Eles acreditam!
Sempre deixei claro aqui no blog que sou contra quem faz propagandas de “voltar a andar” como se fosse algo simples, tipo abrir um vidro de azeitona.
Sou crítico em relação a vendas de ilusões para situações que a medicina ainda não enxerga solução, de métodos milagrosos sem nenhuma comprovação científica, de ampla exploração da ‘esperança’ diante de uma realidade já bastante determinada.
Cada vez que vejo nas redes sociais gente desesperada para buscar um tratamento de células tronco xing ling na China ou que abre uma ‘vaquinha’ para ir a uma clínica revolucionária nos EUA, até respiro fundo…
Uma vez, minha amiga Tabata Contri me disse que cada ‘malacabado’ precisa ter sua descoberta de até onde é possível apostar, até onde buscar uma “cura”, até quanto investir em um caminho já trilhado, sem sucesso, por outros.
“Credo, tio, você é muito cético! A gente não pode ter esperança na vida?”
Claro que sim, meu povo. A fé, a força interior, as redes de energias humanas, não tenho dúvidas, provocam verdadeiras revoluções e mudam realidades. Mas há também a realidade, há também a crueza da complexidade de reverter uma deficiência física ou sensorial.
Toda vez que um “serumano” aposta suas fichas em uma novíssima “solução revolucionária”, caso não tenha sucesso, é um novo processo de reconstrução de si mesmo e daqueles que torcem por você.
Bem, estou dizendo tudo isso porque, à distância, acompanhei a história de uma garota belíssima, Fernanda Fontenele, que foi vítima de acidente, entrou para o time dos ‘estropiados’ das pernas e resolveu buscar auxílio nos Estados Unidos, em um processo de reabilitação chamado “Projetc Walk”, algo como “Projeto Andar”, em português.
De forma bem grosseira, o processo consiste em exercícios específicos intensos, fisioterapia e desenvolvimento muscular para a reconquista dos movimentos perdidos por lesões medulares, que podem afetar, em alguns casos, a quase totalidade dos movimentos.
Pois ela foi, conquistou o que considera ser melhorias várias de movimentos, conheceu o marido, o Felipe Costa, e juntos voltaram ao Brasil e criaram a clínica de reabilitação “Acreditando”, baseada no modelo gringo.
“Após a experiência por alguns centros de reabilitação tradicional para lesão medular, vimos no Project Walk a chance de trazer aos lesionados medulares do Brasil a possibilidade de recuperação por um método diferenciado e específico. Consequentemente, mudando a filosofia tradicional, pois viram que a recuperação de uma lesão medular é possível.
O Acreditando oferece os recursos mais atuais e específicos no que diz respeito ao trabalho de recuperação física para lesão medular, além de ser o primeiro centro avançado e específico de recuperação de lesão medular no Brasil e a primeira franquia do Project Walk na América Latina.
Em nosso centro utilizamos o método Dardzinski criado em 1999 pelo educador físico Ted Dardzisnki (fundador do Project Walk), que é baseado na combinação de exercícios intensivos e atividades restaurativas que estimulam o sistema nervoso em disfunção com o objetivo de reativá-lo e reorganizá-lo.”
Pois a Fernanda aceitou o desafio de responder minhas perguntas mais capciosas, mais duras e mais diretas para que, legitimamente, quem optar pelo método o faça de forma bem consciente, bem clara de suas reais dimensões e possibilidades.
Acho que meu papel como blogueiro desse mundo ‘malacabado’ é também divulgar aquilo que provoca o interesse intenso do público, mesmo que eu, pessoalmente, tenha minhas restrições, minhas dúvidas.
Acho que vão curtir demais a entrevista, que está muito esclarecedora, curiosa e interessante!
🙂
Blog – Diante de tantas prioridades na reconstrução da vida de uma pessoa com lesão medular, voltar a andar não é quase um capricho, uma vaidade?
Fernanda Fontenele: Após uma Lesão Medular, a pessoa encontra-se numa situação completamente diferente, com limitações físicas que dificultam sua independência de forma geral. Num primeiro momento, é de extrema importância que ela se reabilite e aprenda como ser o mais independente possível nessa nova condição. Contudo, a grande maioria das pessoas com lesão medular buscam além da independência na cadeira. Buscam saúde, assim como trabalhar o corpo de forma global. Apesar da visão tradicional que muitos pensam sobre a Lesão Medular, há os que acreditam no processo de recuperação das funções perdidas. Esse processo ocorre comprovadamente não apenas pela experiência do Project Walk, mas cientificamente. O processo de recuperação, obviamente, ocorre de forma diferente em cada organismo e dependendo da lesão. Portanto, voltar a andar de forma alguma é um luxo, pois faz parte do processo de recuperar o que foi lesionado, assim como recuperar outras funções.
Blog – Por que os processos que envolvem o método são tão caros?
Fernanda – Por sermos um centro especializado em lesão medular, nosso espaço é composto de equipamentos diferenciados, assim como possuímos profissionais especializados na técnica de recuperação em lesão medular. A manutenção do centro, os direitos autorais para o trabalho com um método importado e o custo da formação desses profissionais nessa técnica em outro país, resultam no valor do tratamento. O objetivo de trazer um centro como este para o Brasil, é justamente aumentar as possibilidades de acesso a esse tratamento, já que fazer parte desse programa nos EUA é uma realidade distante para muitos. Como um centro privado, e sem ajuda de outras organizações torna-se inviável a redução do valor do programa.
É comum em outros países a formação de ONGs para custear o tratamento de pessoas que não tem possibilidade de custear o tratamento, já que o governo não oferece esse tipo de tratamento mais específico e em longo prazo. Essa prática ainda é pouco frequente no Brasil. Mas muitas pessoas já conseguiram realizar o tratamento no “Acreditando” dessa forma.
Além disso, de forma geral, a relação valor/hora de uma fisioterapia particular ou mesmo um programa personalizado de atividade física não é inferior ao valor da hora do nosso programa.
