A foto que faz história
Na semana passada, a fotógrafa Marlene Bergamo, da Folha, conseguiu entrar para a história das conquistas das pessoas com deficiência no Brasil…
“Aí, tio, você é mais exagerado que refrigerante de dois litros e meio”… 😀
Povo, é papo sério. Para o leitor comum, poderia ser só mais uma bela imagens ou uma imagem bem simbólica, para mim e para quem está na batalha da inclusão, é uma fotografia inédita e cheia de significados de mudança social.
Sim, sim, vou explicar. Trata-se de uma reportagem de Cláudia Collucci sobre uma estudante da USP (Universidade de São Paulo) que acaba de concluir um curso de doutorado.
Ah, sim, o detalhe? Ela é tetraplégica e se comunica apenas por meio um programa de computador. Seu estudo envolveu crianças ‘malacabadinhas’ também com dificuldades grandes de comunicação.
A historia completa da arte-educadora Ana Amália, vocês podem conhecer clicando no bozo.
Mas, o que chamo atenção, é essa imagem abaixo, que foi publicada no alto da primeira página da edição de 09 de maio, a última quarta-feira.
Em quinze anos que estou no jornal, nunca havia visto taaaanta cadeira de rodas em sua página mais nobre. Isso é indicativo de grandes mudanças, minha gente.
Há mais pessoas preocupadas com acessibilidade, há mais senso crítico de não ficar achando que há “sensacionalismo” em uma foto que é super sensível: uma professora e seus alunos.
Enfim, queria deixar isso registrado no blog… E dar um parabéns à Marlene, de quem sou fã!
Hummmmm… mais uma coisa? Quando foi a última vez que vocês viram um “repórti” em uma cadeira de rodas entrevistando duas mulheres, mães, também cadeirantes?
Num lembra? Bate o olho no vídeo aí de baixo!
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Oba, seja muito bem vindo! Abraços
Jairin, adorei a foto, a notícia e a reflexão que vc provocou.
Um beijo do sul.
Outro beijo!
Jairo;
Aos poucos estamos conquistando nosso espaço. Com educação vamos mais rápido. Meu filho de 4 anos já se preocupa quando é convidado para os lugares se tem acesso para o pai.
Seu filho vai ser um cabra arretado, com certeza, Andrezim!
Dou minha cara a tapa se não apareceu um idiotinha dizendo que a Folha ‘apelou’ ao publicar a foto na primeira página.
De parabéns Cláudia e Marlene, pela bela reportagem conjunta que fizeram.
A Ana Amália é um tapa na cara em forma de mulher, simboliza a vitória da determinação contra aquilo que chamamos de impossível.
Mesmo tendo faltado a Flavinha, a entrevista com a Tati e a Carol ficou excelente. Tem uma coisa que não entendi direito: tem gente que acha que os deficientes procriam para terem no futuro quem pegue objetos no chão para eles? Existe gente assim? PQP!
Gostaria muito de ler a tese da Ana Amália. Já foi publicada ou está disponível?
Negão, boa pergunta… vou procurar e te respondo.. abs
Ai Jairo, mais uma bela matéria, mostrando que estamos saindo do anonimato. Amei…
Beijos!!
Sabe que isso me fez pensar mesmo? Acho que pra quem nos vê como diferentes, acho que até isso, essa demora dos avanços sociais no país estamos incluídos: as conquistas demoram mas chegam pras mulheres, demoram mas chegam aos poucos pros gays, demoram mas chegam aos poucos pros trabalhadores, demoram mas chegam pra nós deficientes,estamos incluídos mais do que muitos pensam, até no pior do país, mas é melhor do que ser invisível. Abraço e boa semana!
Mas a gente tem que se esguelar um pouquinho ou não é ouvido!
Jairo, que bela leitura da realidade! Apenas retinas mais sensíveis conseguem isto! Boa semana querido, beijão!!
As suas são muuuito mais bonitas! 😉
Fantástico! É isso.
Uhrúúú
Pois é Jairo, trata-se de um grande passo para combater a “invisibilidade” à qual se refere Marlene. Parabéns a ela e aos profissionais da Folha! bjs
É histórico mesmo!!!! Se fosse cadeirante comum, tudo bem, mas são paralisados cerebrais junto com a professora pior q as crianças pcs! É a 1ª vez q vejo isto! Legal mesmo! bjs
Na hora que vi a imagem pensei em vc, Su!