A prioridade virou uma roubada

Jairo Marques

Acho que todo “malacabado” e todo “véio” deste país já começou a sentir a mudança seja na fila do banco, seja na do supermercado ou do aeroporto.

Os espaços que antes eram tidos como “atendimento de prioridades” estão ficando muuuuuito zoneados, me perdoem a palavra, mas é isso mesmo.

Como tudo neste país não é feito por cidadania e sim por pressão da lei e da fiscalização, as empresas têm cumprido as regras de qualquer maneira, só para cumprir tabela mesmo.

Podem botar reparo que, como a demanda aumentou muito, os ‘dificientes’ estão saindo mais e o povão tá ficando mais velho, os espaços que antes eram pouco disputados, agora, são mais concorridos que liquidação de zorba na feira… 😀

Pois bem. Se eu opto pelo caixa prioritário no local onde compro meu arroz com feijão, demoro muito mais tempo que os mortais que pegaram as filas comuns…

“Uai, tio, tá louco?! Como assim cê fala?”

Seguinte, invariavelmente, um ou dois dos caixas de “atendimento preferencial” está fechado, sabe lá Zeus a razão. Resultado, junta os “zimininos” tudo num lugar só, numa fila interminável.

A prioridade virou uma roubada. Os idosos que não aguentam ficar muito tempo em pé se digladiam pelos banquinhos disponíveis e ficam tempo demais para desempatarem suas vidas.

Anteontem fui tomar um urubuzão voador nos aeroporto das Congonhas (alguém sabe me dizer o que é uma congonha? 😉 ) e quem estava à minha frente nas prioridades? Aquela moça bonita da Débora “Aseco”.

Não sei se ela está grávida ou sei lá o quê, mas, aparentemente, a danada não se encaixava no perfil para quem aquela fila era reservada. E sabem o tamanho da fila? Enooooorme.

“Mas você quer o quê? Pãozinho com manteiga e cafezinho quente?!”

Acho que esse modelo de atendimento está esgotado, pelo menos nas grandes cidades. As pessoas que são prioridades aumentaram demais em número e alguém precisa olhar para isso com seriedade.

Em diversos casos, essa “regalia” faz muito sentido. Uma mãe com bebê no colo ou carregando um moleque na barriga não pode ficar em pé por um tempão. Cadeirantes precisam de um caixa mais largo e mais baixo, velhinhos, como eu já disse, podem precisar de um apoio na hora de embalar as compras.

E o que fazer? Penso que TODOS os guichês de atendimento ao público tinham de passar a ser acessíveis e passar para a frente das filas quem o direito.

Acho que apenas aumentar o número seria uma solução paliativa, que duraria pouco tempo para ser problema de novo.  

Claro que vai dar flight, que vai dar confusão, mas algo é preciso ser feito. O que deveria ser uma “vantagem” para igualar está virando um suplício. Alguém tem mais sugestões?

Beijos nas crianças e bom final de semana!

Comentários

  1. Muito bom o texto. Parabéns. Infelizmente, esta é uma grande verdade que lidamos todos os dias, de ver e sofrer problemas e desrespeito, e as empresas e governos não prestarem mais atenção em pontos, que tenho como prioritários. Realmente: “tudo neste país não é feito por cidadania e sim por pressão da lei e da fiscalização, as empresas têm cumprido as regras de qualquer maneira, só para cumprir tabela mesmo…” Grande Abraço Jairo M.

  2. Olá!

    Recententemente estive em um supermercado (rede nacional) com minhas duas filhas, uma de 5 anos e a outra de 3 ano e entrei na fila preferencial, não por estar com duas crianças e também não pela maior, mas por q minha filha mais nova é hiper ativa e eu preciso segurar ela no colo para q ela não fuja e me dê despesas extras no mercado, se deixá-lá no carrinho o risco de ela cair é muito grande,
    então chegou uma mulher que era cadirante e me ofendeu por estar na fila, dizendo que minha filha não era deficiente e os funcionários do mercado intercederam por ela também me ofendendo,
    lembrando também q a senhora cadeirante estava acompanhada por uma jovem totalmente saudavel q foi quem fez as compras.

