre o seu caso específico, tenho certeza que vc conseguirá uma resposta objetiva e uma solução. Em SP, temos atualmente DUAS secretarias que estão ai justamente para DEFENDER as pessoas com deficiência. Não disista… agora vc tem (mais uma) lei a seu lado!!! Beijosss
Jairo,
Achei extremamente pertinentes as suas colocações, como sempre, aliás! As discussões são imprescindíveis para diminuir a distância entre o legalmente estabelecido e aquilo que concretamente acontece no cotidiano das pessoas. E continuamos todos, sempre, empurrando a nossa kombi véia! Beijos, Vera
Uma pena que esse rumo do debate tenha se perdido… daqui nasceriam outros e outros posts, né:?! bjo
É, Jairo, é nisto que dá escrever sobre um assunto sem ter conhecimento da causa,e tentar escrever sobre um assunto que não se domina e sobre o qual não se informou direito, não pesquisou nas redes sociais, nos Grupos de Autismo ;/Asperger no Facebook, agora não tem mias jeito, o rumo não mudará mais e muito mais vem por aí, de um monte de gente!Ah, não se esqueça de responder meu primeiro comentário, por favor.
Nós, pais de pessoas com autismo, esperamos que não! Por favor, Jairo, nos esqueça! Melhor não falar no assunto que dizer asneiras!
Vou me lembrar disso, Luciana.
As escolas tema complexo! Ate o ano passado as escolas usavam o artificio de que só poderiam ter uma crianca especial por sala, com a lei os colégios vão ter que se adaptar, pois a lei diz que os autistas terão que ser incluídos.E como se faz uma verdadeira inclusão. Primeiro uma interação entre a equipe profissional da crianca com os profissionais da escola. Segundo os profissionais educacionais terão que entender o que e autismo. maior interação de pais com a escola. Adaptar os materiais para a crianca, tudo isso requer tempo, dou um prazo de uns 15 anos para haver essa adaptação de forma plena, mas sem a lei isso nunca ocorreria. Pois os colégios nao iriam se movimentar para essa evolução, e os autistas nunca poderiam ter uma vida considerada “normal” e nem evoluir na interação.
Interessante a forma que você utiliza para falar de respeito às diferenças.
Você poderia guardar as suas amarguras que tem por ter necessidades especiais para você.
Você pode ter muito talento para escrever, legal escrever num blog importante, mas deixar de usar a inteligência ao escrever tira todo o sentido e o propósito da causa.
Sinto muito, mas acredito que os autistas não precisavam dessa sua “ajuda”.
Espero que continue não babando pelo canto da boca e nem que fique “lelé”, mas se por ventura babar, não se preocupe, existem pessoas sérias e sensíveis lutando por um mundo melhor para os que babam.
Seu proximo questionamento e valido, quem vai fazer essa lei ser eficaz, somos nos os pais. Com a lei temos como defender nossos filhos, as pessoas entenderam o qud e autismo, e aos poucos ( uns 15 anos) vão entender o que e autismo mesmo. A única forma das pessoas entenderem e através da conscientização, nao existe outra forma. E com isso poderemos ter mais pessoas conscientes que consigam interagir com um autista.
autista nao reclama, quem reclama são os pais! Nesse país o poder publico só funciona se tiver quem cobre dele, e garanto pra voce que nos pais vamos cobrar muito, e por isso o poder publico vai achar um jeito de cumprir a nossa lei.
Renato, autista reclama sim!
Eu sou um deles, e como eu existem muito outros que superaram todas as “limitações” sociais e outras e que são indempendentes, autõnomos, altamente inteligentes, e que respondem muito bem por seus atos!
Do jeito que muita gente fala, dá a impressão que só existam crianças autistas e que mesmo adultos autistas sejam incapazes de raciocinar e responder e reclamar e clamar seus diretos…
Pois saiba que Aspergers, que são um tipo de autismo mais leve, mas não deixade ser autista, tem a intelig~encia não apenas preservada como costuma ter intelig~encia acima da média e de bobos não tem nada.Não são só os pais de autistas que são articulados, os próprios autistas também são militantes de sua causa.
Cristiano Camargo eu sei disso quando me referi, falei das crianças, pois elas serão as que mais vão sofrer com palavras tão fortes usadas pelo Sr. Jairo, sei muito bem o que e ser um Asperger, e entendo o que você quis dizer, me desculpe se generalizou, nao foi minha intenção, mas lembrem os Aspergers tem como se defender, mas as crianças nao, muito menos na escola, um grande abraço.
Olá, sou formada em comunicação social e mãe de uma menina autista.
Enquanto profissional, acho que o seu artigo de opinião está bem redigido.