Blog – Alguns fisioterapeutas avaliam que a técnica é basicamente fortalecimento do quadril que, por sua vez, ajudaria a jogar as pernas para a frente…
Fernanda – De forma alguma. Interessante que grande parte dos profissionais da saúde no Brasil colocam sempre uma barreira para novas abordagens e técnicas antes mesmo de compreender e pesquisar melhor quais são os fundamentos e embasamentos das mesmas. O método Dardzinski, desenvolvido pelo Project Walk há mais de 10 anos, é baseado em um programa de exercícios físicos intensivos, associado a técnicas e equipamentos que estimulam os segmentos acometidos pela lesão. E todos os componentes da técnica já são comprovados e embasados por pesquisas científicas. Exatamente por isso, em uma década de trabalho e experiência em lesão medular já existem mais de 14 centros certificados e 17 profissionais especializados nessa técnica pelo mundo. Países como EUA, Canadá, Brasil, Espanha, Austrália, Japão, Noruega, Irlanda, Suíça e Inglaterra, o que evidencia que o crescimento de novas abordagens na recuperação de uma lesão na medular é uma necessidade e realidade internacional e não exclusiva do Brasil.
Nós trabalhamos sim com a força de tronco e o controle de quadril, assim como todos os segmentos afetados de acordo com o nível da lesão medular, buscando dessa forma estimular todo o corpo abaixo da lesão e não apenas tronco e quadril. Além disso, qualquer profissional da aérea sabe que força e controle de tronco e quadril são essenciais para a marcha, isso não é um segredo da nossa técnica.
Blog – Em várias vídeos divulgados sobre o método percebe-se um ajudante dando sustentação na parte inferior da perna e dando um empurranzinho na hora de caminhar. Isso não é meio enganação?
Todos os trabalhos que envolvem treino de marcha em lesão medular, envolvem assistência por terapeutas ou mesmo equipamentos robóticos durante esse treino. Não apenas para pessoas com lesão medular, mas para outras patologias que envolvem déficits de membros inferiores como por exemplo, pessoas após um AVE (acidente vascular encefálico). O objetivo de assistir os movimentos da marcha é justamente estimular o reaprendizado desse movimento no sistema nervoso central, buscando cada vez mais o movimento ativo e a participação dessa pessoa durante o andar. Nosso objetivo não é realizar o movimento integralmente pela pessoa, mas sim ajudá-la nos movimentos que ainda existem dificuldades ou mesmo que estão ausentes.
O treino de marcha apenas é realizado quando a pessoa mostra início de habilidades para atividade, por menores que essas habilidades sejam. Quando o objetivo do treino de marcha é apenas estimular o sistema nervoso central de forma passiva, esse treino é realizado necessariamente com suporte do peso corporal e a ajuda dos profissionais, e sempre de forma clara com nossos clientes que é apenas uma forma de estimular seu corpo e não ainda um objetivo do programa.
Blog – Você e seu marido, além de sócios na clínica que promove o método no Brasil, são pacientes dela. Como foi esse processo de trazer a técnica para cá e que benefícios concretos atingiram até agora?
Fernanda – Eu e o Felipe estávamos há um ano na Califórnia fazendo o tratamento no Project Walk e estávamos pensando em retornar ao Brasil. Daí então, vimos além de uma necessidade de continuarmos nosso tratamento, uma possibilidade de outros brasileiros usufruírem do tratamento sem precisar se deslocar até outro país para isso. Vimos também – a necessidade de um tratamento específico para os lesionados medulares e vimos a oportunidade de trazer para o nosso país uma nova filosofia, uma esperança e principalmente um método que tem estudos comprovando a sua eficácia. Toda a iniciativa foi nossa, sem apoio financeiro de organizações, inclusive a capacitação de nossos profissionais, equipamentos, etc. O mais interessante para nós, que também somos clientes e usufruímos do método, é a certeza de que este é o caminho para a recuperação, pois o tempo total de tratamento é muito pessoal. O que vemos é que as evoluções acontecem pequenas ou grandes. Devido à minha lesão ter sido na cervical, (C6-C7), desde que comecei a fazer este método ganhei movimentos e fortalecimento nas musculaturas que foram estimuladas, tanto de tronco, quanto das pernas e pé, me possibilitando já ficar em pé por algum tempo sem nenhum auxílio. Assim como o Felipe, que com sua lesão (L1), teve um aumento de atividade nas pernas, como por exemplo, contrações nos quadríceps, adutores, abdutores, glúteos e fortalecimento das mesmas, também conseguindo manter-se em pé por certo período de tempo.
Blog – Por que uma fisioterapia bem feita não atingiria os mesmos resultados?
Fernanda – A grande diferença entre o método que utilizamos e a fisioterapia convencional é o trabalho dos especialistas em observar os potenciais de recuperação abaixo do nível de lesão medular e trabalhar nesses segmentos com estímulos e atividades corretas, diferente da fisioterapia convencional que trabalha apenas o que ficou preservado após a lesão. Além disso, são poucos os centros de reabilitação e profissionais que podem oferecer um tratamento específico para lesão medular com a intensidade necessária para que ocorra o processo de recuperação.(neuroplasticidade/neurogênese)
A importância de alguns componentes do método como intensidade, repetição e variação, estimular o sistema nervoso central e mantê-lo ativo, exercícios com descarga de peso, entre outros são comprovados pela comunidade científica já há algum tempo e não foram inventadas pelo nosso programa de tratamento.
Blog – Nunca vi uma pessoa com lesão medular já definida voltar a andar, a não ser em ficção. É mesmo possível?
Não só é possível, como é uma realidade. Sabe-se que a recuperação total após uma lesão medular, depende de muitos fatores, como extensão da lesão e tempo de lesão, abordagem cirúrgica e médica pós-lesão, abordagem física, e características individuais inclusive genéticas. Contudo, cabe a nós acharmos profissionais da área da saúde que buscam as ferramentas que estão ao alcance para proporcionar a melhor intervenção possível nesse processo de recuperação.
O que não podemos é nos contentar sempre com as mesmas técnicas, sem buscar o que existe de mais atual e dessa forma subaproveitar os potenciais de ganhos de pessoas que buscam nos programas de reabilitação e recuperação o melhor para si. Não é milagre, não é fácil, pois nos exige muito esforço físico e não temos como garantir nada para ninguém, pois depende muito como cada organismo responde. O que sabemos é que o sistema nervoso em disfunção ao receber o estímulo certo começa a realizar suas conexões nervosas, há inclusive muitos estudos científicos comprovando essa capacidade do nosso organismo, os tais chamados neurogênese e neuroplasticidade, quem tiver interesse em ler mais sobre esses temas encontrará muitos artigos publicados onde explicam exatamente isso.
Jairão, por muito tempo (os dois primeiros anos de lesão), fiquei doido atrás de uma solução…queria ficar em pé, só falava em células tronco, paguei 400 reais em um médico charlatão prof. na USP…até uma assinatura no google eu fiz:tudo que era texto que continha as palavras células tronco…caia na minha caixa de email.