    Saí do mercado me sentindo péssima, jamais faltei com respeito ofendi ou deixei de ajudar, quando necessario, uma pessoa com necessidades especias.

    O tratamento dos funcionários foi lamentavel, e como muitos sitaram acima o segundo caixa preferencial estava desativado.

  3. Ola!

    Penso que toda a questão que foi levantada aqui em seu post é muito mais complexa que poderiamos pensar. Vamos começar com a imagem do idoso na sociedade? É simplesmente vergonhasa a forma como lidamos com isso no dia-a-dia, ja que os idosos são vistos e sentidos como “pesos”, como pessoas que nao sabem mais como lidar com essa sociedade que a cada dia está de uma forma diferente, nao existe respeito e todos querem usar dos beneficios “deles” para se beneficiar tambem.
    Já com relação as filas, o problema tem que vir de uma cultura, que o atendimento tem que ser visto com valor e nao com custos, já que analisando de uma forma geral, qualquer atendimento hoje em caixas são pessimos, alem da falta de profissionalismo existe tambem a falta da educação para receber e atender as pessoas da melhor forma possivel.

  4. Jairo, caríssimo, eis-me aqui depois de um longo e tenebroso inverno (exagero!!!!!!!!!!). Mais uma vez, vc acerta em cheio neste post. Criaram-se os caixas preferenciais e os assentos especiais, mas ninguém descobriu uma maneira de fazer com que as pessoas ditas “normais” (meu Deus, que horror!!!!) respeitem as necessidades dos outros. Até em cinemas que adotaram a numeração das poltronas há desrespeito indiscriminado contra mal-acabados (pois os seus lugares são sempre os piores) ou não mal-acabados. Sou super baixinha (pertenço ao Sindicato dos Pintores e Pintoras de Rodapé) e sempre escolho as poltronas mais longe da tela, pois se algum grandão sentar na minha frente o impacto é reduzido pela inclinação da sala. Entretanto no Reserva Cultural esta inclinação é menor e por isso sempre fico em lugares próximos ao corredor, pois assim posso me inclinar um pouco e ver o filme. E não é que um dia, um mal educado sentou-se no meu lugar e ficou ofendido quando eu, educadamente, o alertei que ele não estava na poltrona que escolheu. Se eu não tivesse discutido com ele, teria me sentado na poltrona ao lado da minha (a única que sobrou) e não teria visto nada porque um rapaz que tinha o dobro do tamanho do Bob Geldof (procure os vídeos do show Live Aid de 1985 o assista o filme The Wall para ver o “tamanhinho” do cara) havia comprado o lugar na frente do que teria restado para mim. Acho que há uma falta generalizada de educação e, para solucionar isso, a sua proposta é a mais adequada: caixas e lugares acessíveis para todos e a garantia de quem precisa mais possa ser atendido antecipadamente!!!!! E multa para quem desrespeitar a lei. O bolso é o órgão mais sensível desta gente sem educação! Mil abraços, Paula.

  5. Jairo adorei o mercado da Aline,realmente acredito que apenas dessa forma,pq tudo isso que ela relatou acontece mesmo….o ideal seria a boa educação em ceder a vez,mas como mesmo assim os aproveitadores de plantão abusariam,então que tal capacitar todos para atendimento e o caixa fazer a seleção de prioridade….bjs

