Big Brother Brasil vai ter a primeira pessoa com deficiência de sua história

Jairo Marques

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Era uma demanda antiga do povo “malacabado”: ter um representante no maior reality show do país, o BBB. A TV Globo demorou 17 anos, mas atendeu ao pedido: a paraatleta Marinalva de Almeida, 39, vai estar na próxima edição do programa.

Competidora de vela, Marinalva é amputada da perna esquerda e chegou a competir na Paraolímpiada do Rio, no ano passado. Ela não chegou a conseguir pódio, mas marcou a presença brasileira na modalidade. Até os 35 anos, ela era atleta do atletismo.

Marinalva entrou para o time dos quebrados após um acidente de moto quando tinha 15 anos. Reabilitou-se e “empoderou-se” com a prática esportiva.

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A presença dela no show não deixa de ser um passo importante para a divulgação da diversidade no Brasil, embora o foco do programa esteja bem distante de causas sociais.

Na vinheta de apresentação da paraatleta, a Globo diz que a ideia da edição deste ano é valorizar as diferenças entre as pessoas. No mínimo, com a exposição de Marinalva e seu jeito de tocar a vida, uma série de discussões podem ser geradas, para bem ou para piadas, evidentemente.

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Marinalva, que nasceu no interior do Paraná e é mãe de três filhos (Robert, 20, Pedro Henrique. 15, e Bento,8), está “confinada” desde a manhã desta quarta-feira (18), sem contato com o “mundo externo”. Pelas vinheta divulgada, afirma que vai “causar” na casa, seja lá “gzus” o que isso queira dizer…

Ela começou treinando vela pelo Estado de São Paulo, na represa de Guarapiranga, mas mudou-se para o Rio em 2015, para treinar mais intensamente.

Sua principal conquista é um bronze na Welcome to Rio, Regata 2016, no Rio. Ela é “proeira” na classe SKUD-18.

Ela foi a única mulher da vela no time brasileiro, é extremamente vaidosa e acabou de participar de uma propaganda de uma marca de cerveja que valoriza, também, a diversidade.

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Tomara que seja positivo para a inclusão, para a quebra de preconceitos, para a valorização da imagem das pessoas com qualquer tipo de deficiência.

Nas redes sociais, a atleta sempre se posicionou contra os “miminis” de “exemplo de superação” e defendeu uma postura mais moderna em relação à inclusão. É ver pra crer

* Imagens de arquivo pessoal

Comentários

  1. Que legal as pessoas tem que conviver com elas inclusão e muito importante fico feliz eu eu tenho uma filha especial ainda sofremos muito preconceito

  2. Creio que meu sonho de igualdade pode ser visto neste espero que este personagen seja um exemplo como podemos respeitar as diferenças ajudando a entender como somos na sociedade, quais são as dificuldades do dia dia.

  3. Por mais que o autor tenha dado umas pitadas de deboche contra o programa, é de extrema importância uma atração que atinge o grande público (já que é formado por pessoas das classes A a C), tocar em um assunto destes. A versão brasileira sempre foi muito acomodada e o máximo que fizeram foi ter uma transexual, sendo que em outros países, há sempre participantes com mais histórias. Para mim, era um desejo antigo ter um participante assim. Isso apenas demonstra que o Big Brother, para que sabe olhar de maneira diferente, pode trazer importantes discussões. E apenas um detalhe: são 15 anos, 17 são as edições.

    1. Tal fato se deu diante das Olimpíadas e PARALÍMPICO ,senão continuaríamos nononimato da Minoria……

  4. Por um lado é legal ter a presença de uma pessoa com deficiência, se pensarmos em dar visibilidade à questão e amplificar a discussão a respeito da participação dos malacabados na sociedade. Por outro lado é necessário evitar o mimimi do “exemplo de superação” e outros clichês que podem reforçar o sentimento de pena e o velho “coitadismo”. Até porque essa visão pode até influenciar o resultado do jogo se todo mundo ficar com peninha da “pobre moça deficiente”. E isso, acredito, não é o que queremos. Aí o tiro terá saído pela culatra.

  5. A deficiência está na cabeça dos organizadores. Somente quem não tem o que fazer irá assistir esta porcaria. Vcs querem trabalhar me visitem. Cambada da desocupados………………..

  6. Feliz demais com essa notícia! Certamente a participação dela vai sucitar uma ampla discussão sobre o contexto da deficiência. Mas tomara que não pare por aí. Que venham outras pessoas com deficiências nas edições futuras. Cegos, surdos, intelectuais… aí sim a inclusão será ainda mais plena.

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