Enfim…descobri o esporte adaptado e prefiro dedicar e focar todo meu tempo livre para descobrir novas modalidades, praticá-las ou divulgá-las. Prefiro gastar minha grana com equipamentos esportivos, ou viagens….coisas que me tragam a alegria de viver e de estar vivo!
Pois essa busca por voltar a andar, me fazia uma pessoa triste, perdida e limitada… de movimentos e de assuntos tbm.
Não condeno quem vive dessa forma, mas para mim, não serviu e nem servirá!
Boa sorte ao pessoal do “Acreditando”!
Cara, belo e corajoso comentário… eu vi e acompanhei vc nas duas fases… incrível reconhecer tudo isso que vc narra… abração
Para mim o método é valido apenas p/ lesões incompletas, ponto 😉
Beijos, Greyce!
Grande Jairo, faço minha as suas palavras como da Naty que foi bastante pontual. Acho importantissimo a fisioterapia bem como a aplicada pelo projeto Acreditando. O que fico puto e triste quando uma pessoa manda um email tentando angariar valores para aplicar todas suas esperanças nesse mesmo projeto Acreditando achando que vai voltar a andar se participar do mesmo. (ressalto caso real, um rapaz recem lesado “1 1/2 ano” cujo nome não citarei por respeito ao mesmo), pois é assim sua propaganda. Porque a forma como colocam e eu presenciei isso na feira da reatech, acho que foi dois anos atras, como uma inovação que faz o lesado medular a voltar andar. Enfim, isso é muito perigoso e pode levar uma pessoa a sérios problemas emocionais. Adoro seus posts polêmicos. De um cara que não ANDA MAS VOA! Abraços e excelente final de semana.
kkkkkkkk… cara, eu sou seu fã… mesmo não ‘avuando’… mas ‘avuado’… abrasss
Ola Jairo Marques,
em primeiro lugar gostaria de parabenizar pela matéria.
Sou prof. de Ed. Fisica , Especialista em fisiologia do exercício e tratamento de doenças (UFJF), Mestre em ciencia do movimento humano e do esporte: fisiopatologia e tratamento de doenças (University of Lausanne – Suiça) e trabalho com recuperação de lesão medular a alguns anos. Atualmente, sou o coordenador metodológico do Swiss Recovery Center (projeto que está se concretizando aqui na Suiça). Por isso me sinto na obrigação de deixar meu comentário sobre a matéria.
Bom, como foi falado pela Fernanda, hoje temos muitas evidencias CIENTIFICAS que mostram a validade desse tipo de tratamento, seja feito pelo método Dardzisnki (Calrsbad, CA – USA), BIONT (Detroid, MI – USA), R.I.C (Firenze – Italia), etc… enfim, métodos que trabalham através de exercícios passivos e ativos nos seguimentos paralisados de forma intensiva, repetitiva e específica. Note por favor que nao irei defender um método unico, até mesmo porque sou formado nos 3 métodos que citei.
Vou deixar aqui algumas sugestões de leitura cientifica para informa-los melhor sobre o assunto.
1) James V. Lynskey, Adam Belanger, Ranu Jung. Activity-dependent plasticity in spinal cord injury. JRRD, Volume 45, Number 2, 2008. → Estratégias de reabilitação, incluindo exercício passivos, exercício ativo com algum controle voluntário e uso de neuropróteses, pode melhorar a recuperação sensório-motora após lesão medular, promovendo a plasticidade estrutural e funcional em vários níveis do sistema nervoso.
2) Renato Grasso, Yuri P. Ivanenko, Myrka Zago, Marco Molinari, Giorgio Scivoletto, Vincenzo Castellano, Velio Macellari, Francesco Lacquaniti. Distributed plasticity of locomotor pattern generators in spinal cord injured patients. Brain (2004), 127, 1019±1034. → Trabalho intensivo melhora as fazes da marcha em indivíduo com lesão medular assim como em individuos normais.
3) ET Harness, N Yozbatiran, SC Cramer. Effects of intense exercise in chronic spinal cord injury. Spinal Cord (2008) 46, 733–737 → Exercício intensivo pode melhorar significativamente a função motora em pacientes com lesao medular. Um programa intensivo pode proporcionar benefícios motores maiores do que um programa de auto-regulação (controlado pelo sujeito). Exercício intensivo pode ter valor terapêutico em lesão medular em adição a outras terapias de recuperação.
4) V Dietz, Susan J Harkema. Locomotor activity in spinal cord-injured persons. J Appl Physiol 96: 1954–1960, 2004; → Mobilidade dos indivíduos após uma lesão medular pode ser melhorada aproveitando a plasticidade do sistema nervoso central com actividade locomotora intensa.
Poderia continuar com varias outras referências científicas, mas o que queria deixar claro é que todo esse trabalho tem bases provadas pela ciência.
E com relação ao Acreditando, posso dizer que eles possuem uma otima equipe, composta por profissionais capacitados para desenvolver o trabalho proposto de forma séria e eficaz.
Felizmente tive a oportunidade de conhecer alguns centros espalhados pelo mundo, e em todos eles nos temos bons resultados, tais como:
– Aumento da atividade do SNC
– Aumento da força e massa muscular
– Melhora do sistema cardiovascular (circulação, pressão, resistência, etc.)
– Melhoria do sistema respiratório
– Aumentar ou manutenção a densidade óssea
– Aumente do controle do movimento existente
– Aumento da independência no dia a dia
– Melhora do estado mental e possível depressão
– Redução de problemas de saúde
– Redução de medicamentos
– Redução do risco de escaras
– Aumento da sensibilidade
– Aumento da motricidade
– Diminuição da dor
Claro que essas melhoras não são vista em todos os pacientes, pois a recuperação do SNC é diferente em cada indivíduo. E não podemos garantir nem ao menos prever a qual ponto o paciente se recuperará, pois ainda nao temos resposta para todas as perguntas, uma vez que ainda nao existe um modelo concreto para simular todas as mudanças possíveis no SNC. E também não existe “milagre”… é necessário muito trabalho e repetição por parte do cliente.
Vou ficando por aqui… e peço a vocês que se informem cada dia mais sobre as novidades que surgem, e assim poderão formar melhor suas opiniões com uma boa fundamentação.
Muito obrigado!