  6. Olá pessoas… infelizmente no nosso país quem precisa de um atendimento diferente fica à mercê do bom senso e da educação de seus semelhantes, que deixam muito a desejar. Quem nunca ficou indignado por ver uma mãe com um bebê praticamente saído da maternidade na fila do banco pra pagar as contas, expondo a coitada da criança, que muitas vezes não foi vacinada, só pra passar “no atendimento preferencial”? Este tipo de exemplo repete-se com quem leva idosos ao mercado, banco… é o famoso jeitinho brasileiro (que vergonha!!!). Eu estou grávida e até os 5 meses tive uma “enorme” barriga do tamanho de uma azeitona rsrsrsrsr pra mim estava gigante, super visível, mãezoca de primeira viagem e super feliz com a barrigona, mas pro mundo não e por conta de todas as pessoas de má fé que existem (como disse o tio: elas vão lá pra baixo), toda vez que ia passar no caixa preferencial do mercado que uso há anos, a caixa não queria me atender enquanto não mostrasse a dita “carteira da gestante” juntamente com o RG. No começo fiquei meio chateada, mas depois entendi ( e presenciei situações) de pessoas querendo usar o caixa preferencial sem necessidade. Agora, mesmo com uma barrigona (agora é do tamanho de melancia) eu já chego mostrando a carteira. Achei bacana a firmeza do mercado de fazer valer os seis caixas preferenciais realmente pra quem precisa e não deixar zonear… mas é o único estabelecimento que vi isto, os outros preferem fazer vistas grossas pra não contrariar os clientes. bjks pra vcs

  7. O caso do hospital era o seguinte: sempre que vou fazer exames num laboratório particular ( ou em locais onde atendem laboratório e sus), existem 2 tipos de fichas: a “normal” e as prioritárias. Mas se são prioritária,porque nao encarregam uma pessoa para que encaminhe essas pesoas, cuide da papelada? NÃO, eles chamam toooodos do atendimento normal antes e SE lembrarem dos que tem fichas prioritárias eles chamam. Que tipo de prioridade é essa? Quis por este coment pra ficar mais claro.

  8. acho super justo!
    o pior é qd gente usa a preferencial sem precisar ne! essa semana uma mulher passou na frente de todo mundo dizendo q estava grávida, mas acho que tinha acabado de descobrir. super magra, se salto alto e tudo mais…

    1. Pois é… nesse caso, ele tem direito, né?! Mas a utilização me parece bem pouco cidadã….. 😉

  9. Ta na hora da gente, se unir e por mais que seja feio bagunçar e exigir tem coisas que só vai no grito, e nessas horas nada da gente baixar a cabeça e aceitar isso queto, é invadir pegar os nossos lugares, os temos por direito, mesmo que nos acusem de chatos, de cri cri, se é nossa a prioridade é e pronto, se ficamos quetos isso nunca vai mudar.

  10. O que eu quis dizer é que na plaquinha bastava estar escrito: caixa preferencial para pessoas com necessidades especiais e ponto! Quem não usasse o bom senso, seria convidado a se retirar pelos demais.

  11. Oi, tio!
    O erro começa pela plaquinha que diz que o caixa é para idosos, grávidas, mães com crianças no colo e pessoas com necessidades especiais… Oras, então é caixa para pessoas com necessidades especiais (inclusive as pessoas com deficiência).
    Realmente é exatamente o que acontece! Dois caixas preferenciais, mas um fica fechado!
    Concordo que os idosos e o povo malacabado estão saido mais. O que também acontece é que todo mundo é preferencial. Grávida sem barriga, criança grande, no colo do pai fortão, doida para ir para o chão e uns sexagenários saradões, bons para bater marreta! : )
    Quando reclamamos nossos direitos e a coisa esquenta (acontece mais na defesa das vagas), passamos por grossos, ficamos mal vistos, como nos relatou Amauri. Nem pensar em desistir da luta… mas tem hora que cansa, porque passamos por outras situações stressantes, alé dessas…
    Seria maravilhoso se a situação que Mara Gabrilli viveu no Japão, fosse a nossa realidade e em todo mundo!
    Então, bora dominar o mundo!!
    Beijocas

  12. Jairo, sempre leio o seu blog e com relação a filas prioritárias, acho que isso deveria acabar. Explico: Ficar em filas é muito chato para todo mundo, isso é fato, mas se a fila tiver acesso, cadeiras para as pessoas idosas ou com alguma dificuldade de ficar em pé sentarem, não vejo porque se passar a frente de ninguém. Nos vôos, nós cadeirantes temos que entrar antes ou depois dos demais passageiros, simplesmente porque demoramos mais para nos acomodarmos. Atualamente onde lugares em vôo são marcados, assim como lugares em cinemas, teatros e shows, não vejo porque temos que passar na frente de ninguém. Quanto a supermercado, se as passagens forem largas, cadeirante tem mais é que ficar nas filas, ou vai me dizer que o cara tem urgencias maiores que a dos demais mortais? Eu pratico o que prego, sempre que posso fico nas filas, só peço prioridade quando a minha deficiencia me coloca em desvantagem com os demais, ou seja, quando não há lugares marcados e eu não posso disputar com quem anda, caso contrário, fila é um horror, mas nós não somos melhores que ninguém e quem quer inclusão tem que aprender a se incluir também no que não é bom.
    Bjs para você.

