Tombaço!

Jairo Marques

Havia um tempinho eu não levava um capote… 🙁, mas aconteceu neste final de semana… e foi um fuzuê daqueles… (quer lembrar tombos antigos que tomei, né? Clica no bozo)

O ‘complicoso’ de cair, no meu caso, é que os ossinhos, por serem pouco estimulados e igualmente os músculos, articulações, doooooem pra burro quando rola uma torção, que foi o meu caso.

 “Tio, mas contai como foi pra mode a gente dá risada!”

Tava eu todo pimpão tomando o meu banho quando fui me transferir da cadeira de plástico, que boto debaixo do chuveiro, para o meu cavalo de rodas, algo que faço rotineiramente.

Pois numa distração, a mão escorregou do ponto de apoio, me desequilibrei e fui de cara, pelado, pro chão… Catabruuuum….

Claro que depois eu fui entender melhor o motivo do escorregão. No sábado pela manhã, eu fui levar minha cadeirinha para uma revisão, apertar umas porcas, dar um ajuste nas carrapetas… 🙄

Então, havia ela estava lubrificada com óleo por todo canto, logo… Foi batata…

 

Na imagem, a cadeira do tio toda desmontada, enquanto o técnico aperta parafusos e tudo mais.

Olha, gente, foi ridículo… 😯 . Um brucutu caído no box do banheiro, todo dobrado. Para minha sorte, a mulher estava em casa e logo apareceu para me acudir.

Aqui fica uma dica: gente mais vulnerável como os ‘malacabados’, os idosos, os meninos meio lelés, meio desequilibrados precisam deixar sempre a porta do banheiro destrancada para casos de emergência.

Minha deusa olhou pra mim e num sabia se chorava ou se botava a mão na cabeça pensando: “Ai, caraca, o que eu faço com isso agora….” 😥

Meu pé direito se dobrou e era uma dor encardida. E sempre esse ‘mardito’ que se lasca em minhas quedas. O bicho já tá mais torto que os prédios da orla de Santos…

 

Pezinho do tio, todo enrolado, pra mode parar de doer!

Agora me digam: o que fazer com um ‘parão’ que tá goooordo esparramado no chão? Quase a gente chamou um guindaste de uma obra aqui do lado de casa, mas pensamos que era expor muito a minha figura… 😕

Toca arquitetar um plano para me arrancar do chão (minha mobilidade não é tão bacana ao ponto de eu conseguir trepar de volta na cadeira e, com o pé ‘dilorido’, menos ainda).

Catamos uma toalha, a mulher me puxou até próximo da cama, que é mais baixa, e aí sim, conseguimos (mais ela me içando do que eu fazendo força) fazer o resgate.

Minha perspectiva, sentado na cadeira, do meu pé enfaixado

 Se eu tivesse sozinho, acho que até agora tava pelejando para me enroscar em alguma coisa pra sair do chão. Sem falar que eu teria pegado uma bela de uma friagem, afinal, tava com a bunda de fora, né?! 😳

 

Perspectiva de frente, comigo sentado na cadeira, do meu pezinho dodói!

 

O meu pé ainda tá ‘dilorido’ pra caramba (vai ser duro pra eu fazer minhas caminhadas 😥 ), mas num tive nenhum prejuízo (a mais) na cachola nem em nenhum outro lugar do corpo.

Acho que tá tudo bem e vou sobreviver!

Comentários

  1. O negócio foi feio mesmo, né? Deu pena de ti porque machucar mãos e pés é terrível. Sei lá, parece q demora mais a sarar. Jairo, eu imagino que você deva estar tomando anti-inflamatórios e talz, mas vou te emprestar uma dica maravilhosa: sebo de carneiro. Já ouviu falar? É melhor que qualquer pomada “de farmácia”. O cheirinho é diferente, mas não chega a ser repugnante. Derrete uma porção em banho maria, espera esfriar um pouco e, claro, pede pra alguém fazer a massagem nos teus pés. A melhora é rapidinha. Abraço e juízo. Para de ficar caindo no banheiro.

    1. Eu não tenho a menor dúvida que deva ser bom… mas onde eu sou encontrar sebo de carneiro, gzuis?! ahahahaha…. abração

  2. Eh Jairão! A palavra tombo, expressa exatamente como a gente se sente: caidasso.Qdo acontesse, nos momentos seguintes, me da uma tristeza danada. Estou bolando um projeto, junto com minha irmã arquiteta, de um quarto adaptado tanto muletante qto p cadeirante.É um troço muito esquisito para quem é normal, mas assim que estiver mais adiantado te chamo para vir ver a maluquice. Abraço

  3. Jairo, seu pé ta bem feio Heim! e voce ainda faz piada. Eta cara bem humorado, rí da própria desgraça. Preciso aprender a fazer isso com meus milionésimos problemas.
    Juro que não achei graça, porque quando a gente gosta muito da pessoa não consegue rir, mas sim quer saber? Dá dò.
    Fique firme e sare logo.
    Graças a Deus não foi a sua cabeça que foi prejudicada.
    Lembra do meu marido que foi parar no Hospital por causa que recebeu na cabeça um vidro da fachada de um prédio?
    O médico disse que ele está bom mas só eu sei como o homem ficou bravo. Tudo é motivo para briga. Acho que vou curar ele na base da gelada. Mas não pense em cerveja não.
    Bjs,
    Beijos meu querido

    1. Ôh, querida, não fique preocupada… tô sarando! E eu sou sempre meio amalucado … com humor a gente passa uma mensagem bacana também! 😉

  4. Acho que o depoimento da Thathá sintetiza tudo: você contou a história pra mode a gente dar risada, mas eu não consegui achar graça. Você deve se lembrar do relato em meu blog quando passei aperto no chuveiro, com o pé imobilizado por uma bota. Foi legal, foi divertido. Mas, por algum motivo, a imagem de seu pé enfaixado não me causou nada além de alívio porque a Thaís existe, ama você e estava lá na hora. Eu me senti mal porque, mesmo conhecendo você e sua formidável fortaleza, a imagem de seu pé enfaixado me passou uma mensagem de – veja que foi só um sentimento meu – fragilidade.
    A gente brinca, faz piada e o escambau, mas tem hora que o espírito não tá pra brincadeira. Eu tô mais ou menos nisso, você sabe o tanto que eu gosto de você e da Thathá e torço pela felicidade de vocês. Sabe também que tô na luta há algum tempo e sei, mesmo sem viver no dia-a-dia, as dificuldades das pessoas com deficiência deste triste país. Brigo feio, vou ao MP, solto os cachorros, mas normalmente levo na valsa. Desta vez, acho que tô mais chato que o normal, porque não achei graça nenhuma. Foi mal.

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