Raphael Soares Pereira
Raphael, muito obrigado por sua participação. Com elegância, ninguém briga e o assunto evolui, né?! abrass
Rafael, muito obrigado…
Finalmente um comentário que soma para a área científica. Parabéns por referenciar suas opiniões com artigos e pesquisas porque somente assim, será possível passar a informação despretenciosamente!
Um abraço!
Jairão.. ufa! Você está bem depois do tsunami que seu blog provocou? Mas é interessantíssimo observar que o tema é grande desencadeador de opiniões apaixonadas. O tema é forte, Mexe com aspectos duros da vida de muita gente. Acho que uma das razões é a angústia de ver tanto desenvolvimento tecnológico e científico por aí e, em coisas supostamente mais simples, ainda estamos engatinhando. O sistema nervoso humano é a estrutura mais complexa do universo. Restaurá-lo talvez ainda seja o maior desafio de nossa inteligência auto-referente. Faço parte das pessoas que trabalham com esta questão e asseguro que ainda estamos longe disto, a não ser que uma abordagem totalmente nova se apresente. O debate enérgico ou apaixonado contribui para alimentar a chama desta tarefa.
Tá aí um médico que respeito, admiro e sigo… Valeu, seu dotô!
Gentileza sua, meu amigo. Parabéns pela seu caminho na divulgação de questões tão importantes e tão pouco debatidas. Conte comigo. E, repito, é exatamente o calor da discussão que mostra que ela precisa ser feita.
Caraca, que polêmica!! Coisa mais boa, assim que gosto!! Em 1º lugar, parabéns Fernanda por colocar aqui suas ideias e divulgar o que acredita. Ñ posso deixar passar que “nosso” lindo blog nunca foi comentado por um dr., pois os que passaram por aqui ñ fizeram a menor questão de salientar no nome que eram doutores!! Isso agrediu meus olhos, ABSURDO!! Sobre o post, penso como a maioria dos meus amigos que já postaram suas opiniões. Cientificamente, ñ é possível. Quero muito conhecer um lesado medular (lesão completa) que através deste método voltou a andar. Gostaria também de conhecer os referenciais teóricos que defendem este método como “cura” para a lesão medular. Tem outra coisa bem importante: um malacabado com lesão medular poderia ter uma vida com rotina de trabalho e estudo ou a vida dele seria se dedicar aos exercícios para voltar a andar? Tudo que leio sobre este projeto me faz pensar que a vida de um lesado é somente buscar a cura. Sou paciente do Sarah e não me considero alienada dentro de um sistema que ñ reabilita pq ñ considero que reabilitação é voltar a andar. Sou tetra, trabalho, estudo e tenho mto coisa pra fazer nesse mundo e pra falar a verdade, este é meu foco: crescer como pessoa, como profissional e seguir tocando em frente!! Grande beijo à todos!!
Agora o trem pegou fogo de vez!!! Beijoss
Carlena,
Vc deixaria uma pessoa não habilitada dirigir seu carro???
Então, se vc prefere embasar suas opiniões a partir de comentários de quem não vive uma rotina clínica diária é um direito seu.
Qdo as pessoas se identificam como “doutores” para seus belos e frágeis olhos elas somente querem passar a mensagem de que trabalham na área de reabilitação, e tentam dividir a experiência delas para ajudar a formar opiniões.
Respeito seu estilo de vida, sua opinião e os limites que vc estipulou para vc e para o seu corpo, então por favor, dirija suas críticas as idéias sem satirizar pessoas.
Um abraço,
Carlos,
Se você interpretou como satira, lamento… foi indignação mesmo.
Faria sentido eu colocar antes do meu nome Assistente Social?
Ñ, porque antes de ser Assistente Social, sou a Carlena e aqui no blog ñ estou a trabalho.
O fato de destacar antes do seu nome que você é Dr. é digno de uma análise, pois você é o Carlos certo??
Quando vc se apresenta a alguém, usa a expressão “prazer, sou o Dr. Carlos”?
Na minha profissão, também tenho a responsabilidade de interferir na vida de pessoas, mas quando me chamam de Dra., respondo na hora que Dr. é quem tem doutorado, o que ñ é o meu caso.
Abraços Carlos!
Acho que a sua conduta está perfeita perante os fatos Carlena.
Um abraço,
Jairo, como você disse que nunca viu um cadeirante voltar a andar.
Havia visto esse video um certo tempo(inclusive no canal do Acreditando).
Aproveitando, compatilho com você.
http://www.youtube.com/watch?v=2vGPdkjRo7E
Pra tudo na vida tem a primeira vez…
Valeu a dica, Marcio… bom vídeo… mas não supre o meu ineditismo…. desculpe ser chato!
O interessante, para mim que sou psicólogo, é como na verdade a necessidade de criticar ou desacreditar algo logo de cara serve para proteger de algo que é impensável por que, se frustrado, é insustentável. Assim como é bobagem pensar como cadeirante “eu vou voltar a andar” é tanta bobagem “eu nem posso pensar em andar, para não me frustar de uma nova maneira”.
Não entendi muito bem seu ponto de vista… mas tá valendo… abrass
Comentário Perfeito!
Voltar a andar seria uma maravilha, mas será muito dificil. Bastava que minha bexiga, intestino e ereção fossem normais !! Pq ninguém faz algo desse tipo ?
Valeu !
Caro “Eu”, tem muita gente trabalhando para isso… e acho que esses ganhos na saúde de lesados vão vir bem em breve! Abraço
Resolvi comentar porque acho que existem muitos mitos ao redor da reabilitação. Acho que todo mundo deve ter esperanças e não cabe a mim ou a outra pessoa tirá-la de alguém. O que não acho certo é as pessoas usarem a abusarem da esperança dos outros para se promovorem.
O projeto é muito bacana na intenção de fisioterapia, de reabilitação. Reabalitar é recuperar ou melhorar qualquer movimento, mesmo que seja mínimo. Mas recuperar uma lesão medular e voltar a andar envolve muuuuitos outros fatores. Claro que além da recuperação neurológica, a pessoa precisa estar com os músculos fortalecidos, mas falar que o desenvolvimento desses movimentos e a manutenção do tonus muscular e etc faz a pessoa voltar andar já é exagero, houve uma inversão da ordem dos acontecimentos… Enfim, que cada um fique com a sua verdade e lute por ela! Bjosss
Acho que o que vc escreve está contemplado nas minhas ideias ao longo do post, então, estamos em acordo total. Beijos
Para quem não gosta de propagandas que comparem voltar a andar com abrir um vidro de azeitonas, as suas comparações foram absurdamente infelizes.