    1. Maria, polêêêêmico seu ponto de vista ahahhahah… Acho que a prioridade nos voos é inquestionável. Se eu entro por último, tem sempre gente no corredor ajeitando mala, tem movimentação de comissãrios, tem confusão de malas. Sem falar que a mobilidade com o avião cheio fica mais complicada… então…. Acho que a prioridade faz muito sentido para idosos e mulheres grávidas… é de bom tom social, é de boa educação e ajuda na vida dessas pessoas…. mas eu respeito seu ponto de vista!!! Bjosss

  13. Oi, Jairo, em 09/1973, quando caí sentada na cadeira de rodas, palavras como inclusão e acessibilidade ainda não existiam fora dos dicionários. Meu raciocínio foi pragmático: eu mudei, mas o mundo continua igual ao que sempre foi. Acostumei a me virar nele. Porisso, geralmente, nem reparo em coisas q leio aqui, como essa dos “caixas prefereciais”. Dou uma olhada nos caixas e se o espaço dá pra passar, mesmo apertadinho, eu passo. Aí é q acontecem histórias engraçadas, como num dia q um cara queria q eu saísse de um caixa, q tinha um cliente na minha frente, já pagando a conta, e fosse pra fila “especial” , q segundo ele era a minha, mas q tinha umas 4 pessoas esperando.
    Eu disse q não ia e q “minha” caixa era a q eu quisesse.. Claro q o folgado queria q eu saisse pq ele estava atrás de mim e minha compra era grande. Mas estou contando isso pq fico imaginando a confusão q seria se todos os caixas tivessem q dar preferência aos defs, idosos, etc..
    Bjs

    1. Eliane, eu tb uso os caixas “normais” qdo acho que caibo ali… Mas tb faço valer meu direito, antes que alguém ache que não fazemos mais jus a ele!!! Bjosss

  14. Eu já caí no chão por não me deixarem usar a fila preferencial. Quem é que acredita que eu não consigo ficar mais que 10 minutos em pé, sem apoio, né? Ter deficiência invisível dá nisso…
    Tenho contado com o bom senso das pessoas. E fico feliz em dizer que aqui em Porto Alegre o povo tem sido bem compreensivo com a minha pessoinha.
    Bjs

  15. Jairo, me perdoe, confundi você com outro jornalista, mesmo que seja de SP, por ter uma visão pela “causa” sinta-se convidado pelo nosso portal.

    Obrigada e me perdoe pela confusão.. rs
    Grata,
    Cristiane

  16. Concordo plenamente Jairo. Não sou “malacabada” mas sensível à necessidade que algumas pessoas possuem.

    O problema exclusivo da acessibilidade nos aeroportos é da Infraero. Eles fazem a vida de todos nós pior.

    Deveríamos exigir que o governo deixasse de interferir na vida civil e que o controle dos aeroportos passasse à iniciativa privada.

    Nosso código de direito do consumidor é muito forte e nos protegeria da perversidade do tratamento da “Infernoero”.

    E, falando de tudo um pouco, Srta Seco deveria ser mais humilde e entrar na fila comum. Nossa culpa porque nossa bajulação faz esta gente acreditar que merecem atenção especial. Muito feio da parte dela.

    1. Eu penso que a Infraero é uma das piores empresas públicas desse país… um órgão lamentável e tremendamente incompetente.

  17. Olá Jairo, tudo bem?

    Adorei a sua matéria!! Gostaria de saber se quer fazer parte do time de colunistas do nosso site, voluntariamente?