Enquanto mãe, o seguinte parágrafo “Os autistas são, evidentemente, muito bem-vindos ao time dos que não tem perna, dos que tem o escutador de novela avariado, dos que puxam cachorro, dos que são meio “lelés”, dos que babam um pouquinho pelo canto da boca.” roça o ofensivo. Percebo que o que quis dizer, foi que ,concorda com o autista passar a ser considerado deficiente, mas há maneiras melhores de se exprimir.
E deixe-me responder-lhe, os autistas não fazem nenhuma demanda diferente a qualquer pessoa “normal”, só querem o direito à saude, de uma forma indicada para cada caso. Querem direito à educação, de uma forma indicada a cada caso. Querem respeito e dignidade.
Tudo isto está longe de estar conseguido, porque ainda há muita falta de educação e formação, na área.
Resta-me terminar pedindo que vozes como a sua, de pessoas esclarecidas, apoiem a nossa causa ajundando a educar as mentes menos esclarecidas.
Obrigada
Estamos juntos! 😉
A segunda pergunta e bem simples, qual a nossa demanda, poderia tambem ter perguntado a qualquer pai de autista ou a um médico especialista. Precisamos de prioridade nas filas, porque os autistas nao entendem porque tem entrar em filas ( afinal fila nao tem lógica), precisam de colégio regular, pois somente com o convívio com outras criancas consideradas típicas elas podem desenvolver a fala e a interação, precisamos que as pessoas entendam que existem vários tipos de autistas, existem autistas de alto desenvolvimento, mas nem todos são gênios. Alguns podem atuar no mercado de trabalho, autista nao são agressivos, como foi dito na Rede Globo no programa Domingão do Faustao, e nem deveria estar num grupo a parte como a sua colega da veja prega.Nos Estados Unidos os autistas são considerados um grupo a parte,pela dificuldade de suas características.
Obrigado, Renato. Contribui bastante para o debate! Um abraço
Jairo, leio seu blog há bastante tempo, tenho vc no facebook e te admiro muito.
Não entendi o “bullying” virtual que vc está sofrendo.
ahahahahahahha… adorei…. o que eu não posso é impedir a manifestação das pessoa, não é?!
Provavelmente vc não tem um filho autista, moça.
Nem é autista como eu, e nem tem um passado de superação a se orgulhar tb.Eu não tenho o menor constrangimento de dizer:Eu sou autista sim, e com muito orgulho!Ser autista é um privilégio, uma benção e traz muitas vantagens e benefícios para a pessoa, não é uma doença, é uma diferença -para melhor !
Malacabado: 1 a que falta capricho; malfeito; imperfeito 2 de má aparência, feio
(Dicionário Houaiss)
Prezado Sr. Jornalista,
A quem cabe julgar o capricho do outro?
A aparência? A beleza???
Saber se alguém é mais ou menos perfeito que outro me soa como eugenia.
Acredito que a verdadeira inclusão só se dá quando se consegue apreciar a beleza nas diferenças. O outro pode ser diferente de mim… E ainda ser bom.
Chamar alguém diferente de feio, mal feito, sem capricho, só aumenta o preconceito. Lamento.
O estilo desrespeitoso tira mérito da crítica, que, superficial, mais parece ter sido redigida por absoluta falta de assunto do colega. Inacreditável! Válvula de escape pra desfazer de um segmento sofrido com que intuito ? No que o comentário contribui para informar a sociedade da existência de uma lei que contém pleitos universais do segmento de autismo? Realmente é de arrepiar de tão horripilante a forma como o jornalista se reporta às deficiências e os seus direitos.
Sofrido??? Ah, fafavor… sou deficiente, tenho milhares de leitores com deficiência e essa história de sofrido é conceito do século passado.
Jairo, vai procurar conviver com uma família de pessoa autista. Não é como ter uma deficiência física. É não compreender o mundo. Não conseguir se adequar. Não saber se comunicar. Tenho pena de vc. Como a Folha deixa um texto assim ser publicado? Lamentável.
Ele não precisa nem conviver com uma familia autista não, Luciana…se ele tentasse ser um autista como eu, e superar tudo o que superei nos meus quase 50 anos de vida, é muito diferente de superações físicas, e ambas as superações , física e psicológica são equivalentes, nenhuma das duas podem ser comparadas entre si.São experi~encias de vida muito diferentes, por isto não tem sentido comparar uma com a outra.Ainda que eu tenha experimentado a superação física tb, pois sou cego do olho esquerdo e diabético.E é por isto que posso dizer com propriedade tudo o que eu disse.Autista com muito orgulh-Viva a diferença, autismo não é doença !
achei q vc é uma pessoa alias vc n é uma pessoa vc é um mostro p trara essas pessoas q tem autismo assim veja q se vc estivesse no lugar de nós pais e tratássemos seu filho de malacabados vc n gostaria e em relação ao texto q vc escreveu vou te dizer uma coisa um jornalista de bom gabarito n escreve um texto com esse tipo de palavra isso parece coisa de moleque e vc deve procurar a conhecer melhor essas crianças p poder falar algo sobre elas vc deve ser um mostro mal amado procure informações de como são realmente essas crianças.