Achar que voltar a andar é um capricho, uma vaidade? Sinceramente, esperava mais de um jornalista de um periódico de grande porte e tradição como a Folha.
Além disso, os tratamentos são caros demais?
Caro Jairo Marques, caso lhe tirassem o direito de andar e lhe pedissem uma quantia para que você pudesse retomar a sua autonomia e a sua liberdade, quanto você estaria disposto a pagar?
Sou absolutamente contra o endeusamento dos terapeutas que promovem técnicas milagrosas, mas um mínimo de reconhecimento e de gratidão pelos profissionais que se empenham e estudam diversos anos de sua vida, sempre se renovando para trazer os melhores resultados para os pacientes, seria bom de vez em quando.
Mas infelizmente é cultural. Tem gente que gasta 150 reais em cachaça no bar aos fins de semana e reclama de pagar 100 em uma sessão de fisioterapia.
(e sim, eu tenho conhecimento que você é cadeirante desde a infância, mas faço aquela pergunta à todos os que consideram os tratamentos caros, enquanto gastam seu dinheiro com quaisquer outras coisas sem o menor critério. Obviamente cada um sabe o que faz com a sua economia, mas fica o comentário como crítica à atual situação dos profissionais de saúde no Brasil)
Francisco, não sei que tipo de jornalista vc respeita. Na minha profissão, a gente pergunta aquilo que a população clama por saber… Um abraço
Respeito todos, independente de serem jornalistas ou não.
Mas como formadores de opinião, acredito que debater opiniões de maneiras mais elaboradas fosse também algo inerente à profissão.
Como simplesmente ignorou completamente o restante de minha postagem, fico por aqui.
abraço.
Isso aqui é um blog, companheiro… não é a página de um jornal… abraço
Acho interessante vc se decidir se isso é um blog, uma página de jornal, ou só uma página de um consumidor “corneta”…pq sinceramente, esta conveniência escancarada (“eu sou jornalista, mas isto é um blog”; “este post não tem fundamento científico, mas eu conheço neuroplasticidade”…) pode te fazer perder o crédito, menos para familiares e amigos que são os que mais comentam aqui!
Caro observador, obrigado… o dia que “perder o crédito” eu tento arrumar outros…. afinal, são tantas operadoras hje em dia.. abraço
Só tenho uma coisa a dizer: quem desiste de acreditar, já tem meio caminho percorrido para não realizar seus sonhos e por mais que as pessoas tenham aceitado essa nova condição, o que um lesado medular quer não é apenas inclusão, readaptação a sua nova condição, mas voltar a andar! Por mais distante que isso pareça, e por mais acomodada que a pessoa esteja, quando se tem essa possibilidade uma luz se acende no fim do túnel onde um dia, todas as suas esperanças dessa possibilidade foram destruídas pelos tradicionalistas. Um método como esse, comprovado, traz uma chance pra quem um dia deixou de crer. Quem tem oportunidade de se submeter a um tratamento desse, sabe que não há preço que pague cada conquista que são vistas dia após dia. Acredito que os depoimentos dos próprios pacientes são a prova viva de que os ganhos ocorrem sim, que são muitos e que vale a pena acreditar… SEMPRE!!! Abraços…
Um abraço, Viviane
Olá,
Primeiramente parabéns pela coluna!
Creio que a maioria dos comentários, seguindo a tendência imposta pela matéria, seguem o teor de descrédito apenas baseando-se em valores e experiências (frustrações!?) pessoais…não consegui enxergar embasamento científico em nenhum dos comentários.
Primeiramente, em nenhum momento vi levado em conta o caso dos pacientes: Eles enxergam melhora sendo tratados? Pq pra algumas pessoas, o fato de conseguirem realizar a higiene íntima após o início do tratamento já é considerado uma evolução, não só do quadro físico, mas da dignidade…isso foi levado em conta? Ou somente considerou-se a deambulação como fator?
Marcos Zufelato comentou a respeito da Rede Sarah…Conheço o trabalho deles e afirmo: A especialidade da Rede Sarah é adaptar, e não reabilitar o paciente. Portanto, se este senhor considera o tratamento que te sentencia sem explorar as possibilidades como melhor, isso é muito bom pra ele.
Questões sobre a fisioterapia convencional: além da área de fisioterapia ser extremamente deficitária com relação as referências científicas de qualidade para demonstrar sua aplicabilidade, esta tornou-se obsoleta em suas terapias convencionais ante o universo recente de descobertas no campo de neurologia, mais especificamente na área da NEUROPLASTICIDADE (de um google nesta palavra Fabiola).
Pra quem não é da área da saúde talvez seja comum ter uma opinião dogmática mas pra quem está nela diariamente eu garanto: as coisas mudam TODOS os dias! É inevitável vc ter que tomar conhecimento de tudo que está acontecendo a sua volta e por vezes, quebrar alguns paradigmas antes de levantar uma bandeira “a favor” ou “contra” isso ou aquilo…
Enfim, isso não é uma aula…e opiniões contrárias e favoráveis vão surgir sempre. Só acho um desperdício de tempo formar opinião baseada em um conhecimento limitado e unilateral, sem sequer abordar todas as possibilidades disponíveis…
Carlos, não te conheço, mas pelo fato de vc ter colocado um Dr na frente do mome é de se supor que vc tenha algum diploma de doutorado. Respeito profundamente os seus pontos de vista, mas acho que também rolou um certo exagero de seu suposto conhecimento científico sobre quem vc aponta como leigo. Realmente, o post dá um encaminhamento sobre a minha própria opinião sobre o tema, contudo, não acho que isso aqui seja uma boiada que um escritor vai tocando a sua vontade. Tudo o que vc escreve não é novidade para mim e não bota em descrédito a opinião das pessoas. Conheço um caminhão de tetraplégicos que, de outras maneiras, não por meio do método americano, conseguem evoluir em seus quadros, então, vamos mais devagar com o andor. Um abraço
Caro Jairo, tb respeito seu ponto de vista!
Se vc tiver quaisquer dúvidas sobre o meu grau de escolaridade posso te enviar meu currículo Lattes por e-mail…sem nenhum problema, mesmo pq Doutorado é um grau conquistado e não “diplomado”. Mas mesmo assim, vale ressaltar que várias profissões (médicos, advogados, fisioterapeutas, nutricionistas, etc) ganharam o direito de terem seus nomes apresentados pela sigla “Dr.” apenas por cuidarem do maior bem que o ser humano possui: a vida e o direito a ela (qqer dúvida vide sites do CRM, Crefito, CRN, OAB, etc).