    Nossa equipe é do Rio e de SP e infelizmente não tenho nenhum representante do Estado de Minas Gerais para relatar os fatos e agendas para as pessoas com deficiência, doenças raras, acessibilidade, inclusão e educação especial. Se se interessar, favor me responder no email: cristiane@tudoparapcd.com.br

    Agradeço a sua atenção.
    Crismay

    1. Oi Cris, tudo bem?! Fico agradecido por seu convite…. mas, na Folha, temos contrato de exclusividade! bjosss

  18. O problema das filas preferenciais acontece em cidades pequenas e méidas, como a minha também ( uns 110 mil cabeços). Geralmente nos mercados ou lojas, bancos até tem um caixa pra fila preferencial, mas sabe quantos funcionários trabalham nesse caixa? Um. Que geralmente não está. Ou foi na casa da tia-avó u está ajudando os demais caixas “porque o preferencial ninguem usa”. E tem ainda o problema das fichas preferenciais, tipo em exames. Eles chamam toodos os outros antes e SE lembrarem dos que tem a ficha preferencial eles te chamam.

  19. Bão, tio, dependendo da situação acaba sendo um tiro no pé. Quando eu tava tentando me aposentar, tive que ir até a agência da previdência um monte de vezes. Se inventassem uma fila só pros véio ia dar briga e os menos véio iriam achar uma maravilha. Imagino que deve prevalecer o bom senso em qualquer situação, apesar de defender a manutenção dos caixas especiais. O que não pode é deixar os caixas ociosos pela ausência de um funcionário.
    A propósito: congonha é a nossa popularíssima erva-mate.

  20. Eu detesto, evito, FUJO de atendimento preferencial 90% do tempo. Mas, as vezes, uso porque preciso que a(o) atendente tenha um mínimo de paciência pra eu entendê-lo. Sabe o que rolou? Com o IC, minha leitura labial vem perdendo qualidade, porque o cérebro vai passando a compreensão da fala do cortex visual pro auditivo, mas o IC não consegue filtrar o suficiente os sons em locais barulhentos e eu venho penando pra entender em algumas situações.
    É normal me olharem com cara de nojo, mas atendente de fila comum, apesar de ser da mesma raça do atendente de fila prioritária em geral, tem menos boa vontade.
    Quanto a aeroporto, eu desencanei de atendimento especial, mesmo correndo risco de perder o vôo de tão aberração que me senti com esse atendimento. Na real, não foi aberração, me senti refém dos atendentes.
    Mas, EU tenho essa opção, né? E quem não tem? Aff
    Beijos

      1. Acho que já falei por alto, mas é esperado, viu? Avisam que a leitura labial pode perder qualidade quando a gente entra pro programa de IC (os de boa qualidade, né?).
        Texto especificamente sobre isso, nunca fiz não, pq eu só percebo isso quando tô de IC desligado ou em locais muito barulhentos…
        Beijos

  21. Nossa, eu já tinha notado isso… Em supermercado, vale ir para a fila “normal”, ou então sentar e chorar… kkkkk
    E no aeroporto, uma vez, estava eu com amigos e a Sofia, quando uma apresentadora nem tão famosa assim ficou nos encarando… Quando chamaram os passageiros com embarque preferencial, ela correu, atropelou a mim e a Sofia e entrou, com o marido e a filha (todos andantes, sem problemas aparentes).
    Daí eu e a Sofia sentamos na primeira fila, ela na fila de trás, reclamando o tempo todo. Certa hora, chamou a aeromoça para dizer que conhecia o dono da companhia aérea e que ia reclamar do atendimento, que havia ganho as passagens e blá blá blá.
    Bem, fiquei mais irritada ainda, porque ela nem tinha pago, né? Bem, mas eu estava indo para um resort na Bahia, não ia ficar me estressando. Eis que, na volta, quem pega o mesmo avião???? Bem, pelo menos na volta ela não teve coragem de empurrar a Sofia, só ficou olhando feio.
    Ai ai… Mas concordo com seu argumento: todos os caixas devem dar atendimento preferencial e estar aptos a atender com agilidade quem PRECISA de agilidade, porque não é luxo.
    Beijos