Sr. Jairo Marques, concordo que primeiramente, é preciso uma ação em massa para que todos possam ter mais conhecimento do que é o espectro autista. O diagnóstico precoce é fundamental para um prognóstico favorável. Tentando responder às suas perguntas… Todo ser humano é único e tem necessidades únicas, assim os indivíduos caractarizados dentro do espectro autista não são diferentes e por isso podem fazer parte do grupo de deficiência sensorial e ou física e/ou intelectual pois podem ter múltiplas deficiências, como qualquer um de nós.
A demanda específica desse público é que as escolas e clínicas acessíveis a todos tenham condições de recebê los com professores e profissionais preparados para atendê los com dignidade e não simplesmente segregá los num canto qualquer. A dita inclusão tem que acontecer de fato e de verdade: com ambientes adequados às necessidades específicas, professores, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, psiquiatras e demais profissionais com o máximo de conhecimento e de respeito ao ser humano… sejam eles paralíticos, hemiplégicos, surdos, cegos ou psiquiátricos.
Como bem disse o Senhor: é preciso ação efetiva para que as coisas aconteçam, para que o respeito às diferenças se exerça e que todos possam, de forma efetiva, viver bem em seus espaços do jeito que são… ou que podem ser. Reforço sua pergunta: Qual a resposta do poder público para isso?
No mais acho lamentável a sua forma de se colocar perante o assunto. Conheça uma ‘família autista’ e veja as muitas dificuldades que são vividas e o preconceito sofrido. RESPEITO é tudo!
Obrigado, Márcia.
Tentarei responder seus questionamentos. O mundo todo tem dificuldades de definir uma pessoa com autismo, pois quem esta dentro dessa síndrome tem algumas características como dificuldade de interação, e atraso na fala que esta presente em 90% dos autistas, mas existem outras como falta de contato ocular, problemas sensoriais,e ” flaps” conhecidos como balançar das criancas, tem ainda as famosas birras causadas pela falta da comunicação e do entendimento do nosso mundo. Mas isso nao e características comuns, alguns nao apresentam essa características, por isso não acham a cura, e e difícil fazer o diagnostico. Com terapia o grau de comprometimento pode diminuir, por isso tem que fazer revisão freqüente, pois a crianca pode evoluir e mudar o seu diagnostico. Isso qualquer neuro ou psquiatra da área poderia te auxiliar, mas acho que faltou um pouco de empenho da sua parte. Será sempre difícil, assim como essa síndrome e muito difícil de achar uma cura. Vou continuar na próxima mensagem.
Jairo, acompanho sempre sua coluna e trabalho. Não sabia da lei e cliquei aqui para entender melhor a notícia e seu universo. Vc faz um trabalho de esclarecimento super importante!
Os leitores ofendidos não devem ter prestado atenção ao fato de que Jairo (que é cadeirante) escreve há muito tempo sobre o assunto de forma séria e consistente. Usa termos como malacabado para lidar com humor com as dificuldades.
Quem não gosta do tom, está no seu direito. Mas sair agredindo só revela ignorância.
Ôh, flor, obrigado! Acho que vou me recusar sempre ao rótulo de que certos assuntos e grupos são “delicados”… se for assim, eles nunca serão tema de debate social. Outra coisa, autistas foram temas de colunas minha que foram APLAUDIDAS … mas a vida é assim mesmo ahahhahaha.. bjosss
Meu caro senhor, infelizmente, o senhor, q julga ter um estilo próprio acabou por ferir os sentimentos de milhares de pais em todo o Brasil. Pessoas q acompanham seus fillhos amorosamente lutando para q eles sejam pessoas felizes e respeitadas. Acredito q não há fama ou inteligência ou mesmo crítica racional q justifique tamanha agressão. Tentei entender suas “boas intenções” , mas infelizmente, vc foi mt infeliz, acredito q precisa dominar melhor “a pena”. Ser um grande jornalista e um grande escritor, adotando um estilo polêmico exige algo a mais… um dom para dizer as coisas . Vc não o tem, caro amigo. Tenho uma certa pena de vc, não dos autistas q “babam no canto da boca” como vc disse, mas da vaidade q permeia a tua vida e que vai te destruir se vc não retroceder. Tenho pena de pessoas como vc. Não tenho raiva… tenho pena.. Q vc possa mudar enquanto antes. A vida passa num sopro… e a gente tem q se rever sabe… Espero q vc se reveja como pessoa e como jornalista , quem sabe assim terá realmente uma contribuição significativa na sua profissão. Q Deus te ilumine e q tudo isto tenha servido para rever a tua vida e teus conceitos.