Em segundo lugar, ser paciente e estudar a patologia pela qual é acometido não garante a ninguém o grau de médico e muito menos de especialista na área, portanto, até que se prove o contrário, a pós-graduação em jornalismo social permite SIM ao meu “suposto conhecimento científico” caracterizá-lo como leigo na área da saúde.
Tb conheço um caminhão de tetraplégicos que melhoram graças a religião, ao esporte, melhoram por conta própria, enfim…melhoram! Isso é o q importa! Sua crítica árdua e tendenciosa a um método recente, mas que cresce em popularidade através de pesquisas e publicações científicas é o que realmente me incomoda…talvez não tanto quanto a desvalorização deslavada aos profissionais da área da saúde que vc conseguiu instigar, mas mesmo assim me incomoda.
Entendo sua característica polêmica de jornalismo e até gosto do estilo, mas acho que é uma matéria infeliz.
Caro Carlos, isso é um post… não é uma matéria jornalística… não é preciso me mandar seu currículo… obrigado…
Boa tarde Jairo.
Pra mim é meio dificil falar sobre reabilitação, pq quando fiquei malacabada, a unica coisa que eu queria era sair do hospital pra cuidar do meu filho, não pensava em voltar a andar, apenas queria ficar perto dele e do meu marido. Aprendi como me virar e como cuidar de mim e dele. Só que hoje ele cresceu, não “precisa” mais de mim, o tempo passou, e fico me perguntando se não teria valido a pena se eu tivesse investido mais tempo em um tratamento, será que eu não estaria melhor do que estou hoje ? Na verdade não acredito que a pessoa vá voltar a andar com um tratamento desse, mas pq não tentar, se isso vai te fazer bem ? Cada um busca aquilo que acha ser prioridade. bj…
Inês… que lindo… me emocionou…. lindo mesmo…
Acho que cada pessoa tem o direito de procurar meios (sejam eles quais forem) de melhorar a sua condição física, assim como entendo que cada um acredita naquilo que quiser.
Pra mim o projeto Acreditando é uma forma de se exercitar intensamente permitindo que seu corpo descubra novas possibilidades de movimento. Adoraria passar por esse treinamento, mas achar que isso vai me fazer voltar a andar, isso já outra história.
Eu aprendi logo no comecinho da minha lesão que que andar seria uma possibilidade remota, mas não impossível. Só que também aprendi que eu não precisava andar pra ser feliz e ter uma vida incrível. Estou conseguindo, e o mais bacana é que as melhores coisas da minha vida aconteceram pós lesão. Jairo querido, beijos!
Lu, avalio o que vc diz como a situação “perfeita”. Veja, o ponto de divergência não é melhoria da condição de um tetrão, de um paraplégico. O ponto é a possibilidade de melhora tão grande que vai fazer o lesadinho voltar a andar. Acho que esses dois pontos são muito distintos. Será que não?! Beijoss
São sim dois pontos muito distintos. Eu acredito na possibilidade de uma grande melhora física, muscular… Posso estar muito equivocada, e se estiver, me desculpe os responsáveis pelo Project Walk , mas não acredito que a carga de exercícios possa fazer alguém com lesão medular voltar a andar. Tenho que ver pra crer, e ainda assim, acho que vou desconfiar! beijos
Olá. Não sou da área e nem passei por situação parecida, apenas acompanho o trabalho do casal há algum tempo, só por curiosidade. No tempo livre, também busco informações sobre o assunto, pois tenho interesse nesta questão. Acredito que cada um tenha a liberdade de se expressar, mas achei bem desrespeitoso o modo como o senhor Marcos Zufelato se referiu aos meninos. Acredito que quem passe por este tipo de impacto possa ter o direito de ficar desesperançoso, já que, como sabemos, não é uma situação facilmente reversível. Porém, os outros têm o direito de manter as esperanças. Acompanhei a trajetória da Fernanda de longe. Sei que ela fez grandes avanços, que já valem muitooo. Dizer que eles não podem se sustentar com um trabalho como outro qualquer. Me desculpe, mas tenho que discordar. Além de desrespeitoso e preconceituoso, esse comentário não condiz com a realidade. Sinto muito se o senhor ou alguém próximo já precisou recorrer à Rede Sarah. Meu avó também já passou por isso. Aliás, sinto se a sua referência é a rede pública de Brasília. O Sarah já foi referência, hoje é sucata. Por maior que seja a sua indignação, procure não passar o pessimismo a diante. Pelo que eu pesquisei, o projeto já tem resultados importantíssimos. Não falo somente da recuperação de movimentos, mas da auto-estima, da vontade de superar cada avanço. Cada um reage de um jeito aos desafios, eu prefiro olhar com otimismo. Como disse, não passo por situação semelhante, mas se fosse o caso, gastaria o que fosse necessário pela minha recuperação. A gente gasta tanto com coisas superficiais…
Gisele, obrigado. O tema, como eu já disse, causa comoção, mexe com valores íntimos da gente. A minha intenção não é aguçar uma disputa de troca de farpas, mas troca de argumentos. Um abraço
Sinceramente… não é o que parece. Pelo menos até alguém pisar em alguma calo seu, prezado blogueiro. Mas como dizem…a gente tem a oportunidade de selecionar aquilo que vai ler. É o que faço agora. Abraço.
Fique à vontade, Gisele… um abraço
Gisele, me perdoa… mas que falta de respeito chamar a rede Sarah de sucata. Todos do Acreditando defendem esta ideia? Vc exigiu tanto respeito ao casal do projeto e se refere ao maior centro de reabilitação do Brasil desta forma? Já vi a Fernanda por lá, muito bem atendida por sinal, tenho certeza que ela ñ considera a instituição uma sucata. Estou errada??
Primeiramente, eu não faço parte do projeto. Como disse, acompanho apenas de longe. Não posso responder sobre a opinião dos outros. Digo e reafirmo que o Sarah já não é mais o mesmo. Que é o maior centro de reabilitação do País não duvido, mas não temos mesmo boas referências. Digo porque já passei por lá. Também porque sei do investimento que é feito na rede, principalmente, despesas com funcionários, que são os que ainda defendem a instituição.
Antes de conhecer o Project Walk eu não acreditava em nenhum método, mesmo sendo leiga no assunto. No entanto, quando comecei a acompanhar a rotina de alguns “pacientes” da clínica fui percebendo as evoluções.