    1. Dê, fiquei beeeege com essa história…. e vc resistiu a falar um baita palavrão… isso é que é resignação ahahhaha… bjosss

  22. Além do atendimento ser uma zona, como você mesmo disse, tenho me deparado com situações onde mulheres levam suas “crianças de colo”, com aproximadamente 5 ou 6 anos juntamente com as irmãs e cunhadas para realizarem suas compras. E elas ainda reclamam se demora!
    Um grande hipermercado de Sorocaba alterou os caixas especiais de local e agora eles ficam pertinho da fila de “até 20 volumes”. Imagina a zona que é!! Fora que muitas pessoas tem dificuldade de entender a placa de Caixa Prioritário, né?! Agora além das vagas, teremos que brigar pelos caixas… oh vida!! rsrs

    1. Noemia, eu já vi tb mães com “bebês” até maiores…. Gzuis, onde vai a capacidade do brasileiro de passar os outros para trás, né?

      1. E aquelas pessoas que levam a vovó e deixam no carro só para estacionar em vaga para Idoso? Largam a vovó como se fosse cachorro e vai às compras!

  23. perfeito, se todos os caixas forem acessíveis, acredito que 50% do problema esta resolvido! As pessoas que realmente forem atendimento prioritário passam primeiro, simples, neh!!!
    Olha, talvez ate cause uma polemica o que vou dizer, mas eu acho que se o caixa for totalmente acessivel, um cadeirante por exemplo pode esperar na fila sem passar na frente! Uma vez li uma reportagem da Mara, ela estava no Japão, em uma fila para almoçar e quis passar na frente, não deixaram, falaram pra ela, aqui tudo é acessivel, a senhora não terá nenhuma dificuldade, portanto ficara na fila igual todo mundo! adorei, isso para mim é a verdadeira inclusão…lógico, que gravidas, crianças de colo,e outros tipos de dificuldades devem passar na frente! Tô errada? bjussss

    1. Acho esse raciocínio perfeito! Se eu conseguir passar com minha cadeira em todos os caixas, não preciso de passar na frente de ninguém. Beijosss

    2. Faz todo o sentido… Uma pessoa em cadeira de rodas pode ficar na fila; um muletante não dá conta…

      Mas quero repetir o que o Jairo disse: “Como tudo neste país não é feito por cidadania e sim por pressão da lei e da fiscalização, as empresas têm cumprido as regras de qualquer maneira, só para cumprir tabela mesmo”.

      E isso é grave, pois, seja qual for a metodologia utilizada, os problemas continuarão existindo, não acha não, Jairão?

      Numa situação como essa que a Mara passou, será que no Brasil o povo teria conhecimento ou bom-senso para decidir quem pode esperar e quem não pode?

      Certa vez, na fila para renovar a carteira de motorista, no setor de exames especiais do Detran de Belo Horizonte, quase morri de raiva. Estava usando órtese na perna e bengalas (ainda não me locomovia com cadeira de rodas), e não havia o menor bom senso dos servidores para organizar a fila. O resultado é que eu fiquei um absurdo de tempo esperando em pé, junto com gente que tinha uma deficiência no braço!!!!! Pode?

      Quando perguntei à atendente se não havia prioridade, porque eu não dava conta de ficar muito tempo em pé, ela disse: “Pode sentar nas cadeiras ao lado, mas aí vc vai perder o lugar na fila”. É mole?

      Pois é, ainda estamos engatinhando nessa matéria… Mas alguém tem de colocar o dedo na ferida. E admiro vc por isso, Jairo!

      Abração e meu apoio!

      1. Laura, é uma pena que as grandes empresas desse país não puxem a fila do exemplo, da cidadania, do fazer direito, não é?! Então, da-lhe multa, da-lhe cobrança de impostos … bjos

  24. Essa questão é um tanto complicada. Entendo as prioridades, mas os estabelecimentos precisam de organização. Certa vez, num atendimento pós-consulta de um hospital, fiquei mais de duas horas na fila porque eles atendiam pacientes prioritários, somente. Não havia um balcão específico para isso e os demais pacientes que saíram prejudicados.