Só pra esclarecer, quem baba um pouquinho é o pessoal PC!
Caramba, eu ia dizer isso! As pessoas nem se deram ao trabalha de ler direito! E minha filha é PC, sim, come com a boca meio tortinha, é malacabadinha simmmmmmmm e esconder isso seria um problema meu. Isso não diminiu meu amor, não me ofende, nem faz porcaria nenhuma. Jesus, eu achei que patrulha fosse algo que só acontecesse na novela carrossel!
Como eu escrevi uma coluna(, se lembra, Dê?) chamada “O direito dos ofendidos”, estou deixando passar, mesmo as ofensas gratuitas… no mínimo eu ganho um ladrilho no purgatório ahahhahah.. bjos
Sr. Jairo, sinceramente não entendi de que lado está. Se a intenção era ser engraçado abordando um assunto tão sério, não teve êxito. Aos olhos dos pais dos autistas ficou mto triste o tom que o sr. usou. Não estou questionando o contexto…apenas o tom, as vezes não é o que se diz que faz mal…mas a maneira como se diz. No mais foi razoável.
Meu filho tem 18 anos, tem autismo e é MUITO BEM ACABADO, só para usar a mesma linguagem chula e desrespeitosa!
Conheço outros milhares de autistas, todos BEM ACABADOS, com talentos ímpares, com deficiência ou não mas com mais educação e respeito que você pelo seu semelhante. Choca essa matéria, tratando-se de um assunto tão sensível e tão importante. A conquista de pais sofridos e já calejados pelo preconceito merece uma matéria decente, tratada com o devido respeito como foi até agora pela imprensa. Aqui fica uma dica importante, vai fazer um cursinho básico sobre autismo, lhe fará bem. Até mesmo alguém “lelé” pode e deve se instruir sobre um assunto para depois falar sobre ele. Nunca admitimos chacota sobre nossos filhos e não vamos admitir agora!
Mal consigo entender como alguém pode ser tão infeliz num artigo quanto você. Escrever desse jeito patético algo preconceituoso e sem conteúdo é simplesmente ridículo. É por causa de “pós-graduados em jornalismo” como você que ninguém mais leva essa profissão a sério. E ser cadeirante não lhe dá carta-branca pra escrever bobagem – amadureça um pouco.
Que pena Jairo ! Foi triste o seu comentário acredito que vc não sabe nada do que foi publicado…tenho dó de vc e da Folha que acredita que tem um profissional…porque vc está lonnnnge de ser!
Concordo plenamente com você Eveli. Este artigo mostra um enorme preconceito, sem falar na redação pouco profissional, usando termos pejorativos como “lelés”, “cegões” etc. Um jornalista responsável não escreveria isso. A Folha deveria selecionar melhor seus colaboradores.
Prezado colunista, infelizmente seu humor-sem-graça tem um péssimo efeito colateral: o de disseminar termos pejorativos acerca dos portadores de autismo.
Como cadeirante era dese esperar que fosses capaz de disseminar ideias a favor dos portadores de necessidades especiais, não o contrário.
Não deixe que sua mágoa com os que te trataram mal durante a vida se espalhe nos teus textos e atinjam outras pessoas.
Reflita.
Trate os outros como gostaria que tratassem você.
Quanto ao assunto principal da coluna, devo dizer que este foi bem colocado, apesar de tudo.
Independente do sentimento despertado em cada um pelas palavras escolhidas acredito que uma interpretação deva ser comum à todos- E agora o que precisamos fazer neste país em que tudo começa com leis e sem estrutura, para garantir que todos os autistas tenham uma vida de maior qualidade? Tenham garantidos os seus direitos, sendo o maior deles o direito ao respeito? Como garantir que todos, sobretudo os profissionais que atuam diretamente com os autistas, tenham o conhecimento necessário e fundamental para embasar as suas atividades profissionais? Agora que a lei foi aprovada precisamos nos debruçar diante destes impasses. Sou Terapeuta Ocupacional, atuo com crianças autistas em uma cidade pequena do interior de Minas Gerais, e percebo que ainda há um longo caminho pela frente… portanto sigamos nesta caminhada!!!
Sensacional!