Claro que não é algo mágico, rápido e espontâneo. O mais importante é Acreditar!!
Eu fui, eu vi e eu me emocionei..e não foi pouco.
Hoje eu Acredito..
Obrigado, Karê!
Acredito sim na força do exercício físico. Se você estimula seu corpo, ele irá responder. Talvez não voltar a andar, mas pode melhorar algo que está fraco e você ganhar algo no seu dia-a-dia.
Sobre o preço: aqui no Brasil estamos acostumados com valores inferiores para fisioterapia. Paga-se 30 reais a sessão. É muito barato. O trabalho do fisioterapeuta deve ser valorizado, então não acho tão caro pagar 100 ou 150. O problema está no Sistema de Saúde e no Governo que não disponibiliza fisio para quem não pode pagar.
MAS acho errado eles falarem que não é fisioterapia convencional. É fisioterapia sim. Não sei como foi a fisioterapia que eles tiveram acesso, em que só estimula a parte não lesada, mas como fisioterapeuta eu já coloquei muito paciente em pé, para fazer força, para puxar peso, ajoelhado, de gato… Até hoje não vi nenhum vídeo deles que eu pensasse: isso é diferente. A diferença está na frequência, mas isso é uma questão do paciente pagar a quantidade de horas que ele puder.
Eles usam método de tapping para ativar o músculo, que é vista no Bobath, de irradiação muscular, que é do Kabat, modulação da espasticidade, marcha com andador, marcha com suporte de peso, bicicleta… Nada disso é novo. Não é um “método inovador”. É fisioterapia bem-feita. Se você tiver acesso a um bom fisioterapeuta especializado em neurologia, você vai fazer os mesmos tipos de exercícios.
Eu parabenizo o grupo pela fisioterapia bem-feita!!! Porém, não concordo com isso de ser um “método inovador”. Ou então, eles poderiam citar o que eles fazem de diferente dos outros métodos.
Roberta, muuuito obrigado por sua contribuição… é mais um ponto de vista diferente no debate! Beijo
Sou fisioterapeuta e fiz o curso do método no Project Walk. Fui sem acreditar que algo poderia reabilitar de verdade a lesão medular, e ao entrar no centro e ver muitos cadeirantes andando de novo, mudei de opiniao. O Método tem várias frentes, fortalecer é uma delas, ativar o sistema nervoso, para provomer reconexões, é outra. Isso não é ficção, isso é fato, ocorre, vários movimentos voltam (e rápido), mas é necessário mais que movimentos volutarios para andar de novo. Daí é necessário tempo para que muitos movimentos voltem e funcionem em conjunto. Enfim, nao é barato, nao é fácil e não é milagre, mas é eficiente. Pelo fato de ser novo e revolucionário, é mais facil dizer que nao é verdade do que ir pesquisar, ler artigos, conversar com os fisioterapeutas. (obs: não trabalho com a Fernanda)
Gabriel, obrigado por seu coments. Eu gostaria muito de conhecer um cadeirante que voltou a andar… isso, realmente, eu nunca vi…
Assim como eu escrevi a respeito dos comentarios no facebook, mesmo que eu diga qualquer coisa rebatendo os pontos de vista que sao contra, sempre haverá alguém que nao entenda a fundo o trabalho que fazemos e acho isso natural. Nós nunca tivemos essa intençao de vender esperanças, esperança ou você tem ou você não tem, é simples! De qualquer forma, eu convido aos que nao acreditam, que venham fazer uma sessao experimental, acho que só quem experimenta pode criticar e dizer se gostou ou não. Acho que é um pouco deselegante falar sem conhecer. Mesmo assim, fica aqui o convite a todos! É natural que o ´´desconhecido´´ assuste, crie pontos divergentes, tem pessoas que nao conseguem se abrir a novas possibilidades.
Fernanda, tenho de te agradecer demais pela disposição em “enfrentar” esse paredão de críticas. O tema, como eu havia te dito, é muito controverso e desperta opiniões fortes, emocionadas. Mas acho que o espírito de um bom debate deve mesmo ser esse, o da diversidade. Mais uma vez, obrigado! Beijoss
Não sou médico mas pelo pouco que entendo, só exercícios não são suficientes, sabendo que ligações foram rompidas,como ja disseram,enfim, a coisa é “por dentro”. E não sei se gastaria uma dinheirama pra “tão pouco”. Explico: eu, que quase não enxergo,se fosse cego, acho que não iria até a China ou EUA gastando uma senhora grana pra por um chip na cabeça e ver tudo em preto e branco, esperaria mais uns anos até que descobrissem algo mais “concreto” e menos “paliativo”, entende? Abraço!!
Bom dia tio! Eu acho que posso falar com pouco sendo fisioterapeuta, esposa de malacabado e conhecedora do projeto. Fiquei sabendo do projeto atravez do fisio do Carlos, resolvi pesquisar e saber como é que funciona tudo, me encantei. Aqui ele trabalha baseado na teoria do projeto walk, e posso dizer com toda certeza que é fantastico. Não tem nada de parecido com a fisioterapia tradicional, os resultados são fantasticos, e o ganho de força/movimento é incrivel. So quem ja fez e conhece pode dizer que não funciona, acho que é como remedio, muita gente passa pelo processo e em cada um tem um resultado diferente, mas afirmo que tem resultado. Claro que a pessoa não vai do dia pra noite passar a andar, e a medula simplesmente voltar a funcionar, mas pra quem ta paralizado, uma unha que se movimente é um ganho enorme. Todo novo movimento traz ao paciente uma melhora. Dizer que no Sarah se faz esse trabalho, me desculpa Marcos, mas vc esta muito enganado, estive 2 meses la, e a teoria do hospital é readaptar o paciente ao seu novo estado, e não reabilitar. So quem esta conformado não acredita em novos projetos, novas melhorias, e se conformar é não acreditar mais em nada. Pena que estou um pouco longe de SP, e não posso visitar o pessoal do Acreditando, mas gostaria muito de conhecer melhor eles. Parabens pelo trabalho, e acho que os lesados medulares que tiverem oportunidade, é um bom investimento. Bj tio!
Para o bem do contraditório, amei seu comentário!
Maysa,
Fiquei muito feliz com o seu comentário, confesso que estava nervosa em relação aos comentários anteriores.
Sou amiga da Fernanda e acompanho a história dela! Não acho justo as pessoas falarem esse tipo de coisa em relacao ao tratamento sem ter total conhecimento do que se trata! Sugiro que essas pessoas visitem o acreditando, tenho certeza que irão mudar de opinião.