    Já sobre essa questão dos aeroportos (que já são um caos naturalmente), as companhias aéreas consideram clientes prioritários não só aqueles “malacabados”, grávidas e deficientes, como também os portadores de cartão de milhas “gold”, “diamante”, “platinum”, “black”, ou qualquer outra pedra, metal ou cor diferente.

    1. Raphael, legalmente, essa prioridade que vc cita não tem valor. Não é possível misturar e é contra regulamentação da ANAC. Sobre o lance do hospital, eu avalio que prioridade é algo muito delicado, pois ali tá todo mundo no mesmo barco, não é?! Então, que se respeite a triagem de quem está mais ferrado para ser atendido antes… Abração

      1. Sempre acompanho minha irma nas consultas no Hospital AC Camargo. Lá não tem prioridade, o atendimento é por ordem de chegada e para tudo tem que tirar senha.Nada mais justo, pois como avaliar quem tem prioridade nesse Hospital?

  25. Oieee .. olha eu aqui .. rs

    Pois é Jairo .. essas “regalias” estão ficando cada dia mais dificeis .. as filas tem de tudo um pouco .. os bancos reservados nunca estao vagos .. as vagas então nem se fale .. É uma luta constante para mudar .. Eu faço cara feia .. e reclamos mesmo .. brigo pelos direitos dos outros .. mesmo sem ter sido chamada .. rs .. Mas realmente é preciso que seja feito algo o quanto antes .. pq daqui uns tempo a coisa vai estar crítica .. rs .. Beijoooosss .. Saudades de todos ..

    1. Importante a gente botar o debate na roda…. ver o argumentos das pessoas para abrir caminhos de possibilidades, não é?! Bjoss

  26. Olá Jairo, estava pensando justamente nisso. Não sei se as prioridades aumentaram (mais deficientes ou idosos saindo por ai) ou se a cara de pau típica dos brasileiros está cada vez mais saliente.
    Outro dia no meu serviço, a supervisora de administração veio me consultar se lactante tinha direito a vaga especial no estacionamento. Pode uma absurdo desse? Eu respondi que ela ate pode ter um atendimento prioritario, mas dai a querer vaga especial vai plantar alface ne? Pior é que ela queria a vaga especial e gritava com o vigia, tem dó né?
    Sobre a prioridade, a falha esta na Lei mal redigida, que cita caixa exclusivo, o que é uma grande roubada. Atendimento preferencial nao é isso.
    Quanto a aeroportos, o Bernardinho, tecnico do volei ja recusou passar na frente dos demais passageiros, mas evidente que a Debora, deve se achar very very VIP não?
    Beijos e bom fds.

  27. Eita mininu xiqui…cempre viajano de urubuzão daqueles que tem que pagar pra comer né????? Tiiiio c o c tá recramano das fila de esgualepado e seres idoso como eu nos mercado de jente rica que o c compra, vô ti cntá uma coisa: vai compra num atacarejo qualquer, QUALQUER um, atacadão, assaí, roldão…o c escolhe, aí sim o c vai vê o que é zona de verdade….todo mundu já me conheci nesses lugá…cada dia é uma encrenca…kkkkkk. Ascaixas dizem que quando não tem ninguém elas tem que atender os NORMAIS…craro, concordo, afinar num pode ficá sem fazê nada qui nem eu né??? MAS, MAIS e MÂS…..qdo a fila dos caixas especiais tá lotadaaaaa, como sempre está, e chega um esgualepado ou um(a) Sr(a). pra fila quem disse que alguém deixa a preferência pra quem é de direito???????? Nem Fú…..e a mossa do caicha diz ançim: Eu não podo fazer nada……Entonces lá vai o otávio, digo otário aqui arrumar encrenca…..é TODO DIA…kkkkkkk ninguém me aguenta mais…quem çabe um dia eles aprende…ou eu canso….Bom FDS. Bjundas.

    1. Vou torcer muito para que vc não se canse…. é tudo o que não é cidadão quer… a canseira de quem luta por seus direitos!!!! Abrasssss

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