A emoção de ver uma pessoa que você gosta e adimira ganhar um novo movimento e com isso maior independência no dia-a-do é maravilhosa!
O casal não tem nenhum interesse em “explorar” as pessoas, mas sim dar uma nova oportunidade para quem acredita!
Abraços
Priscila
Obrigado, Priscila…
Oi Jairo!Olha achei super interessante esse projeto,mas sou muito realista!!Cada pessoa é única,e cada um reage de uma forma,mesmo com o mesmo grau de lesão.Mas eu acho sim que deveríamos independente de caminhar ou não,fazer sempre uma boa fisioterapia,coisa que não tem hoje em dia,desculpe falar assim,mas a maioria dos profissionais que se encontram na saúde nos tratam como um nada!Nesses meus 21 anos de lesão poderia estar melhor,no fator de equilibrio e tonos.Mas como ficar bem se não tem fisioterapia a longo prazo,e as que tem são particular,desanima mesmo…Esperança todo mundo cria quando tem uma lesão medular,de voltar a ser o que foi…Mas eu sou bem realista o que vier é lucro,as descobertas da medicina é importante pra podermos ter uma vida longa e com saúde.Agora me dizer que depois de 21 anos vou voltar a caminhar,é de rir né?Agora esse pessoal que teve lesão medular,tipo recente tem mais chances de recuperação,isso eu acredito,só não acho certo dizer que essa cura existe,e os custos caros,fazem com que as pessoas criem uma falsa esperan ça,tem que deixar claro que cada um tem uma reação,e não afirmar que irão voltar a andar!!Se alguém tiver oportunidade de frequentar essa clínica,que o faça,quem sabe tem um a melhora no seu quadro?Mas seja pé no chão,ou rodinhas kkkk,tente ser feliz como vc está,e não esperar caminhar pra ser feliz!!bjsss querido
Demorou pra deixar um coments no blog novo, mas veio com tudo, né, querida?! Suas observações são todas muito importantes e ricas em análise… brigadão!
Aldrey. Melhor reabilitação que o Sarah não há!Bjs
Bom dia sobrinho, continuo cética em relação a isso, só quando vir o andar por conta própria, por enquanto… beijos e bom fim de semana
Beijos, Renatinha!
Um tanto Maomé que sou, se não vi é pq não existe. Eles mesmos pacientes, já são andantes? Apesar das palavras fortes do Marcos, em muitas coisas penso como ele, nesse caso e em casos parecidos, como pastor que emagrece fiel com reza forte…como se o que faltasse aos pacientes fosse apenas força de vontade…
nesse caso eu até me arriscaria não intuito de andar, mas de fortalecimento do tronco. Não crio expectativas nesse aspecto, pode ser frustrante e seria ilusão entrar com tudo achando que eu pudesse voltar andar.
Keila, obrigado por sua opinião. Ela ajuda muuuuuito.. beijos
Bom dia Jairo,
Lamentavel saber que existem pessoas que pagam por isso. Sabe aquela historia de pastores que pedem dinheiro para fazer o milagre? não vejo a menor diferenca em relacao a este projeto, que ja ouvi falar por outras fontes que é enganação sim! é mais um querendo levar dinheiro do coitado que não tem condições de comprar nem uma cadeira de rodas descente para se locomover. A rede Sarah faz o mesmo tratamento e não cobra NADA, tudo que foi mostrado na foto EU fiz e nada alem de exercicio e isso é muito bem explicado por toda a equipe do Sarah. Se existisse algo a mais a ser explorado a Rede Sarah seria a pioneira em aplicar aos seus inumeros pacientes. Lamento este casal não ter condicoes de conseguir seu sustento com um trabalho como um outro qualquer.
Abraço
Marcão, tava com saudades dos seus pitacos aqui no blog. O que vc diz é tenso, forte, mas vai ao encontro do que eu mesmo penso. De qualquer forma, o pessoal do projeto “Acreditando” foi muito corajoso de encarar o desafio de divulgar seu método e seu ponto de vista, o que eu respeito profundamente e agradeço! Um abração pra vc… (vai conseguir vir ao encontro neste ano?!)
Obviamente todos tem direito a ter uma opinião…
Só queria fazer uma correção e uma pergunta.
Primeiro: o tratamento oferecido pelo Sarah NÃO é o mesmo.
Segundo: você conhece o trabalho do Acreditando ou sua opinião é baseada no que você ouviu??? Existe uma diferença…
Obrigado, Beatriz!
Bom dia, eu penso como a Fabíola, tenho uma certa desconfiança com relação a esses tratamentos “revolucionarios”. Lesões neurologicas não são curas com exercicios físicos. Na minha infância, por exemplo, o tratamento dado para Paralisia Infantil era fisioterapia convencional e décadas mais tarde, descobriram que o esforço excessivo acaba detonando os neuronios remanescentes e aí vem a sindrome pos polio. Eu teria muita cautela em fazer esse tratamento, mesmo porque é bem caro! Mas enfim, cada um tem a liberdade de escolha.
Bom dia Jairo.
Um dia eu sabia que você viria com esse tratamento. Mas eu sinceramente acho esse programa ineficaz. Como fazer com que as ligações da medula se restabeleça e faça você andar? Todo mundo sabe que um trauma na medula corta essas terminações totalmente ou parcialmente,fazendo com que a gente perca os movimentos, esses avanços que eles contam ter se dão das terminações que não foram atingidas e dão um estimo de volta, mas não que vá voltar totalmente os movimentos como eles mesmo assumem depois de ter feito um ano desse tratamento. Dar uma esperança a alguém que ainda não se conformou com a situação é totalmente inaceitável ao meu ver e eu sou totalmente contra a esse programa e tantos outros que surgem. Enfim é meu ponto de vista totalmente cético a esses tratamentos. E além disso é um tratamento exorbitantemente caro sem necessidade alguma.
Um beijo Fabi
Bom pelo que entendi,depende…..ou seja como qualquer lesão,vai depender do tempo da mesma,do tamanho do estrago,enfim não existe milagre(isso sabemos) e eles tb não garantem o sucesso do tratamento,pode haver uma melhora do condicionamento fisico, ,um fortalecimento de membros que perderam seu tonus pela lesão…quem sou eu para dizer a alguém nessas condições,que possa arcar com as despesas,que não tente….vamos aguardar mais noticias,seria interessante se eles colocassem os progressos….